Google acusada de racismo e sexismo despede outra investigadora da sua equipa de ética de IA
A Google despediu outra investigadora de inteligência artificial, Margaret Mitchell. Esta é mais uma baixa resultante da recente escalada de tensões internas na empresa. Tudo isto começou depois da controversa expulsão de Timnit Gebru, uma funcionária negra de topo que expressava a sua frustração pela diversidade de género no ramo da Inteligência Artificial da Google.
Ao que parece, a empresa não consegue conter o "incêndio" que se espalha na sua equipa de ética de IA.
Google castiga investigação clandestina
Mitchell, que anteriormente liderava a equipa ao lado de Gebru, foi apanhada a usar scripts automatizados para vasculhar os seus e-mails de trabalho. Segundo relata a Axios, a investigadora procurava encontrar provas de discriminação e assédio para apoiar as alegações de Gebru.
Depois do que se passou em dezembro de 2020, com o afastamento da investigadores Timnit Gebru, Margaret Mitchell não se conformou com a atitude da Google. Em janeiro, perdeu o acesso ao seu e-mail corporativo depois da gigante das pesquisas ter iniciado uma investigação sobre a sua atividade.
Em declarações à Reuters, a Google afirma que o despedimento de Mitchell seguiu as recomendações disciplinares dos investigadores e de um comité de revisão. A Google disse que Mitchell violou o código de conduta e as políticas de segurança da empresa e transferiu ficheiros eletrónicos para fora da empresa.
Mitchell anunciou a sua demissão na sexta-feira à noite num tweet duro e cru:
I'm fired.
— MMitchell (@mmitchell_ai) February 19, 2021
Quando contactada pela CNN sobre as alegações da Google, a especialista em ética disse à agência de notícias:
Na verdade, não sei sobre essas alegações. Quer dizer, a maior parte disto é novidade para mim.
Google acusada de sexismo e discriminação racial
Agora despedida, a cientista ingressou na empresa em 2016 como cientista sénior de investigação. Na altura, a sua missão era antes de mais fundar a equipa de ética da Google com Timnit Gebru. Contudo, nos últimos meses, Mitchell tem criticado abertamente o despedimento abrupto da Gebru.
Timnit Gebru é uma das poucas colaboradoras negras na empresa (apenas 3,7% dos colaboradores da Google são negros de acordo com o seu relatório anual de diversidade de 2020). Gebru alega que foi despedida depois de levantar preocupações sobre os protocolos de diversidade da empresa e a sua tentativa de censurar a investigação crítica dos seus produtos.
O manto do racismo parece estar a consumir a gigante das pesquisas por dentro. Segundo Mitchell, o despedimento de Gebru "criou um efeito dominó de trauma para ela e para o resto da equipa". Ela acredita que os castigos não se fiquem por aqui, poderão ainda haver outros membros que serão punidos como resultado deste trauma.
I am concerned about @timnitGebru 's firing from Google and its relationship to sexism and discrimination. I wanted to share the email I wrote to Google press the day my access was cut off.https://t.co/O7JPlqJW8L
— MMitchell (@mmitchell_ai) February 5, 2021
Outra das principais investigadoras de IA da empresa, Alex Hanna, twittou uma imagem naquela noite, alegadamente, de um e-mail que recebeu de altos funcionários ameaçando que ela é a próxima no processo de despedimentos.
Because he can't harass me on Twitter, Michael Lissack deciding to harass me over email.
Absolutely normal stuff, right here. pic.twitter.com/Un53jMFSQP
— Dr. Alex Hanna (@alexhanna) February 20, 2021
A ética no meio da polémica
Milhares de funcionários e especialistas da gigante das pesquisas na comunidade de IA protestaram contra a decisão da empresa de despedir Gebru. Como resultado, há agora um escrutínio acrescido sobre a investigação de ética da IA da empresa.
Segundo é reportado, as tensões internas começaram a borbulhar no momento em que a Google tentou abafar os dissidentes e quis à pressa virar a página sobre a controvérsia, enterrando-a numa onda de mudanças de política.
