Qual a sua opinião sobre a inclusão de robots no local de trabalho?
A ideia de haver robots nas empresas, a realizar o trabalho dos funcionários, pode gerar medo nalgumas pessoas. No entanto, um estudo recente mostrou que 64% das pessoas confia mais num robot do que no seu gerente.
Aproveitando o tema, na nossa questão desta semana pretendemos saber qual a sua opinião sobre a inclusão de robots no local de trabalho.
De acordo com os resultados de um recente estudo são surpreendentes, concluindo que 64% das pessoas prefere confiar mais num robot do que no seu próprio gerente, e 50% preferia pedir conselhos à máquina.
A maior parte dos funcionários que prefere confiar em robots, encontra-se na Índia (89%), enquanto que a menor parte trabalha no Reino Unido (54%).
Por sua vez, os Homens estão mais propensos a recorrer à Inteligência Artificial (56%), do que as 44% mulheres.
Em suma, como é um tema pertinente, pois os robots vão ganhando cada vez mais expressão nas empresas, queremos saber a sua opinião sobre este assunto.
Responda à nossa questão desta semana:
Qual a sua opinião sobre a inclusão de robots no local de trabalho?
Obrigado pela vossa participação!
Leia também:
Nesta rubrica colocamos uma questão sobre temas pertinentes, atuais e úteis, para conhecer a opinião e tendências dos nossos leitores no mundo da tecnologia, sobretudo no nosso país.
Deixe-nos sugestões de temas na caixa de comentários ou envie para marisa.pinto@pplware.com.
Este artigo tem mais de um ano
Tem que haver uma legislação universal muito apertada em relação a robôs! Há meia dúzia de anos eu pensava que era impossível acontecer o que via nos filmes, em que os robôs dominavam os homens, hoje não penso da mesma maneira! Para que os robôs possam dominar os homens, é preciso ainda muita evolução, mas é possível isso acontecer!
Específica essa legislação universal
Que sugeres?
* especifica
Engraçado, eu fiz o trajecto ao contrário. Via era muitos filmes e agora compreendo que o necessário para tal acontecer está a milhas de distância do presente.
Não andas actualizado então.
Já há várias instâncias de AI, que podiam dominar mas que devido a regras extremamente importantes de controlo não o fazem.
“Não andas actualizado”… Lol ! Manda aí o update que é “bom”, então !
Oiço essas tretas há 20 anos. E mais aqueles que as afirmam. Muita imaginação, muitos filmes, muita internet mas pouca verdade … Olha, surpreende-me e define “instância”.
Há cerca de 40 anos, ainda não se falava em programação, robótica, automação, engenharia de redes e software. Os robôs vêm tirar trabalhos aos humanos, mas com isso criam novos desafios e empregos, desaparecem umas profissões, são criadas outras, é uma questão de aprender e adaptar.
Exactamente, nunca vai deixar de haver trabalho, há certos trabalhos que vão mudar.
Chateia me o pessoal com medo dos robôs que vão roubar trabalho às pessoas, isso para mim são pessoas que estão estagnadas no tempo, que não querem acompanhar a evolução, que saber fazer 2 ou 3 coisas e para elas chega.
Os robôs tiram trabalho é certo mas criam outros.
Cada fez vai ser preciso mais manutenção, operadores qualificados para trabalhar com máquinas semi automáticas, agora é as pessoas evoluirem.
Antigamente quando não havia escavadoras também abriram buracos a pá e picareta.
Essas pessoas ou evoluíram e passam a ser operadores de máquinas ou vão continuar a ser um reles operador sem qualificações.
É possível automatizar todos os processos de produção. Há tecnologia para isso. Nem operadores de máquinas serão necessários, se quisermos. As máquinas produzem-se a elas próprias.
oh senhor Pedro, se esse cenário vier a acontecer pode ter a certeza que nessa altura o que não faltará e cursos profissionais financiados pelo estado para ter essas formações, tal como já acontece actualmente, mas depois tem de haver vontade da sua parte para tal, se não não passa da cepa torta.
