A China quer ser mais independente e a sua versão do GPS é prova disso
De nome BeiDou, a resposta da China ao GPS consolidou a sua posição de liderança no mercado doméstico, no ano passado, com um crescimento económico de mais de 7% e com a expansão da sua compatibilidade para suportar uma gama mais ampla de dispositivos.
A China tem investido em tecnologias nacionais pelo receio de ver cortados os serviços essenciais fornecidos pelo ocidente, como o GPS, durante um período de tensões geopolíticas intensificadas.
À medida que o país avança com uma estratégia de autossuficiência tecnológica, procurando reduzir a sua dependência de sistemas ocidentais, o BeiDou Navigation Satellite System (BDS), a resposta da China ao GPS, continua a crescer no mercado doméstico.
Após 30 anos desde o lançamento dos seus primeiros satélites, o sistema de navegação BeiDou consolidou a sua posição de liderança no mercado chinês, em 2024, com um crescimento económico de mais de 7% e com a expansão da sua compatibilidade, suportando uma gama mais ampla de dispositivos.
O desenvolvimento do BeiDou impulsiona, também, o investimento numa gama de hardware e serviços relacionados, incluindo chips, algoritmos, processamento de dados, equipamentos terminais e infraestrutura terrestre, bem como a infraestrutura necessária para construir, lançar e manter os satélites.
BeiDou, o GPS chinês que está a crescer a dados vistos no país
Desenvolvido internamente, o sistema de navegação por satélite chinês gerou um total de 575,8 mil milhões de yuans (cerca de 70,1 mil milhões de euros), em 2024, num aumento de 7,39% relativamente ao ano anterior, de acordo com dados citados pela imprensa.
Além disso, é agora compatível com 288 milhões de smartphones - a maioria produzida por marcas nacionais como a Huawei e a Xiaomi -, na China, e é usado para localizações mais de 1 bilião de vezes por dia.
Conforme partilhado pelos próprios, as principais aplicações de navegação da China, Baidu Maps e Amap, usaram o BeiDou para orientar os utilizadores em viagens que somaram 4 mil milhões de quilómetros por dia.
Segundo a informação divulgada pela agência de notícias estatal Xinhua, o BeiDou está a ir além dos smartphones e sistemas de navegação por satélite em veículos, alargando-se a wearables, drones, bicicletas elétricas e até robôs. O objetivo passa por expandir o seu alcance no mercado de consumo chinês.
Mais do que isso, o BeiDou está a ampliar a sua cobertura, na China, e a atualizar a sua tecnologia para reduzir a latência.
Agora, o GPS americano na China não é compatível com alguns dispositivos fabricados no país ou não é usado deliberadamente por motivos de segurança, especialmente quando uma agência governamental, empresa estatal ou unidade militar precisa de serviços de navegação ou mapeamento superpreciso.
As empresas estrangeiras enfrentam certas restrições na recolha de dados cartográficos de alta precisão na China, mas muitos smartphones, como os modelos da Apple, suportam tanto o GPS como o BeiDou, selecionando automaticamente o melhor sinal.
Explicou um académico da Universidade de Ciência e Tecnologia de Zhejiang, que preferiu não ser identificado por motivos de privacidade, segundo o South China Morning Post.
Entretanto, a operadora do BeiDou, o Escritório de Navegação por Satélite da China, pretende substituir a sua constelação existente por novos satélites mais avançados até 2035.
Os dispositivos de última geração vão supostamente suportar posicionamento em tempo real com precisão de um centímetro.
Sistema de navegação por satélite da China chega a novos cantos do mundo
O sistema de navegação por satélite da China já expandiu a sua cobertura para ouros locais do mundo.
Como fornecedor principal de sistemas globais de navegação por satélite reconhecido pela Organização das Nações Unidas, o BDS foi totalmente integrado nos standards de 11 organizações internacionais, incluindo aviação civil, assuntos marítimos e comunicações móveis.
Além disso, mais de 30 países africanos, incluindo Nigéria, Tunísia, Senegal, Camarões e Djibuti, estabeleceram Estações de Referência de Operação Contínua (em inglês, CORS) do BeiDou, fornecendo serviços de posicionamento de alta precisão para conservação de água, transporte, agricultura e monitorização meteorológica local.
Na América do Sul, o Porto de Chancay, no Peru, é o primeiro porto inteligente a aplicar a tecnologia "5G + posicionamento de alta precisão BeiDou + IA".






















A supremacia chinesa a tornar-se uma realidade a todos os níveis
Sim, vai ser uma potência mundial muito distante das outras!
O sistema de posicionamento Chinês, ainda é muito focado na China, fora dela é muito impreciso ou inexistente.
Depois o Galileu, ainda nem é carne nem peixe, tem que ser desenvolvido muito mais..
O Glonass ou A-Glonass, é o melhor no Emisfério Norte, mas é mais impreciso no Emisfério Sul.
O GPS Americano, devido a forma circular, garante um nivel aceitavel a nivel Global, não é tão bom como o Glonass, no Norte, mas é melhor no Sul.
De uma forma geral o GPS tem menos variações Norte/Sul que todos os outros.
Nos EUA o Glonass, era muito usado por serviços de Emergência, pois garante melhor sinal, e precisão, no Emisfério Norte.
Para todo o Resto o GPS apresenta um nivel razoavelmente bom.Claro eles devem ter um sistema militar e esse deve ter mais precisão, do que o normal.
Em suma, os EUA apostaram num sistema que garanta niveis aceitaveis em qualquer lado.Vão ou na primeira Geraão ou na segunda.
Os Russos apostaram num sistema com melhor cobertura/precisão no emisfério Norte, vão salvo erro na 3ª Geração.
Os Chineses apostaram num sistema com uma coberura excelente na China, vão na primeira Geração.
Os Europeus apostaram num sistema que desconheço, qual o objectivo, mas dá a ideia que as coisas não vão como era supposto..vai na primeira, e acho que a segunda á vista?algo assim.