No início desta semana, a Google anunciou planos para reestruturar as suas equipas responsáveis de IA para consolidar a liderança sob o comando de Marian Croak, vice-presidente de engenharia da Google. Contudo, horas antes do despedimento de Mitchell, a Google alegadamente enviou um e-mail interno detalhando várias outras novas mudanças na política de pesquisa e diversidade que a empresa está a implementar na sequência de uma investigação interna sobre a rescisão de Gebru.
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Este artigo tem mais de um ano
só a mim é que mete nojo este choro de racismo e machismo? Em vez de quotas raciais e de género se ficassem concentrados em competência?
que podridão!
+1
Isto surgiu precisamente porque muitos não eram competentes o suficiente então resolveram arranjar uma alternativa para subir sem o devido mérito.
Eu acredito em meritocracias independentes de raça, género ou orientacao sexual, trabalho com pessoas de diferentes géneros, raças e orientações sexuais e todos por mérito estão onde estão e são bons naquilo que fazem, e espantem-se, já eram bons antes e já estavam nas suas posições antes de toda esta onda das quotas e das igualdades.
Para serem contratadas é porque as candidaturas apresentavam mérito…agora ,no despedimento,já não têm mérito?
desde quando cor e merito,.. so mesmo libtards para pensarem isso,… ainda bem quantos mais meterem por cor “merito” mais depressa aquilo desaparece,…
so inuteis sem qualquer capacidade fisica ou mental apelam ao racismo ou descriminacao para obterem algo.
Caro @jorgeg,acabou de passar um atestado de incompetência à google,se as contratou é porque avaliou o mérito delas como mais-valia.
-estes despedimentos dizem muito da empresa google.Se quer observar a partir do preconceito é a sua prerrogativa,não dos factos.Relembro,a google (como outras big-tech) está no campo político que você denominou “libtard”;o preconceito escondeu o óbvio!
Cumprimentos.
Não deixaram de ter mérito deixaram de cumprir regras
Caro @josé,como assim?O que o caro acabou de escrever contradiz o que disse antes!!!E confirma as reticências que apresentei de o problema estar na empresa e não no mérito das despedidas…
-no entanto,apresentou um discurso a defender o mérito como o valor supremo aplicável a este caso,mas agora,afirma que as despedidas mantém o mérito inicial que as permitiu serem contratadas pela empresa,ou seja,se não é o mérito é as regras da empresa?As regras da empresa permitem discriminação?
A informação está na notícia,os preconceitos é que escolhem essa informação.
Cumprimentos.
As minhas afirmações foram no seguimento de um post e não no seguimento da notícia
Caro @josé,o post que refere foi no seguimento da notícia,as suas afirmações além de concordarem com o post citado,prolongam o “nojo” referido em tal post…
-o mérito não é questionado na notícia,mas o post que refere ,o tal mérito ,é usado como justificação para os despedimentos.Nem a empresa refere o mérito como justificação!
É isto o preconceito,as despedidas alegam discriminação(elas têm de demonstrar,ainda não está,nem a notícia tem elementos para validar tal),e por aqui,tentam um “assassinato de caráter” (usando a tal meritocracia) das despedidas sem antes verificarem se de facto existe discriminação.
Cumprimentos.
Não. Nas empresas norte americanas existem quotas para grupos étnicos. Logo em 10 candidatos n são contratados os mais competentes.sao contratados alguns q são competentes e outros pertencentes a minorias étnicas (mesmo tendo currículos inferiores) por causa do politicamente correcto.
Caro @joao,a notícia não refere o mérito como razão para despedimento,o que escreveu não se aplica ao caso.
-Pilotagem,médicos-cirúrgicos,e outras,não tem acesso por quotas,o acesso à formação destas competências sim,poderá ter quotas,mas não é garantido a conclusão da formação se não demonstra competência/mérito durante essa formação.Não confunda igualdade de acesso(quotas) com igualdade de resultado.
Cumprimentos.
+1000
Se fossem boas no que era suposto fazerem de certeza que não tinham sido despedidas..
Pena haverem pessoas que acham que por ser parte de ‘minorias’ tem dereito a tudo. É preciso trabalhar, não ha nenhum branco que chegue a CEO do que quer que seja so por ser branco.
