UE aprova taxas definitivas sobre os carros elétricos produzidos na China
Depois de vários meses de impasse, a União Europeia (UE) aprovou a imposição de taxas definitivas sobre os carros elétricos produzidos na China.
"A proposta da Comissão Europeia de instituir direitos de compensação definitivos sobre as importações de veículos elétricos a bateria (BEV) provenientes da China obteve hoje o apoio necessário dos Estados-membros da UE para a adoção de direitos aduaneiros", anunciou a UE, num comunicado.
O resultado da votação desta sexta-feira não foi divulgado publicamente. Contudo, informações que foram surgindo ao longo do processo sugeriam que França, Itália e os Países Baixos seriam a favor, enquanto a Hungria estaria contra.
A Alemanha, que havia mencionado uma abstenção e cujo poderoso setor automóvel tinha exercido uma forte pressão contra as taxas, terá, também, votado contra.
Estas taxas suplementares, agora aprovadas, destinam-se a compensar os efeitos prejudiciais dos subsídios que a UE acredita resultarem numa concorrência desleal, e a reduzir a diferença de preços entre as empresas chinesas e as do bloco.
Taxas entram em vigor em novembro
As taxas acrescem à atual taxa de 10% e variam consoante a marca e o seu nível de cooperação com a investigação que a Comissão Europeia tem em curso desde o ano passado:
- Tesla: 7,8%
- BYD: 17%
- Geely: 18,8%
- SAIC: 35,3%
- Outras fabricantes de veículos elétricos na China que colaboraram no inquérito, mas não foram incluídos individualmente na amostra: 20,7%
- Outras fabricantes de veículos elétricos na China que não colaboraram no inquérito: 35.3%
As taxas deverão entrar em vigor em novembro e serão cobradas pelos funcionários aduaneiros.
Segundo o mesmo comunicado, "um regulamento de execução da Comissão que inclua as conclusões definitivas do inquérito deve ser publicado no Jornal Oficial até 30 de outubro de 2024, o mais tardar".
Aquando do anúncio da decisão, a UE esclareceu que, paralelamente, continua a trabalhar com a China "para explorar uma solução alternativa que teria de ser totalmente compatível com a Organização Mundial do Comércio, adequada para resolver o problema das subvenções prejudiciais estabelecido pelo inquérito da Comissão, passível de controlo e de aplicação".
E Portugal votou alinhado com a Alemanha?
A OMC só é válida quando beneficia aqueles cujas mais valias são astronómicas sobre os seus produtos…
Quando alguém põe este status em causa lá vem a argumentação: segurança nacional, subsídios estatais, etc!
Logo as regras da OMC vão ás urtigas e nós consumidores a sempre a perder…
Para os neoliberais a gula só é satisfatória se uma mais valia exceder os 60%, tipo iphone!
Os países da UE não têm só consumidores de automóveis, também têm produtores. A indústria automóvel, de montagem e de componentes, representa cerca de 13 milhões de empregos e 7% do PIB da UE. Nuns países da UE tem um peso muito mais elevado e noutros é praticamente inexistente.
Quanto às regra da OMC, a investigação da Comissão Europeia e a aplicação de sobretaxas de importação está de acordo com as regras da OMC – face aos subsídios da China à produção e exportação de VE. Aqui, a questão não é de “nós consumidores”, é de uma possível escalada da guerra comercial, como mostra, por exemplo, a investigação aberta pela China, segundo as mesmas regras da OMC, à importação carne de porco subsidiada pela UE.
Todos nós sabemos o quão é importante a indústria automóvel e seus componentes na UE.
A mesma arrastados pela vassalagem ficou a dormir, acordando tarde e a más horas. É um pesadelo, mas cuja argumentação não pega quebrando as regras da OMC…
Como consumidores somos os mais prejudicados!
Sabes ao menos o que é um neoliberal?
Ó chico esperto, coloca lá alguma coisa para eu aprender!…
Quem primeiro falou em neoliberal não fui eu e se usas o termo mas não sabes explicar o que é e ainda por cima pedes-me explicações a mim significa mesmo que não sabes o que é…
Mas não te preocupes que eu explico:
O termo Neoliberalismo surgiu com na escola de economistas austríaca (leia-se escola como forma de pensamento e não escola edifício) ao qual estes economias advogam a intervenção mínima do estado na economia…
Esta escola austríaca teve como percursor Ludwig Von Mises ao qual lhe seguiram economistas importantes e laureados com o Nobel em economia como Hayek ou até mesmo Milton Friedman (este último formou a escola de Chicago – novamente não é um edifício).
