UE aprova primeiro conjunto de taxas de retaliação sobre as importações dos EUA
Conforme prometera, a União Europeia (UE) aprovou, esta quarta-feira, o primeiro conjunto de medidas de retaliação para combater as taxas impostas pelos Estados Unidos da América (EUA).
Aquando do anúncio de taxas aduaneiras por Donald Trump, especificamente os direitos aduaneiros de 25% sobre o aço e o alumínio, o bloco de 27 nações avisou que agiria para proteger as empresas e os consumidores europeus.
A UE considera as taxas dos EUA injustificadas e prejudiciais, causando danos económicos a ambas as partes, bem como à economia global. A UE declarou a sua clara preferência por encontrar soluções negociadas com os EUA, que sejam equilibradas e mutuamente benéficas.
Declarou a UE, enfrentando, além dessas, taxas de 20% sobre quase todas as suas importações, como parte do plano americano que conhecemos aqui.
UE prometeu medidas de retaliação, caso não houvesse acordo
Face ao protecionismo de Donald Trump e indo ao encontro do aviso que deixou sobre o tema, a Comissão Europeia aprovou, hoje, o primeiro conjunto de medidas de retaliação para combater as taxas americanas. Segundo a informação avançada pela imprensa, as taxas começarão a ser cobradas a partir de 15 de abril.
A proposta foi aprovada por 26 países, tendo apenas a Hungria votado contra.
Além disso, apesar de ter sido revelado um pacote de resposta que visava uma série de bens, com um leque de 1700 produtos americanos estipulados, a lista final ainda não foi divulgada.
Na segunda-feira, Maros Sefcovic, comissário da UE para o comércio e a segurança económica, informou que o bloco começaria a cobrar a primeira parte das taxas sobre as importações dos EUA a partir de 15 de abril, com um segundo conjunto de medidas a ser imposto a 15 de maio.
Segundo a CNBC, citando Sefcovic, durante uma conferência de imprensa, as taxas americanas estão a afetar 380 mil milhões de euros de exportações da Europa para os Estados Unidos, o que representa cerca de 70% do total das exportações.
Europa <3
Ó senhores, as taxas alfandegárias de Trump sobre produtos da UE são:
– 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio – entrou em vigor em 12/03/2025
– 25% sobre os automóveis – entrou em vigor em 03/04/2025
– 20% sobre os outros produtos como “tarifas recíprocas” – entrou vigor hoje, 09/04/2025
Os Estados-membros da UE aprovaram hoje, com o voto contra da Hungria, a primeira lista de taxas retaliatórias – de resposta à taxa de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. A resposta às outras taxas de Trump está anunciada para breve.
Não há mistério nenhum com esta lista aprovada – tem 1700 produtos e é a mesma, que na primeira guerra comercial com Trump. no seu primeiro mandato, tinha sido suspensa até março deste ano, em resultado dos acordos comerciais a que chegaram nessa altura a UE e os EUA. A UE limitou-se a terminar com essa suspensão. Excluiu-se agora o whisky bourbon, para não picar Trump, que tinham anunciado uma taxa de 200% sobre as bebidas alcoólicas das UE caso a UE retaliasse.
Falta saber se Trump vai aumentar as taxas alfandegárias por a UE ter retaliado como fez com a China (por a China ter retaliado passou a taxa alfandegária de 54% para 104%, a que a China respondeu passando a sua de 34% para 84%).
O critério para a lista dos 1700 produtos foi poderem ser encontrados facilmente produtos equivalentes fabricados na UE, para não penalizar os consumidores.
Pelos vistos, vários dos produtos da lista da UE estão direcionados para “bata neles onde dói”. Por exemplo, segundo escreve o Guardian:
– Os EUA são o 2º produtor e exportador mundial de soja, produzida sobretudo em estados republicanos, como a Louisiana, republicano, de onde é originário o presidente da CÂMAra dos Representantes, Mike Johnson. A exportação de soja está sob pressão por causa do corte nas importações pela China. Claro que os agricultores têm criticado as tarifas de Trump, que não têm ligado nenhuma.
– Outros alvos: carne bovina do Kansas e Nebraska, aves da Louisiana, peças de carros de Michigan, cigarros da Flórida e produtos de madeira da Carolina do Norte, Geórgia e Alabama.
Diz também que as taxas alfandegárias de retaliação da China, Canadá e UE afeta exportações dos EUA no valor de 90 mil milhões de dólares.
ou seja, é claramente assumido que a europa é da fação da esquerda quando direciona os ataques a produtos dos estados republicanos.
