Estado alemão de Hesse perde processo para deixar de usar Microsoft Teams e Office 365
A aversão da Alemanha aos serviços da Microsoft já não é só uma realidade de agora e existe há algum tempo. Já são várias as situações que aqui fomos noticiando e que nos mostram que o país quer pouca relação com os produtos da empresa de Redmond.
No entanto, recentemente o estado alemão de Hesse perdeu na justiça a sua intenção de deixar de usar o Microsoft Teams e o Office 365.
Parece que não tem fim a relação conturbada entre a Alemanha e a Microsoft. Por diversas vezes o governo alemão tentou descartar e substituir os serviços de software desenvolvidos pela empresa de Redmond. Em 2004 a cidade de Munique foi notícia à escala mundial por ter trocado o Windows pelo Linux, através do sistema LiMux. No entanto, mais de 10 anos depois, em 2017, a região anunciou que iria voltar a mudar para o Windows 10. Mas em 2020 a estratégia foi repensada e Munique estava novamente virada para usar o sistema aberto.
Para além disso, em 2019 foi anunciado que o Windows 10 e o Office 365 seriam banidos das escolas alemãs. E em novembro deste ano referimos que o estado alemão de Schleswig-Holstein iria instalar Linux e LibreOffice em 25 mil PCs.
Mas, nestas diversas mudanças, nem tudo parece correr como a Alemanha deseja.
Estado de Hesse perde processo para deixar o Microsoft Teams e Office 365
O Ministério da Educação do estado alemão de Hesse propôs substituir o Microsoft Teams e o Office 365. A migração do Teams seria feita em mais de 2.000 escolas do estado para uma solução local.
No entanto agora o Supremo Tribunal Regional de Frankfurt am Main (OLG) considerou que uma solução local carecia de recursos em comparação com a oferta do serviço da Microsoft. De acordo com os detalhes, os critérios para o software de videoconferência solicitava que o provedor do software oferecesse suporte à participação de 200.000 alunos em geral e 450.000 no pico.
Esta é assim uma batalha perdida do estado alemão contra a empresa de Redmond. Mas estaremos atentos a eventuais novidades e desenvolvimentos sobre a relação entre a Alemanha e a Microsoft.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Neowin
Neste artigo: alemanha, Hesse, Linux, Microsoft, Microsoft Teams, Office 365, opensource
Eu não quero…. Ai queres queres….
Interessei-me por isto e é assim:
– Está em causa – apenas- o uso do Teams nas escolas do Estado alemão do Hesse (e não, também, do Microsoft 365 referido no post)
– O Estado de Hesse lançou um concurso para a aquisição de um sistema de videoconferência nas escolas. Um concorrente preterido reclamou. O Tribunal considerou que os termos do concurso não estavam corretos e por isso o Estado de Hesse tinha que lançar um novo concurso.
– O novo concurso será lançado em janeiro de 2012.
– Em consequência, até à conclusão do concurso, as escolas de Hesse podem continuar a utilizar o Teams.
E é tudo. A partir daí, usarão o sistema que ganhar o concurso, o Teams ou outro.
…2022 em vez de 2012
Obrigado pelo esclarecimentos, só com o teu comentário é que percebi pq havia um processo judicial no meio disto…
Porque a Administração Pública deve ser gerida tal e qual uma empresa, estando virada para a inovação e eficiência e não andar a brincar com ideologias Académicas como foi o exemplo do Linius no Ministério da Justiça, um autêntico fiasco onde se desperdiçou energia e recursos.
Uma dúvida, Administração Pública que adquire o office 365 e tiver contratado um serviço Microsoft azure, não está usar Linux?
Sabes que existem equipas de assistência no Linux e pagas menos do que as licenças pela assistência técnica, certo?
É a mesma coisa, tem de ser feita a instalação, manutenção, aplicação de patch’s, resolução de incidentes, etc… Ora isso tem de ser pago.
No Ubuntu são 525 dolares por maquina com suporte 24/5. Agora pegando no teu comentário anterior nas 400 maquinas. €463,60 (ano) x 400 = € 187840. Agora as licenças que dizes ficar em €7300: €50 (mês)*12 = €600; 400÷5 = 80; €600 x 80 = €48000. Nisto ficamos a saber que ao contrário do que disseste as licenças do Windows ficam a €48000 (sem suporte técnico) e não €7300 sendo no Ubuntu fica a €187840 (com suporte técnico) e não €245000. “Errar é humano mas manter-se no erro é só burrice”
Todas as decisões são políticas. Cada um que tire as suas conclusões.
Deslocações? Bolas, c
omo é que acha que é feita a manutenção dos servidores (na sua maioria Linux) que suportam a internet? Acha que os técnicos vão a pé até aos servidores para fazerem a manutenção?
Na ap só se utiliza produtos M$ por desleixo e falta de coragem de quem manda…. Mas para vosso informação muitas autarquias utilizam libreoffice e mesmo algumas utilizam linux em estações de trabalho. o problema é mesmo a administração central que nem sequer cumpre a regulamentação existente. vejam o caso do regulamento de interoperabilidade digital… entidades como GNR, PSP, ERSAR, T Contas etc… não cumprem uma linha e até pedem ficheiros excel… conforme a regulamemtação deveria utilziar normas abertas, odt e ods que o office também abre.. mandam comprar o office.
Que autarquias é que “utilizam linux em estações de trabalho”?
Se for publico, acabam-se logo.. eu tambem conheço algumas com linux e muitas mais com libre office. Se começa a ser publico acontece como na Alemanha.. A M$ acaba logo com isso para não se tornar exemplo. O lobby m$ no estado é enorme…investiga e vê quantos membros do governo foram funcionários da M$.
+1
O problema começa nas escolas!! Só ensinam a usar o Windows mas se ensinassem a usar o Linux muitos alunos iam deixar de usar o Windows. A Microsoft licencia os produtos a preço baixo para que as escolas não ensinem o Linux (acho que está estipulado na licença).
Se o problema é so o teams… mudam para linux + openoffice e instalam o teams (sim há teams para linux desenvolvido e com suporte pela microsoft).
Deixam de pagar 10,50€ mês e passam a pagar só 3.40€ e deixam de pagar licenciamento para os postos windows que deixam de existir.
Notícia incompleta e que deturpa completamente a realidade dos factos. Que esperam para reescrever a peça?
“A aversão da Alemanha aos serviços da Microsoft já não é só uma realidade de agora e existe há algum tempo.”
Não é uma aversão aos produtos de uma empresa, mas é sim uma aversão á falta dos produtos da MS respeitarem as leis em vigor, principalmente GPDR e mais além, já que na Alemanha a proteção de dados ainda é mais rígida do que no resto da UE.
Bom Ano 2022
.
É o problema de existir um S.O. no mundo, de um player de software, que faz o que quer. Infelizmente a Europa tem muitas coisas das quais não depende efetivamente dos americanos mas sistemas operativos, infelizmente não é uma delas. Assim continuará a ser enquanto não existir concorrência a este nível, e por muito que queiram que o Linux seja um sistema operativo viável, não é uma alternativa aos produtos/serviços que vão sendo lançados por esse colosso que é a MS.
A questão de passar os sistemas e aplicações de compra para mensalidade é apenas uma forma de mostrar que fazem o que querem, quando e como querem, e a Alemanha, ou qualquer outro país terá que comer arroz, enquanto assim for.