Assim o liberalismo e os neoneoliberais sempre foram contra as tarifas de importação referindo que até se deveriam levantar as tarifas (nos EUA) mesmo que os outros países não as levantassem contra eles, porque essas tarifas significam um controlo do estado na economia coisa que eles são contra…
Portanto não faz nenhum sentido referires que um neoliberal é a favor das tarifas alfandegárias porque eles são contra, o que significa que simplesmente estas a debitar chavões sem saberes do que se trata…
… e pior é que nem sequer fazes um esforço para tentares entender o que é o liberalismo ou neoliberalismo.
Espero que tenhas aprendido alguma coisa hoje.
Nem o copy paste te serviu para a compreensão da frase que escrevi… Acrescenta aí no final do terceiro parágrafo (e desregulamentação)…
Organiza aí as ideias e responde só ao que compreenderes caso contrário baralhas-te…
Portanto és a favor das taxas, apesar de referires que, e cito:
“OMC vão ás urtigas e nós consumidores a sempre a perder…”
Explica-te melhor homem, porque ninguém entende as tuas ideias sobre economia política.
O que diz o “Spiegel” (jornal alemão):
“A Alemanha não conseguiu fazer prevalecer com sua posição. O país mais populoso da UE votou contra as tarifas em Bruxelas para poder evitá-las, mas a maioria dos países da UE que teria que se pronunciar contra o projeto teria que representar pelo menos 65% da população total da UE.
No entanto, o governo federal [tripartido: SPD, FDP e Verdes] também estava inicialmente em desacordo até que o chanceler Olaf Scholz (SPD) tomou uma decisão pouco antes da votação. Na “coligação do semáforo”, os ministérios das Finanças e dos Transportes liderados pelo FDP insistiram num não alemão em Bruxelas. Scholz também tinha criticado possíveis tarifas punitivas. Os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores liderados pelos verdes pediram para se abster na votação para continuar a procurar uma solução negociada com a China”.
Como tinham votaram os países, em 15/07, a proposta de tarifas da Comissão Europeia:
– Contra, 4 países – Hungria, Eslováquia, Malta e Chipre
– A favor, 12 países – França, Itália, Espanha, Polónia, Chéquia, Bélgica, Países Baixos, Grécia, Bulgária, Dinamarca, Lituânia e Letónia.
– Abstiveram-se 11 países: Alemanha, Áustria, Suécia, Portugal, Finlândia, Croácia, Roménia, Irlanda, Estónia, Eslovénia e Luxemburgo.
Uma vez que a Alemanha passou da abstenção para contra, é provável que outros países, como Portugal, também tenham passado. Mas a Alemanha não terá convencido outros pesos pesados da UE que votaram a favor.
As negociações com a China vão continuar. A Comissão Europeia só aprova as taxas definitivas em novembro.
Já se sabe, quantitativamente, os resultados da votação:
– 5 votaram contra: Alemanha, Hungria, Malta, Eslovénia e Eslováquia.
– 10 votaram a favor: Itália, França, Polónia, Países Baixos, Irlanda, Lituânia, Letônia, Estónia, Bulgária e Dinamarca
– 12 abstiveram-se: Bélgica, Croácia, Chéquia, Grécia, Espanha, Chipre, Luxemburgo, Áustria, Portugal, Roménia, Suécia e Finlândia.
Relativamente à votação de julho, destaca-se a alteração da Alemanha (de abstenção para contra) e da Espanha (de a favor para abstenção). Foi muito noticiada na recente visita do primeiro-ministro espanhol à China a pressão para que se opusesse à proposta da Comissão Europeia, por a Espanha vir a ser um dos principais países mais afetados na exportação de carne de porco para a China.
Portugal absteve-se, em julho e agora.
A União Europeia aprovou hoje uma taxa alfandegária sobre os veículos elétricos chineses. Considero que esta votação carece de transparência. Por que razão os veículos da Tesla, fabricados na China, têm uma taxa residual? Qual é a justificativa para esta exceção? Pessoalmente, preferiria que a União Europeia utilizasse o argumento de “segurança nacional”. Parece que estamos prestes a entrar em uma guerra comercial, da qual ninguém sairá vencedor. Alguns dos produtos/produtores podem ficar prejudicados com esta retaliação (produtos financiados ou subsidiados pela UE): Conhaque, carne suína, leite e seus derivados, Airbus, algumas marcas de automóveis, etc.
A taxa e diferente para cada marca, depende dos apoios que recebe do Governo Chines e da forma como as empresas reportam os apoios.
Maior suporte do governo chines, supostamente carros mais baratos, por isso maior vai ser o imposto para a concorrencia ser mais “justa”.
