Edubuntu 12.10 – O Ubuntu Linux para a escola
Novidade: Já aderiram à Comunidade Linux@Pplware? (ver aqui)
Antes de ler o post, pode testar de imediato o Edubuntu 12.10 aqui
Quantas distribuições Linux será que existem? E quantas é que são baseadas/derivadas do Ubuntu? Estas são questões que faço com alguma frequência e para as quais nunca encontrei uma respostas concreta. Depois da disponibilização do Ubuntu 12.10 Quantal Quetzal por parte da Canonical, as distribuições “da mesma família do Ubuntu” têm vindo a ser também actualizadas e estão disponíveis para download. Ao longo desta semana, vamos conhecer algumas dessas distribuições.
Depois do Kubuntu e Xubuntu, Ubuntu Gnome Remix e Lubuntu, hoje vamos conhecer o que nos reserva o Edubuntu 12.10
O Edubuntu é uma distribuição para ser usada em salas de aula e que traz consigo muitas aplicações educacionais e jogos. O Edubuntu é desenvolvido em colaboração com professores e técnicos de informática de várias partes do mundo com o objectivo de facilitar o processo de aprendizagem por parte dos alunos.
O Edubuntu é uma distribuição bastante interessante uma vez que disponibiliza um sistema operativo muito estável e flexível mas também várias ferramentas gratuitas para a área educacional. Tal como o Kubuntu e Xubuntu, Ubuntu Gnome Remix e Lubuntu, esta distribuição tem suporte durante 18 meses (Até Abril de 2014).
Principais Aplicações
Tombom foi reintroduzido como aplicação por omissão para notas
LibreOffice foi actualizado para a versão 3.6.2
Firefox e Thunderbird foram actualizados para a versão 16
Outras novidades:
- Ambiente gráfico Gnome foi actualizado para a versão 3.6
- O mount point da partição por omissão foi mudade de /media/username para apenas /media
De relembrar que todas as distribuições baseadas no Ubuntu 12.10 trazem já suporte para UEFI Secure Boot, um standard que permite controlar qual o software que pode ser executado no computador, mesmo antes do sistema operativo ser inicializado.
No caso de já possuir o Ubuntu instalado, poderá facilmente instalar os componentes em falta através do Software Center:
- ubuntu-edu-preschool – Pré-Primária ( menos de 6 anos)
- ubuntu-edu-primary – Primária e Ciclo ( idade 6 a 12)
- ubuntu-edu-secondary – Secundária ( idades 13-18)
- ubuntu-edu-tertiary – Universidade
Conclusão
Tal como o Ubuntu 12.10, o Edubuntu 12.10 traz consigo a interface Unity que lhe dá uma certa beleza mas que reduz significativamente a performance da distribuição (testado recorrendo a tecnologia de virtualização). O Edubuntu apenas é distribuído num .iso com 2,5 GB.
Acha que este tipo de distribuições deveriam ser adoptadas na área do ensino em Portugal?
Download: [x86] edubuntu-12.10-dvd-i386.iso [2,5GB] Download: [64-bit] edubuntu-12.10-dvd-amd64.iso [2,5GB] Homepage: edubuntu
Este artigo tem mais de um ano
Bom dia,
Parabéns pelo artigo.
Acho o Edubuntu uma boa opção para escolas mas… na minha opinião talvez o UberStudent seja ainda melhor opção. Pois dá a escolher entre Xfce e Mate, que são mais leves do que o Unity. E vem com muitas mais aplicações para os estudantes.
Abrc
Tenho dois filhos em idade pré escolar e ofereci-lhes um portátil que tinha cá em casa (Core2Duo) e instalei-lhes o Edubuntu. Eles facilmente adaptaram-se ao modo de funcionamento. A parte porreira desta distro é que podemos configurar o Sistema conforme a idade escolar, o que é muito fixe. O funcionamento é rápido, fluído e bastante bonito no seu aspecto. Quem tem filhos em idade escolar tem aqui uma boa solução para um sistema operativo.