Oh senhor golo, o dinheiro dos governos é o NOSSO dinheiro. Sem trabalhadores a pagar impostos não há income para os governos. Explique-me lá novamente quem paga o pagode numa sociedade regida por dinheiro?
ha sempre processos que sao mais rapidos se fores efectuados por humanos e no final dessa cadeia toda vai haver sempre pessoas que fazem as maquinas que por sua vez fazem outras maquinas, concordo com Ufmi à 50 anos tambem havia policias sinaleiros agr à empresas a gerir os semaforos chama-se evolução tal como os taxistas estao proximos de acabar com a chegada dos carros autonomos
Pedro, concordo contigo que seja alcançável no futuro pois temos a tecnologia para isso. Mas para tal acontecer teremos que resolver questões que lidam com a forma que nos organizamos e vivemos: o sistema. Desde os aspectos relacionados com a produção até ao aspectos sociais.
Na minha opinião, o grande travão para a automatização é a existência de um mercado de trabalho. Esse é o motivo pelo qual as pessoas têm medo que lhes “roubem” o emprego. No entanto, o objectivo do uso da tecnologia é a libertação do Homem, seja de tarefas repetitivas, pesadas ou perigosas.
É nesta contradição que somos mantidos mas que, mais tarde ou mais cedo, teremos que escolher para a resolver, pois só uma fará sentido. Ou continuaremos a ter um “mercado de trabalho” ou começaremos a ser substituídos por robots.
Podem perguntar, “ah e tal e então como ganhamos dinheiro?”. Vários países já começam a ter um rendimento mensal, mesmo que não trabalhem. E mesmo que se critique este sistema que muitos dizem, só criam parasitas, eu convido a olhar para os resultados desses países. Serão esses os primeiros a resolverem a contradição e serão esses os primeiros países do que será o “terceiro milénio”.
Eu acho que o Homem acabará por ter grande parte da sua actividade no sector terciário, automatizando – dentro do possível – os outros dois sectores. A outra possibilidade será arrastar a presente situação, no actual sistema e de uma forma indefinida. E, durante quanto tempo será sustentável esta contradição, onde pomos a tecnologia de lado por razões de medos e afins ?
“Vários países já começam a ter um rendimento mensal, mesmo que não trabalhem.” — acho que só A Finlandia tentou isto na prática e em 2018 terminou o programa.
A ideia, no papel, é boa mas até o socialismo – no papel – é bom. NA prática depois as coisas deixam de ser o que parece porque existem demasiadas variaveis imprevisiveis. O próprio mercado abana, na questão dos preços, quando o salário minimo aumenta – aumentando, no geral, o custo de vida – imagina com um rendimento universal o que isso não causa à economia. O efeito seria análogo a um aumento da inflação – como tens da venezuela por exemplo, em que pagas milhares por um kilo de batatas porque o dinheiro “vale menos”. E este é um factor que a malta se esquece sempre de equacionar – o valor do trabalho, dos produtos e do proprio dinheiro (que resulta do valor do trabalho ou do produto).
O mundo da economia está cheio de “teorias” fantasticas mas com inumeras suposições que, no mundo real, não funcionam porque contam com a sociedade perfeita ou uniforme. A sociedade não é uniforme e muito menos perfeita e, lutar por essa uniformização da sociedade é lutar por uma utopia que um senhor queria muito e depois deu-se uma guerra.. É preciso ter cuidado com estes conceitos.
João, concordo com o que dizes mas tanto o socialismo como o capitalismo foram criados numa altura de escassez, de pouca automação e pouca tecnologia. Estamos num ponto de viragem em que temos precisamente o contrário. Tendo em conta o passado, esta é uma utopia realizada. A grande questão é se o mecanismo que nos trouxe cá é o mais conveniente para tirarmos partido tanto da tecnologia como da abundância, ao mesmo tempo que reparamos todo o mal feito ao planeta ao longo de anos de capitalismo que nunca teve em conta o custo ambiental da sua actividade. Estas são as contas que tu e muitos outros não querem fazer.