O que diz o Guardian é que os republicanos, desses estados, têm muito mais capacidade para influenciar Trump.
O que é facto é que alguém o influenciou para suspender por 90 dias, pelo menos, o disparate das “taxas recíprocas” sobre os produtos de cada país.
La vai o pobre pagar as favas. Tudo ainda mais caro.
Há utilizadores que defendem as tarifas… era bom saber a opinião deles…
Eu sou totalmente contra esta guerra de tarifas. No entanto, e dadas as circunstâncias, sou completamente da opinião que a EU tem de as aplicar. Não é a questão de atacar ou responder ou de fazer frente. A guerra não foi a EU que a começou, mas, para o mal e para o bem, tem de arregaçar as mangas.
Com as tarifas americanas vamos perder vendas para o mercado europeu. Isso é ponto assente. Não vai ser o consumidor americado a absorver totalmente o aumento dos custos. Vão é comprar menos. E as indústrias cá vão vender menos. Temos de taxar os produtos americanos de forma “equivalente”, de forma a fomentar o consumo de bens europeus e proteger a produção interna. Senão, perdemos vendas para os USA e continuamos a deixar os produtos deles entrar sem fazer nada.
Os preços vão subir? Claro que vão subir em muitos produtos… ou talvez não. A curto prazo sim, mas não será só a EU a vender menos para os USA. Serão outros blocos. Vamos ter certamente outras dinâmicas. Há já uma forte aproximação entre Canadá e EU, e outras situações semelhantes vão-se seguir um pouco por todo o mundo. Com isto tudo, vários países e blocos vão vender menos para os USA e vão procurar outros mercados. Talvez grande parte dos produtos e serviços dos USA sejam substituídos “diretamente” por produtos e serviços de outros países, que em vez de seguirem para os USA seguem para a EU (O Canadá, mais uma vez). E a EU vai procurar outros mercados para vender de forma a deferir as perdas no mercado americano. E como outros países vão impor tarifas aos produtos americanos, abre-se espaço para tal.
No meio disto tudo, quem corre o risco de ficar mesmo mal são os USA. Ficam orgulhosamente sós, tal como outros países como Venezuela, Cuba e Coreia do Norte. Um dos grandes trunfos do mundo moderno é a mobilidade de bens e a facilidade de transações, principalmente entre mercados “equiparados” ou “+/- equiparados”.
Em relação aos produtos chineses (que se tem falado muito) a questão é diferente, uma vez que a “concorrência” não é de todo equilibrada, mas isso é assunto para outras núpcias.
Não creio que as favas venham por via do aumento dos preços no consumo na UE. Será por via do efeito nas empresas dependentes das exportações para os EUA, com reflexo no rendimento e emprego dos trabalhadores,
Há um pequeno erro na frase “UE prometeu medidas de retaliação, casi não houvesse acordo”, creio que querem dizer caso e não casi.
Como se lida com um bully?
Na minha perspetiva o que os EUA estão a fazer é bullying com os outros países, e na tentativa de isolar a China está a fazer precisamente o contrário a China vai acabar por assinar acordos com o resto do mundo e vai ficar de fora os EUA.
Já antes muitos lunáticos julgavam serem capazes de viver sem o comercia externo, a China sabe bem o que isso é assim como o Camboja e o resultado foi fome e miséria em grande escala com genocídios à mistura.
E vai exportar para onde????
Da ultima vez a China ganhou porque exportava para o México e Vietname que não tinham taxas, agora não têm essa hipótese.
Os USA vão ficar orgulhosamente sós como a Venezuela ou a Coreia do Norte.
Eu acho importante aplicar taxas alfandegárias aos produtos americanos. Só espero que os líderes da UE não levantem a bandeira branca depois das ameaças de retaliação por parte do governo americano. Pois este vídeo diz tudo quando o líder de algum país demonstra seu lado fraco.
https://www.msn.com/pt-pt/pol%C3%ADtica/governo/est%C3%A3o-a-lamber-me-as-botas-trump-diz-que-pa%C3%ADses-fazem-qualquer-coisa-por-um-acordo/vi-AA1CAHBM
Mas sabes que o Trump é primo do Pinóquio, os extremistas, ditadores e radicais gostão muito de exagerar, o problema dele vai ser quando os amigos perderem ainda mais gito, depois vai arranjar uma vitória que só existe na cabeça dele e volta com a palavra atras.
Concordo
1º – Impulsionar a Produção Nacional
2º- Corrigir o grande défice comercial com a China.
3º – Garantir acordos comerciais mais favoráveis para os Estados Unidos.
4º – Aumentar o poder do dólar outra vez.