Já conheço a muitos anos no entanto nunca tinha analisado, e parece muito bom, o facto de podermos escolher vários “perfis de utilizador” que já vêem pré-configurados …
cmps
Uma vez que a Cannonical deixou cair o suporte ao Unity-2D e por consequência nem todos os PC’s se dão bem com este ambiente gráfico, penso que seria melhor terem aplicado outra interface ou pelo menos durante o processo de instalação o instalador fazer uma inspecção ao hardware e mediante a ausência de suporte 3D, sugerir a aplicação de outra interface. Tirando isto, é a distribuição ideal para as crianças em idade escolar, testado e aprovado e espero que continue com o excelente suporte que tem tido até esta altura.
Sobre a comunidade Linux@Pplware:
É de louvar a iniciativa, muitos parabéns pplware!
Só tenho muita pena de não poder aderir à comunidade no google groups (deixei os serviços da google quando alteraram as politicas de privacidade e prometi-me que nunca mais voltaria).
Uma questão que gostava de ver exclarecida: como será feita a se apenas nos inscrevermos na comunidade dando o email? mailing-lits por exemplo?!
Obrigado.
*errata*
Uma questão que gostava de ver exclarecida: como será feita a *interação entre os membros* se apenas nos inscrevermos na comunidade dando o email? mailing-lits por exemplo?!
Sei como te sentes, eu próprio também não gosto nada dos termos de utilização do Google mas infelizmente a própria instituição de ensino onde estudo recorre às Google Apps, ou seja calendário + gmail + docs para os estudantes. Também preferia que este grupo do pplware fosse hospedado noutro serviço.
Pelo que estou a ver, é mesmo necessário ter uma conta Google para interagir dentro do grupo, ou seja responder a outros membros.
Contudo o Google ainda permite criar uma conta associada a outro e-mail, tal como fiz há pouco, associei o meu hotmail a uma conta do Google. Desta forma não te é dado um endereço Gmail, o login é feito com endereço email associado.
Assim, sempre podes fazer login apenas para participar no grupo, não tens necessariamente de dar o teu nome verdadeiro, podes usar um nickname desde que não faças uso do Google Plus e finalmente basta não aceder de qualquer outro serviço Google nem fazer pesquisas no Google enquanto a conta estiver ligada.
Boas, Que me perdoe a comunidade linux, mas …estava a experimentar o novo ubuntu através do vmware, fiquei curioso com esta nova versão…e deparei-me com vários problemas que continuam à muitos anos, um deles o suporte para placas gráficas , que acho que é um “nojo”, tudo o que seja “boas” gráficas, não há drivers para elas, há uns anos atrás (4 mais propriamente) tentei num Qosmio (que custou uma pipa de massa) com uma Nvidia 360M (1Gb ddr5) e nem arrancava, hoje estou a tentar num imac com AMD 6970M (2Gb ddr5) e não encontro drivers compatíveis, alias encontrei uma no site da AMD não se consegue instalar, tb tenho poucos conhecimentos ao nível do linux, mas este sistema operativo deixa um pouco a desejar, no que toca a hardware recente, a meu ver este SO é bom para maquinas de museu…esta foi uma piada de mau gosto 😀
Abraço a todos!
Relativamente aos drivers, a questão deve ser colocada um pouco ao contrário, as fabricantes de hardware (e também de software proprietário) também deixam a desejar no suporte que dão Linux, mesmo sendo um sistema operativo minoritário em termos de computadores pessoais.
Aqui está um vídeo que se tornou conhecido na Internet há uns meses atrás precisamente pela fúria que a falta de suporte NVIDIA dá ao Linus Torvald e que é exemplificativo do que quero dizer.
https://www.youtube.com/watch?v=MShbP3OpASA&feature=related
É normal ocorrerem estes problemas de compatibilidade com drivers closed-source, os fóruns estão cheios de pessoas com problemas desse tipo, sejam NVIDIA ou AMD, no entanto tem havido um bom progresso nessa área, contudo a compatibilidade nunca vai ser tão plena como aquela que se obtém num computador sem qualquer driver proprietário, como é o caso dos laptops que trazem as placas gráficas integradas Intel HD Graphics, não só o Ubuntu como praticamente qualquer distribuição das mais conhecidas corre na perfeição, sem sobreaquecimento e com os efeitos gráficos a correrem sem falhas.
