Amazon despediu trabalhadores ativistas ilegalmente, diz o NLRB
A Amazon está na vida de muitas pessoas como um mercado online que parece ter sempre tudo aquilo que precisamos. Contudo, por trás daquilo que chega ao público e para lá da oferta, existem, como temos vindo a assistir, problemas.
Depois de outras polémicas a envolver as condições de trabalho dos funcionários da Amazon, agora, descobriu-se que a empresa despediu dois empregados que defendiam, além de outras coisas, medidas de segurança contra a COVID-19.
Trabalhadoras despedidas ilegalmente
O National Labor Relations Board (NLRB) descobriu que Emily Cunningham e Maren Costa foram despedidas ilegalmente, no ano passado, por exigirem melhores condições de segurança no trabalho, face à pandemia pela COVID-19.
O despedimento foi a consequência do protesto público das duas funcionárias contra as políticas ambientais e laborais da Amazon.
As duas antigas empregadas acusaram a empresa de aplicar políticas de forma discriminatória e de ter regras imprecisas que limitam os funcionários de exercer os seus direitos. Aliás, esta queixa foi já apresentada em outubro.
Amazon defende-se que à vontade não é à vontadinha
Enquanto empregadas da Amazon, Emily e Maren destacaram-se por exercerem pressão para que a empresa fosse mais ativista em relação à crise climática. Então, tornaram-se declaradamente críticas em relação às ações da empresa.
Há cerca de um ano, foram despedidas após fazerem circular uma petição sobre os protocolos de segurança da Amazon relativos à pandemia. Além disso, trabalharam para angariar fundos para os funcionários do armazém em risco de contrair COVID-19.
Não me arrependo de me impor com os meus colegas de trabalho. Trata-se de vidas humanas e do futuro da humanidade. Nesta crise, devemos defender aquilo em que acreditamos, ter esperança e exigir das nossas corporações e empregadores uma decência básica que tem faltado nesta crise.
Disse Maren Costa numa declaração, na altura da sua demissão.
De acordo com o NLRB, o número de queixas sobre a Amazon interferir com os direitos dos trabalhadores mais do que triplicou com a pandemia.
A NBC News falou com mais de 24 trabalhadores do armazém da Amazon que revelaram ter visto os seus direitos violados. Desses, nove disseram ter sido despedidos, punidos ou repreendidos. Nesse sentido, a NLRB afirmou que poderá vir a abrir uma investigação, de forma a perceber até que ponto as alegações são parte de um padrão.
Por sua vez, a Amazon refere que despediu as empregadas “não por falar publicamente sobre condições de trabalho, segurança ou sustentabilidade, mas sim, por violar repetidamente as políticas internas”.
Embora não tenha enumerado as políticas que refere como violadas, a Amazon diz apoiar “o direito de cada empregado a criticar as condições de trabalho do seu empregador”. Contudo, “isso não vem com uma imunidade total contra as nossas políticas internas, todas elas lícitas”.
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Fonte: The Guardian
Neste artigo: Amazon, despedimento, ilegal, NLRB, queixas
Malta do BE lá da zona, só sabem reclamar
Esta malta “progressista” acha que forçar até partir funciona com tudo. Pois com estas estas empresas, não é assim que funciona, pois usam a maxima portuguesa de: “quando o mar bate na rocha, que se fd$% é o mexilhão “
Quando o mar bate na rocha … quem se f#$3 é o mexilhão
Não admira que só contratem robôs agora, não reclamam, não mijam, não faltam… Só espero que a empresa contribua para a segurança social o valor pela totalidade de humanos que cada robô representa. O futuro vai ser assim!
Se Fosse ca no Burgo seria Colaboradores mas como não é
Chama-se colaboradores em Portugal por ser mais bonito
Mas no Código de trabalho esta la bem explicito Trabalhadores
Muito bem este titulo e noticia
pois… mas lá também dão nomes “mais bonitos”, não é só cá!
As empresas precisam ver-se livres desses malditos humanos que querem dar bitaites. E depois se possível vender as suas porcarias para robôs e depois acabar com os cargos dos CEO’s e dos accionistas que são inúteis e só dão/ criam despesa à empresa.
Eu comparo um pouco a chamada “gig economy” ao mundo das drogas. Enquanto existirem consumidores, existirão “dealers”. Num mundo caracterizado pelo imediatismo no consumo, a tendência é para que as empresas tradicionais desapareçam lentamente, e os empregados de colarinho azul e colarinho branco sejam substituídos por tarefeiros, pagos quase à jornada / projecto.