Para mim, a utopia passou a ser o próprio capitalismo e a ideia de que o sistema, aplicado globalmente, é incontestável. Nada disso, o capitalismo global levará ao total desequilibro do planeta pois não quer saber dos recursos do mesmo. É-nos exigido que pensemos num sistema alternativo que evite isto mesmo. E isso implica gerir os recursos a um nível global, o que é uma afronta a tudo o que o capitalismo defende.
Agora, o que não me choca é que o capitalismo continue a existir naquilo que é a actividade Humana. Daí fazer sentido, para mim, planear globalmente os sectores primário e secundário e deixar o sector terciário a aquilo que o Homem faz melhor, pensar, imaginar e criar processos e produtos avançados. Dentro do que é uma mais-valia que nos impele e nos motiva.
De facto, tudo isto parece uma grande utopia. Mas o não acontecimento disto, na minha opinião, sela o nosso destino como a espécie que tornará o planeta moribundo e votado à extinção. E de que serve um sistema sem recursos ou pessoas ? Eu teria era cuidado com isto …
cat, a cada dia que passa torna-se mais difícil tamanha cooperação entre os seres humanos. De dia para dia vemos cada vez mais marcadas as diferenças entre as culturas, formas de estar e pontos de vista. Acho que só com um cataclismo natural ou provocado é que mudamos. Os egos são muito inflamados. É o outro lado da moeda. Quanto mais tecnologia, mais individualismo. Não sabemos aproveitar o bom da tecnologia. Limitamos a sua utilização por motivos económicos! É aqui que sou 100% a favor de uma economia baseada em recursos. Mas o Venus, ou o falecido Fresco, acham que é possível mudar tudo em 10 anos… Só pela guerra. A bem jamais. Há demasiada fé em deuses e religiões dos homens. O que leva a ciência a tentar afirmar-se pela mesma via das religiões. Tornando-se ela própria numa religião com seguidores fanáticos. A ciência e o conhecimento nunca são estanques. Sempre dinâmicos.
A semente já foi lançada. É uma questão de tempo até surgirem formas de economias baseadas em recursos sem o fatalismo do Venus.
Oh senhor Pedro, deixe esse pensamento de velho do Restelo, e pense nas coisas com mais clareza, já foi dito que podemos ser substituídos por robos para fazer os nossos actuais trabalhos, mas surgirão outros trabalhos, e claro nesses outros trabalhos vamos continuar a receber os nossos ordenados e a descontar os nossos impostos como sempre fizemos, dai que as instituições de formação do estado continuarão a formar as pessoas para as novas tendências de mercado de trabalho. pense em grande e não em pequenino se não não vai a lado nenhum…
Oh senhor golo, então eu afirmo que sou a favor de uma economia baseada em recursos, do género da que o Venus Project propõe e o senhor golo toma-me por um anti-tecnologia? Sabe o que é o Venus Project?
Imagina que tens 50 anos. Nos últimos 30 desempenhaste sempre a mesma profissão. De repente, surge tecnologia que te substitui. Ainda te faltam 17 anos ou mais para a reforma se as regras entretanto não mudarem. Quem paga a formação necessária para te inserires noutra atividade? Quem paga esse tempo em que não és produtivo? O nosso País não está preparado para isso. É fácil falar quando somos novos e temos uma vida pela frente.
oh senhor Pedro, se esse cenário vier a acontecer pode ter a certeza que nessa altura o que não faltará e cursos profissionais financiados pelo estado para ter essas formações, tal como já acontece actualmente, mas depois tem de haver vontade da sua parte para tal, se não não passa da cepa torta.
Oh senhor golo, isso é spam meu caro.
Mas então o problema é dos robots ou é do sistema ? Foi a automatização que criou o mercado de trabalho e os conceitos de reforma ou de salário ?