Resumidamente é isto.
1º – Impulsionar a produção nacional – se os outros países não retaliassem, ameaçando as exportações dos EUA. Vá-se lá saber porquê, a China, a UE e o Canadá aumentaram as taxas alfandegárias sobre a soja, de que os EUA são 2º produtor e exportador mundial
2º – Corrigir o grande défice comercial com a China – e o Lesoto e a Ilha dos Pinguins
3º – Garantir acordos mais favoráveis para os EUA – Trump diz que tem montes de países a lamber-lhe o rabo (sic) para conseguir acordos. Ainda não se viu nada, o que se viu foi a China, a UE e o Canadá a retaliar.
4º – Aumentar o poder do dólar outra vez – isso não é o que diz Trump, que considera que os outros países desvalorizam as suas moedas para prejudicar os EUA.
o Trump faz aquilo que acha melhor para os EUA. A Europa, por seu lado, tem andado a baixar as calcinhas aos do outro lado enquanto rouba os próprios cidadãos! No fundo, os governantes de Bruxelas são uns traidores corruptos!
Estás enganado. O trump faz o que acha melhor para si e para os seus correligionários. Desde jantares em casa dele com “bilhetes” a 1milhão de dollars, Sh*t coins com o patrocínio do presidente (e cujo maior beneficiário adivinha quem é…), transformar a casa branca num stand de automóveis, vender guitarras oficiais do trump, presidente o the USA. Guitarras fabricadas fora dos estados unidos, mas cheias de bandeiras e águias americanas. Tão patriótico e amigo do made in USA que ele é. O merchandising oficial do trump (sim, existe) é feito maioritariamente na china, bangladesh e outros países da ásia. Mas é este tipo que não quer coisas da china, nem do méxico… tem de ser tudo made in USA, menos o que ele quer.
É este o presidente que quer desregulamentar o mercado financeiro para que os amigos e ele possam comer mais algum. Alguém ainda se lembra de como começou a crise do subprime? Vamos voltar ao mesmo?
É este o presidente que diz que está tudo cheio de medo a beijar-lhe o rabo por causa das tarifas, mas depois adia tudo (mais uma vez). Tão convicto estava ele e afinal… É um megalómano narcisista que não sabe o que anda a fazer. Fez toda a sua vida e carreira financeira à custa de esquemas e de fugas aos impostos. De falências “manhosas”. Nenhum dos seus negócios realmente funcionou bem. Quantos casinos faliram? Quantos hotéis? Ele na verdade acha que faz nos USA o mesmo que nos negócios. Enche os bolsos e lixa os outros. E no fim, como sempre, nem impostos paga. Já foi investigado e como entretanto é presidente safa-se das investigações.
Claramente um tipo que faz sempre o melhor para a ‘Murica!
O Trump fez suspensão de 90 dias a todos os países que entraram em contacto com a América para negociar e que não meteram tarifas com resposta.
A UE já tinha enviado para a América para negociar por isso entra nos 90 dias, já a China não como retaliaram a China aumentou hoje para 125% o Trump.
Trump cedeu à pressão, ou reconheceu que as suas “tarifas reciprocas” globais são um valente disparate.
“Trump autoriza uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, as ações disparam – excepto para a China, que estavam em 104% e passam para 125%”
Enfim, não há paciência.
Bom, acho que já se percebeu melhor:
– Mantém-se as anteriores taxas alfandegárias dos EUA de 25% sobre o aço, 10% sobre o alumínio e 25% sobre os automóveis.
– A taxa de 20% sobre os outros produtos da UE, dita “tarifa recíproca”, que entrava em vigor hoje, 09/04/2025 passou para 10%, que é a “tarifa recíproca mínima, durante 90 dias. A taxa superior foi adiada por esse prazo para os países que não retaliaram – referindo a Casa Branca apenas a China.
Isto quererá dizer que as taxas retaliatórias do post, aprovadas hoje pela UE, em resposta às taxas dos EUA sobre o aço e o alumínio não foram consideradas. O que não consegui perceber é se as UE as mantém, para entrar em vigor em 15 de abril e 15 de maio.
Mas o porque é que a Hungria ainda faz parte da UE? Muito sinceramente não entendo.
Todas as bolsas Americanas a subir cerca de 10% depois da decisão de colocar 125% de tarifas a China.
A UE está nos países que contactaram a América por isso vai dar 90 dias, mas mesmo assim as bolsas europeias estão todas a vermelho, amanhã na abertura devem disparar.
e assim se fazem fortunas, aprendam com o Trump
Ora nem mais, e amanhã nas bolsas europeias quem for fino faz mais uns cobres.