+1 não querem, acham que por ter emprego, quero, mando, posso e faço o que me apetecer. Otários.
Quem me dera ter um emprego na google, trabalhar em silêncio e receber o salário que muitos outros não dão valores a eles próprios. Despeçam eles e que os meta a limpar lixo nas ruas.
Para quê reivindicar contra injustiças aos trabalhadores e salários baixos, sem aumentos, sem benefícios quando em África vivem com cêntimos por dia. Os africanos nessas condições diriam dos nossos salários o que tu dizes do salário e condições de trabalho dos americanos. Muitos cá em Portugal se calhar também comem e calam porque sabem que nos seus países natais teriam de viver com muito menos.
+1
Então é por isso que a página principal da google está em dark mode.
Isso deve ser das tuas definições estarem em dark mode. Por defeito a página do google é de fundo branco. Ou então estás em modo incógnito.
Eu sou o primeira pessoa a atacar uma empresa que realmente tenha motivações obscuras para qualquer despedimento mas diga-se que estas senhoras para profissionais de ética deixam algo a desejar.
A primeira nem há nada a dizer andar a ver emails privados (ou que não tem acesso atualmente) é ilegal seja onde for, a segunda sabe que não é wm praça pública que se discute estas questões. Aliás a ansia em tornar toda a situação pública leva me a duvidar mais do que a acreditar nelas. Isso e se em pleno século XXI um dos responsáveis daquela que é porventura a principal empresa tecnológica anda a ameaçar pessoas por e-mail então a Google tem realmente problemas graves.
Isso é como funciona a sociedade dos estados unidos, devido à sua história até aos tempos de hoje. Tentar percebê-los é o mesmo que tentar perceber outro país distinto socialmente num outro continente qualquer. Porque não vives nessa realidade nem partilhas a história da sociedade dos últimos séculos que levaram tanto aos problemas como às virtudes do presente. Por exemplo nunca hás de perceber porque a sociedade chinesa, ou a sociedade indiana, ou a sociedade russa funciona da maneira que funciona porque tu cresceste na portuguesa e aqui nós temos outros valores, outra ética, outra maneira de pensar a vida e vivê-la. Eles têm problemas e valores distintos de cá devido à sua história, as das gerações que lá cresceram. Mas devido ao instagram e outras redes sociais, à globalização da norma de vida americana (eua) nas últimas décadas pensamos que os problemas da sociedade deles são iguais aos problemas da nossa sociedade quando a história do povo português é totalmente distinta da história do povo dos estados unidos como de outro país qualquer.
como e que funciona a sociedade portuguesa liderada por o Golpista & Marselfie?!!!!!
Afinal, não estou só. E o autor merece aplausos demorados. Quisera ter escrito este texto, a meu ver, perfeito e sensato.
Vive muitos anos nos Estados Unidos e integrei-me complemente na sua sociedade e nunca deixei achar correto o tratamento diferencial que fazem das minorias, isso acontece e vê-se na rua, até comigo que facilmente passo por hispânico embora seja europeu, só demonstrando quem és esse estigma passa, percebo por isso o porque do push para esta onda de quotas. Percebo mas não aceito, o método devia ser outro e devia ser por mérito, problema é que eles são educados a está forma de pensar logo nas escolas onde as turmas e até as faculdades tem de preencher as quotas, isso significa que alunos brancos mais merecedores fiquem de fora face a outras minorias apenas porque são minorias, isso acabou por ser extrapolado pra o mercado de trabalho e mais recentemente para as artes, isso não passa de um tremendo disparate que pode comprometer não sua a competência de empresas como a percepção da realidade, já se fazem séries e filmes de época em sociedades onde os negros eram escravos e os mesmos são apresentados em monarquias como rainhas e principies, isto associado a banirem filmes históricos que envolvam escravstuda vai fazer com que daqui por 100 anos não ser conheça a história e por isso a mesma possa voltar a repetir-se, só os ignorants não se apercebem do que estão a criar com isto é não conseguem associar isto à subida das extremas esquerda e direita
Mais uma nãotícia sobre a vitimização de alguém que claramente infringiu regras e regulamentos internos.
