NASA abandona o Moon Rover depois de ter gasto 500 milhões de dólares
Sim, o veículo que ia procurar água na Lua está pronto, mas, ao que parece, não serve para os padrões da NASA. A agência espacial norte-americana quer poupar o restante investimento, pois apesar de estar concluído, serão necessários muitos milhões de dólares para os testes finais.
NASA está em contenção de custos para a exploração da Lua
Conhecido como Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (VIPER), o explorador extraterrestre tinha como objetivo procurar gelo de água na superfície do frio polo sul da Lua. Contudo, estes objetivos ambiciosos deram origem a despesas exorbitantes. O rover do tamanho de um carro de golfe já custou à NASA mais de 450 milhões de dólares. Agora, com repetidos atrasos e custos crescentes, a agência decidiu cancelar totalmente a missão - o mais recente sinal de um ambiente orçamental rigoroso na agência espacial.
Decisões como as que temos estado a discutir hoje são extremamente difíceis de tomar. Não as tomamos de ânimo leve. Pensamos muito sobre a melhor forma de avançar.
Explicou Nicola Fox, administrador da direção de missões científicas da NASA, durante uma conferência de imprensa, citado pelo The New York Times.
Gerir investimento espacial
O VIPER já não será incluído num lançamento que estava inicialmente previsto para o próximo ano. A redução das perdas deverá permitir à agência poupar pelo menos 84 milhões de dólares, segundo Joel Kearns, administrador para a exploração na direção científica, de acordo com o NYT.
Segundo os funcionários da agência, os custos do VIPER tinham aumentado mais de 30% e, apesar de estar totalmente construído, seria ainda necessário efetuar testes exaustivos para avaliar a forma como o rover lidaria com o lançamento de um foguetão, bem como as condições do espaço. O resultado destes testes poderia implicar uma despesa ainda maior em construção e investigação.
A última estimativa, conforme podemos ler na SpaceNews, era de que a continuação da missão elevaria as despesas totais para uns impressionantes 609,6 milhões de dólares, e isso partindo do princípio de que o rover teria um desempenho impecável. As interrupções na cadeia de fornecimento durante a pandemia foram citadas como uma das razões pelas quais o projeto abrandou e o seu orçamento aumentou.
Houve também atrasos no Griffin, um módulo de aterragem lunar privado do fabricante Astrobotic que deveria levar o VIPER até à Lua. O Griffin ainda vai realizar uma aterragem na Lua com um simulador de massa no lugar do rover, como demonstração das suas capacidades, pelo que a NASA vai pagar à empresa 323 milhões de dólares.
Será sucata de meio milhão de dólares
O VIPER, entretanto, não verá qualquer tipo de ação. Isto é, a menos que uma empresa americana ou um parceiro internacional esteja disposto a utilizar o rover não testado sem custos adicionais para o governo. O mais provável, no entanto, é que seja simplesmente desmantelado. Os componentes e instrumentos científicos do VIPER, incluindo uma broca de gelo e vários espectrómetros, podem ser utilizados noutras missões.
É um fim ignominioso para o rover, mas com o orçamento apertado da NASA, os custos do VIPER ameaçavam afetar outras missões lunares.
Se fosse necessário escolher entre o VIPER e a libertação de dinheiro para garantir que Artemis II e Artemis III, as missões da NASA para enviar astronautas de volta à Lua pela primeira vez em 50 anos, decorressem sem problemas, apostamos que a decisão foi acertada.
Não é “ter gasto” mas sim “ter gastado”. Ter tem duplo particípio passado.
Sim e não. Segundo a informação que se segue, o emprego do ter gasto e ter gastado foge à regra:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/pagado-ganhado-e-gastado-participios-em-desuso/32645
A pergunta é: Se voltarão por lá até o final de 2026, qual a necessidade desse veículo para verificar a existência de água, se poderão verificar pessoalmente?
RsRsRs.
Não faço parte dos da teoria da conspiração, mas então como é que em 1969 conseguiram construir e levar
aquela “tralha” toda para lá?
Em 1969 a presidência norte-americana estava determinada em chegar à Lua a qualquer preço, antes da URSS.