Sempre não me enganei todas as bolsas europeias a ganhar mais de 6%, já fiz uns trocos mas bom bom foi na semana passada ter comprado NVIDIA a preços de saldo só nesta já estou com lucro de 20% hoje deu um salto…
@Zé Fonseca A. Manipulação de mercados é crime, vamos ver como acaba a história, com o estarola alaranjado no poder a história nunca acaba.
Os factos:
– Trump postou na sua rede social “É altura de comprar (ações)”
– Passado umas horas adiou as “tarifas recíprocas” por 90 dias, que faz disparar as bolsas
– Quem seguiu a indicação de que “é altura de comprar” encheu-se de dinheiro.
Os democratas dizem que isto foi a maior manipulação de mercado e querem que os congressistas tornem público se compraram ações nas últimas 48 horas.
Um porta-voz da Casa Branca já veio dizer que é função do presidente tranquilizar os mercados, o que justificará o post “é altura de comprar”. Mas os democratas estão a apontar baterias a isto.
Ou assim se lixa o povo americano. Há sempre vários pontos de vista.
https://www.youtube.com/shorts/puRU3UkD9H8
Vamos ficar cansados de tanto ganhar!
Porque e que esta malta nao vai brincar ao piao ? Era melhor que andarem armados em parvos, estas taxas vao todas reflectir-se em todos nos, isto e mais uma forma de prejudicar a economia, nao dou 6 meses para a guerra da Ucrania vs Russia desaparecer da comunicacao social querem apostar ? Passam a vida a inventar crises. Oh raça, os pais nao lhes deram educacao. Nao sabem o que e amar o proximo senao faziam as coisas com amor e nao com desordem.
Como alguém já comentou, não compreendo como é que a Hungria faz parte da UE. Está sempre do contra e tem uma democracia duvidosa. Em relação ao Sr Trump, por um lado admiro a sua frontalidade, embora sem ponderação e agora vamos ver quem vão ser os governantes que vão ao beija mão e perder a face. Outra questão é que se somos pobres não é por falta de oportunidades mas sim por comodismo. Muita gente quer um emprego e não um trabalho e então à que votar em partidos que dão tudo ou filiarem-se num qualquer que lhe dê o dito tacho
E por que é que Trump se decidiu por este inesperado adiamento por 90 dias das “taxas recíprocas” superiores a 10%? (Ao mesmo tempo, por ter retaliado, passou a taxa alfandegária sobre as importações da China para 125%. O México e o Canadá não são abrangidos pela taxa de 10%).
Os propangandistas que tem na Casa Branca dizem que foi por ser um génio da negociação. Trump diz que foi por as pessoas estarem assustadas. E o que o levou a reconhecer que estavam assustadas? O N.Y .Times que foi principalmente a rápida subida das “bond yields”, a taxa de juro que os investidores exigem para comprar títulos de dívida pública do tesouro. Em períodos de turbulência e de baixa na cotação das ações as “yield” tendem a baixar, porque os investidores se refugiam na compra de títulos da dívida publica, por lhes atribuir menor risco – mas com a “tarifada” as “yield” em vez de descer subiram – atribuindo maior risco ao estado americano.
Vale a pena ver o gráfico da evolução da “bond yield” a 10 anos, antecedido do texto seguinte. De notar que é colocada a possibilidade de a UE ser considerada como tendo retaliado, tal como a China.
“A “bond yield” do Tesouro de 10 anos dos EUA caiu para cerca de 4,28% na quinta-feira, abaixo de um pico de 4,5% na sessão anterior, quando o presidente Trump anunciou uma pausa em muitas das novas tarifas introduzidas esta semana. A mudança ajudou a aliviar a pressão sobre o Tesouro, que enfrentou uma liquidação acentuada no meio ao aumento das tensões comerciais. Apesar do adiamento temporário, Trump aumentou as tarifas sobre as importações chinesas para 125% em resposta às medidas de retaliação de Pequim. A UE também pode ser excluída da pausa tarifária, após o anúncio de contramedidas contra os EUA. No início da semana, as “yield bonds” do Tesouro aumentaram em meio a relatos de vendas no exterior, refletindo a erosão da confiança na estabilidade da política fiscal e comercial dos EUA. Os mercados agora estão a observr de perto os próximos dados de inflação dos EUA, com vencimento na quinta-feira, para obter mais informações sobre as perspectivas económicas e a potencial resposta política do FED”.
https://tradingeconomics.com/united-states/government-bond-yield
A Europa tem os dias contados.