Ford recruta cães robô Spot para mapear a laser os seus edifícios
Os robôs podem desempenhar papeis importantes na vida do ser humano ao contribuir para a elaboração de tarefas quotidianas. Para o Spot, o robô da Boston Dynamics, essas tarefas podem ir desde o rebocar um camião, passando por patrulhas de ruas em tempo de pandemia, e até servir de pastor nos campos da Nova Zelândia. Contudo, a sua polivalência pode ser útil até para mapear espaços para estudar a sua otimização, como está a fazer a Ford.
O Spot, após ter sido colocado à venda, tem encontrado vários cenários de trabalho, aumentando a confiança no uso destes robôs.
Ford recruta robô Spot para mapear instalações
Os robôs Spot da Boston Dynamics são máquinas atraentes com alguns recursos muito úteis. Para além de alguns que já enumerámos, este quadrúpede foi até usado em plataformas de petróleo na Noruega. Assim, para acrescentar mais um emprego ao seu currículo, a Ford está a recrutar um par de quadrúpedes para realizar o mapeamento a laser de uma das suas fábricas para ajudar na tarefa de reformulação.
Conforme temos visto, estes robôs podem efetivamente ser adaptados à medida. Isto porque depois de terem sido colocados à venda, existe um kit de desenvolvimento de software (SDK) para cada cliente adaptar as suas máquinas a serviços específicos.
Alugar o Spot para tarefas específicas de otimização dos espaços
Apesar da empresa fabricante de automóveis já ter demonstrado muito interesse nestes robôs, atualmente a Ford está a alugar estas máquinas em vez de as comprar. Contudo, os Spot agora em atividade dentro das instalações da gigante americana, têm tarefas muito específicas.
Fluffy e Spot são os nomes de batismo destes dois robôs equipados com cinco câmaras e uma bateria. Com cerca de duas horas de autonomia, os robôs percorrerão a Central de Transmissão Van Dyke da empresa em Michigan a uma velocidade de 4,8 km/h. Com equipamento dedicado, os robôs irão mapear o interior da instalação.
Além do equipamento de imagem, os Spot transportam também na parte traseira de um pequeno robô autónomo chamado Scouter. A função deste é deslizar para cima e para baixo nos corredores para captar todo o pormenor do espaço circundante. Conforme declarações da empresa, a ideia é que o Fluffy e Spot automatizem o processo de mapeamento a laser no chão da fábrica. Posteriormente, estes dados vão alimentar o software CAD que ajuda os engenheiros a preparar e reorganizar as plantas do edifício.
Segundo o que foi dado a conhecer, sem estes robôs, é um exercício trabalhoso e caro que custa quase 300.000 dólares por planta, mas os robôs podem reduzir significativamente este número.
Costumávamos usar um tripé, e andávamos pelas instalações a parar em locais diferentes, cada vez que parávamos tínhamos de esperar cinco minutos para o laser digitalizar. O mapeamento de uma planta pode levar duas semanas. Com a ajuda do Fluffy, somos capazes de fazê-lo em metade do tempo.
Explicou Mark Goderis, gerente de engenharia digital da Ford.
Programar o trabalho dos robôs sem interferir na dinâmica da Ford
Os robôs podem ser programados para seguir caminhos específicos, incluindo mover-se em espaços apertados e perigosos. Assim, podem percorrer as instalações em zonas irregulares e até subir escadas ou lidar com inclinações de 30 graus.
Atualmente, podem ser operados a 50 metros de distância, mas, eventualmente, a ideia é que sejam operados remotamente, com a capacidade de serem programados para missões nas instalações em qualquer lugar nos EUA.
A Ford é quem projeta e produz as suas instalações. Contudo, após longos anos, necessitam de alterações. No entanto, como referem os responsáveis, raramente as alterações são documentadas.
Agora, utilizando estes robôs no exame às instalações, os responsáveis da empresa podem perceber o que está em falta de uma forma moderna. Este novo modelo de engenharia digital poderá ser bastante rentável, quando comparado com os custos do modelo "tradicional".
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