Não sabe o que está a falar. O governo francês é uma dos maiores proponentes das taxas, visto que a exposição dos seus fabricantes ao mercado chinês é muito mais reduzida.
@Ivo: Peço desculpa. A minha intenção era responder ao @Uddu.
Inacreditável, uma guerra comercial em que todos sairão prejudicados…como sempre nós o povo…
Não é a UE… É a Comissão Europeia que obriga os Países a votar a favor, sabendo que toda a indústria na Europa é contra.
A França já apresentou uma proposta para vetar os poderes da Comissão Europeia e sua presidente que continuam a achar-se superior aos Governos.
Quem teve a triste ideia de dar carta branca a um grupo de gente corrupta e que no fundo são apenas e só lacaios de Washington.
“Não é a UE… É a Comissão Europeia que obriga os Países a votar a favor, sabendo que toda a indústria na Europa é contra.”
Tretas
“A França já apresentou uma proposta para vetar os poderes da Comissão Europeia e sua presidente que continuam a achar-se superior aos Governos.”
Mais tretas, estaria a proposta relacionada com esta votação ao menos?
“Quem teve a triste ideia de dar carta branca a um grupo de gente corrupta e que no fundo são apenas e só lacaios de Washington.”
Antes lacaios de Washington do que lacaios de Moscovo ou Pequim!
Tudo que venha da china deve ser taxado com percentagens de 200%, quem não gostar deve ir para a china viver no regime que amam, não se pode ter o melhor de dois mundos.
SÓ EXISTE UM!
A China não precisa da OMC para ajustar contas com a UE. E é ela a panela de ferro, a UE a panela de barro. Basta -lhe responder com taxas proibitivas a tudo o que é luxo made in Europe e impor um embargo às matérias primas que a indústria europeia não pode dispensar. Nem eles sabem com quem se meteram. Não dou dois meses para estarem aí todos de joelhos.
Só que não…
A China precisa dos mercados externos para poder vender o excedente da sua produção, pois o mercado interno não tem a capacidade financeira de consumo como os norte-americanos e os europeus.
Os carros elétricos que os fabricantes chineses produzem neste momento têm muita qualidade e apresentam um preço bem abaixo do que os fabricante europeis praticam. Por isso os consumidores optam pelas marcas chinesas.
E … apresentam esses preços porque a produção e exportação é subsidiada pela China.
E por que gasta agora a China dinheiro em subsídios? Para liquidar a produção industrial automóvel da UE – e a produção industrial da UE de um modo geral, que hoje produz automóveis e amanhã pode produzir outro tipo de produtos (se existir). Aumentando a dependência da China, a longo prazo.
O que eu não vejo é o pessoal “pró-consumidor” e anti-UE negar que a China subsidia a produção e exportação de VE para a UE, Nem vale a pena, nem a China o nega – o que diz é que a UE faz o mesmo com outros produtos que a China importa.
Então e a UE não faz isso quanto dinheiro já foi injectado na Vw ?? E os preços? só têm vindo a subir e ainda são apanhadas a gozar com o zé povinho com o escândalo das emissões portanto como é que a china faz os carros bem mais baratos eu nem quero saber para mim até podem levar no c*, para mim são mais baratos? então venham eles
Os governos da UE não o fazem diretamente como na China. Fazem-no através de coisas como incentivos fiscais para atrair investimento, financiar infraestrutura que suporta o negócio, parecerias de pesquisa e desenvolvimento, etc. Só em casos extremos para evitar falências é que costumam haver ajudas diretas a empresas de grande dimensão.
O questionário enviado aos fabricantes na China destinava-se a perceber exatamente que tipo de ajuda estavam a receber. Aqueles que recebem menos ajudas diretas pagarão menos taxas.
A única coisa que você demonstra é que se está a borrifar para o Zé Povinho, que é saber do seu umbigo. Vá falar assim na cara de quem trabalhou em fábricas em que a produção foi deslocalizada para a China.
+1
Já há cá lixo a mais da Tesla, só cá falta mais xinezisses. Deviam proibir ainda mais.
Já estou a ver o que vai acontecer.
Os Chineses vão retaliar e os inúteis e corruptos da UE vão dizer ” Oh não, não podem retaliar. Não estava previsto que retaliassem. Não podem fazer isso. Só nós é que podemos. Vá lá, não sejam maus para mim”…
Quando a China começar a retaliar, a UE emitirá um comunicado dizendo que o ato da China é incompreensível e inaceitável.
E como esse comunicado não vai ter efeito nenhum voltam atrás e deixam tudo como estava. Entradas de leão, saídas de sendeiro. O costume.