O futuro está na automatização, robôs e IA. O que é preciso fazer para lá chegar só depende de nós da nossa capacidade e engenho para arranjar soluções. Se demora muito ou pouco, não sei. O que sei é que o presente sistema não tira partido das ferramentas que nós próprios criamos para nos libertar de profissões que continuamos a exercer. É esta a contradição evidente do sistema actual e a principal razão para que a evolução neste campo não tenha sido ainda mais abrangente.
Continuamos a racionalizar dentro da mesma caixinha com termos como salários e reformas e as outra tretas que deram muito jeito até agora mas, a partir de um certo ponto, se tornam contra-produtivas no que toca à evolução e adaptação tecnológicas.
Mas qual o problema de acabar com trabalho dos humanos? Os humanos precisam do trabalho para alguma coisa?! O trabalho é um mal necessário.
O trabalho “é uma medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento.”. Se é um humano ou um robô a fazê-lo, vai dar ao mesmo no que toca ao trabalho mas, obviamente, não a quem o faz.
A única escolha possível a favor da tecnologia apenas toca na produtividade. É demasiado redutor.
Não é o principal motivo para substituirmos máquinas por pessoas.
Pessoalmente, sou a favor de uma economia baseada em recursos, mas não tão extremista como a que o Venus Project propõe.
… e o Zeitgeist também explica bem o fenómeno. Concorde-se ou não. Eu concordo parcialmente. De qualquer forma, são as ideias que mais me convencem para um futuro sustentável. O seu contrário, ou seja, a nossa realidade e futuro proposto pelo sistema actual, são um monte de tretas que começam a deixar de fazer sentido face à nossa evolução tecnológica. Porque escolher ficar como estamos, será a nossa desgraça.
O Venus precisa de uma visão menos tecnocrata mas não ao ponto de permitir que os dogmas religiosos entrem na equação.
No limite vamos matar a economia tal como a conhecemos. Não vão haver trabalhadores, não vão haver consumidores e os robots ficam a produzir para quem??
NA primeira revolução industrial o pânico foi igual. Humanos têm vindo a ser substituídos por máquinas desde os tempos da antiguidade (primeiro fomos substituídos por animais, depois por moinhos, vapor, eletricidade e automação). Existem industrias que já usam robôs há muitos anos – industria automóvel é um exemplo disso.
Acho que quando se ouve falar em “inclusão de robôs” o povo pensa logo na Skynet ou no I.Robot . Sim, existe AI neste momento mas está longe dos filmes. O que temos são robôs que realizam tarefas repetitivas. Onde antigamente tínhamos 4-5 pessoas a realizar uma tarefa repetitiva e com supervisor por equipa, agora vamos ter 20-30 robôs com 1 supervisor. Não vejo isto como um problema.
Quando a eletricidade foi generalizada – o homenzinho que andava a acender velas na rua teve de mudar de emprego; o mesmo com o leiteiro , e com inúmeros trabalhadores texteis quando começaram a aparecer os teares mecânicos.. ainda assim há falta de costureiras.
Uma coisa que não se pensa é que todos focam nos cursos universitários e querem todos ser doutores e engenheiros MAS eu não vejo jovens ou até adultos no desemprego a se darem ao trabalho de aprender um oficio no qual eu não vejo robôs a realizar tão cedo – eletricistas, canalizadores, pintores, carpinteiros, cuidador, jardineiros, etc.. trabalhos de colarinho azul que fazem um bom dinheirinho quando são bons.
Não sei porque é que têm medo; nós somos bons a nos adaptarmos. O problema é que as gerações mais velhas sabiam adaptar-se, arregaçar as mangas e ir ao trabalho. As gerações mais novas (começando nos Millennials) só sabem exigir e quando as coisas correm para o torto começam a pedir o que “têm direito” ao estado em vez de arregaçar as mangas e trabalhar em seja o que for. A minha avó foi substituída por um tear mecânico e isso não a parou – abriu uma confecção (com 4 funcionárias) e fez lá o que os teares mecânicos não faziam – e com isso ganhou umas massas (e ela só tem a 4ª classe).
Na minha opinião, sim é aceitavel como complemento, e não substituição. Além disso, as empresas deviam pagar impostos/taxas por cada robot