A competência e brio profissional não tem cor, credo, preferência sexual ou “raça”.
Agora para tudo e racismo. Se as pessoas entendessem melhor a palavra nao lhe davam tanto uso. Eu sou branco se nao gostar de um branco sou racista ? A mim parece-me que as pessoas ficam ofendidas com algo entao o unico argumento que inventam e “racismo” enfim.
Lá vem o choro novamente.. não querem seguir regras não querem seguir as condições que assinaram no contrato, querem entrar na empresa e fazer o que lhes apetece e ainda chorarem para verem se mamam algum.. que mundo podre este tomado por ideologias comunistas
Estão a dizer-me que Google despede pessoas por causa de raça ou sexo é não por falta do valor que essas pessoas trazem? Do’t buy it
Essa conversa das quotas e das minorias e racismo e sei lá mais o quê mete-me nojo.
É sempre a mesma treta.
Se um branco é despedido, é porque sim, se é de uma minoria que já é maioria nalguns sítios, é racismo.
Essa das quotas então é a coisa mais absurda que pode haver.
Em vez de premiarem o mérito e o sacrifício para entrar, por exemplo, na universidade, premeiam a cor da pele.
Isto não é racismo?
Mas depois, quando um político precisa de um médico, vão lá ver quais são os médicos deles, se são aqueles que entraram por quotas…
Aqueles que falam contra os hospitais privados e que depois são apanhados lá dentro , essa é outra…
Aquele deputado do PCP Filipe qualquer coisa foi apanhado dentro dum hospital privado.
Explicação dele… Posso ter lá ido sem ser para consultas.
Então foi ao Hospital para quê? Comprar um automóvel?
Conversa para eleitor dele, óbvio.
E aqueles que falam que só devia haver SNS e acabar com os privados e depois têm seguros de saúde privados da Multicare?
Desses conheço eu montes…. Hipocrisia .
Mundo Ocidental está em declínio acelerado.
Ásia será o futuro…
Euéquesei dixit.
Às vezes a discussão sobre o racismo é exagerada, mas ignorante é quem acredita na meritocracia. Está mais que provado que cunhas, capacidade económica, popularidade, beleza e até preconceitos interferem no percurso das pessoas e na mobilidade social. Por exemplo, enquanto que no setor público existem concursos para vagas, no privado não. E estudos mostram que perante um perfil de competências igual, as pessoas geralmente optam por pessoas brancas e da mesma nacionalidade, em detrimento de pessoas negras. É o caso das empresas, onde as mulheres não chegam a cargos de topo por duas razões: por um lado a direção é composta maioritariamente por homens, e pelo preconceito que existe de que não têm capacidade ou vão engravidar e dedicar-se menos. Tal como acontece nos óscares em hollywood, em que quem ganha pode votar nos anos seguintes: se nunca haviam ganhado pessoas negras, será mais difícil ter alguém a votar nelas.
Por isso, há que ter cuidado, o racismo não pode ser usado como desculpa, mas não pode ser negado que existe. É como quem diz que Portugal é progressista e inclusivo, e depois vemos a quantidade de pessoas que votaram num partido fascista e xenófobo (Chega). Muito cuidado. Um dia achamos que a conversa anti-racista é exagerada, depois é o apoio a imigrantes exagerado, depois é contra a classe operária, e quando vamos ver já não existe ninguém para se preocupar quando nos queixarmos, porque é um exagero.
Somos todos minorias de alguma forma, se não for pela cor, pela nacionalidade ou pelo género, é pela zona de residência, pela profissão, pela religião, etc.
Tanto disparate junto, que nem se sabe por onde se pegar. Vou simplesmente resumir que é por causa desses disparates, desses extremismos da esquerdalhada (que é diferente da esquerda), que idiotas de extrema direita, como o Ventura, estão a ascender rapidamente, é o equilíbrio natural das coisas a funcionar. A minoriófilia já enjoa!
Racismo não é despedir pretos, ou amarelos, racismo é despedir pretos ou amarelos só porque são pretos ou amarelos.
Estou à espera do dia em que as feministas defendam igualdade/quotas na construção civil (entre outros sectores).