Tendo em conta as circunstâncias, as placas gráficas nem muito antigas nem muito recentes costumam a ser as que obtém melhor compatibilidade com Linux, uma vez que é preciso um certo tempo após o lançamento de um novo modelo para que se trabalhe com vista à adaptação ao Linux, por isso é que estou parcialmente de acordo com a tua frase sobre deixar a desejar em hardware (muito) recente, mas discordo totalmente que seja apenas para máquinas de museu, depende do grau de suporte que o fabricante dê ao Linux, existem PC’s vendidos com Ubuntu pré-instalado que são o exemplo perfeito de que tudo o que é preciso é vontade de suportar Linux.
Tem razão Neptunno, no que toca ao software, já nem sei à quantos anos,… já perdi a conta…que estou a tentar mudar para o linux, mas por questões profissionais não o posso fazer, o software não é compativel, os emuladores não suportam versões actuais desse mesmo software, os eternos problemas dos drivers.
Sai do windows estou actualmente com o mac, mas continuo a querer que o linux seja compativel com tudo, acho que a comunidade tem que se afirmar e deixar de brincar aos programas, as grandes marcas fogem do linux pq a “comunidade linux” continua a “brincar” e a experimentar, não leva as coisas a “sério”.
Isto é apenas uma opinião muito pessoal, abraço!
Projecto1724, nesse aspecto estou plenamente de acordo contigo. Tem-se desperdiçado muito tempo e recursos que são por natureza limitados (tendo em conta que é uma plataforma open-source) em pequenas disputas.
Por exemplo algo que é comum é quando um dado ambiente gráfico não é consensual, logo surgem grupos revoltados que fazem um fork disto, outro grupo decide fazer um remix daquilo, e vão brincando com o Linux, criando milhentas distribuições, o que de facto aumenta as possibilidades de escolha e demonstram a versatilidade do Linux mas que é, na minha opinião, tempo e recursos que poderiam ser aplicados em criar software melhor e melhorar a experiência do utilizador doméstico e também dos profissionais que ainda dependem de software como Photoshop, AutoCAD ou até mesmo o Microsoft Office e se quiserem migrar, irão ter muitos problemas.
Agora, eu aconselho quem migra para o Linux a optar por encontrar alternativas do que propriamente a emular software, primeiro porque nunca é algo 100% optimizado, embora para softwares muito conhecidos haja uma óptima compatibilidade e em segundo lugar porque apesar de tudo em termos de software até existem algumas boas alternativas open-source e gratuitas, que podem não ter a qualidade suprema de aplicações proprietárias consagradas mas dão para atender à maioria das necessidades, alguns deles são até dos melhores que há e quando assim acontece normalmente são também suportados em Windows e MacOS, é uma questão de aplicar um pouco de tempo a encontrar as alternativas que existem e depois então se houver algum programa insubstituível, recorrer ao Wine/PlayonLinux ou até usar o Windows em máquina virtual.
Mais uma vez os meus parabéns por mais um bom artigo.
Eu acho que não o Edubuntu, mas outras distros Linux deveriam ser obrogatóriamente usadas na educação e não só, porquê? Simples, sem custos, eficazes, funcionais, opensource, extremamente fiáveis, inovadoras, sem virus e outras tralhas identicas.
Claro que este será o caminho no futuro mas mesmo assim ainda custa a mudar mentalidade, uso exclusivamente o Linux (Fedora e Ubuntu) há quase 3 anos diariamente, faço tudo sem problemas tal como faria no Windows, que ainda uso também em alguns pc’s, mas já não troco.
Acho que são argumentos sem contestação.
Peço desculpa pela pergunta, talvez muito parva. Mas apenas perguntando é que se aprende… e eu sou muito rookie no linux. O OS é em Português PT ou em Inglês como o site?
Olá Jorge, na instalação podes escolher Português