Marte não está morto, registaram-se dois ‘terramotos consideráveis’
Marte ainda é um planeta imensamente desconhecido, apesar de já ser povoado há vários anos por máquinas humanas. O seu aspeto árido sugere um mundo acabado, outrora foi rico em recursos essenciais à vida. Contudo, a NASA anunciou que a InSight, que analisa a atividade geológica marciana, registou recentemente "dois terramotos fortes e claros".
Estes eventos mostram que existe uma área sismicamente ativa em Marte - um lugar que parece seco e desprovido de vida na sua superfície, mas pode estar ativo no subsolo.
Marte não está morto
A NASA deu a conhecer na quinta-feira que a sua sonda InSight, registou "dois terramotos fortes e claros" na mesma região onde a sonda observou anteriormente dois terramotos consideráveis em 2019.
Os tremores de magnitude 3,3 e 3,1 originaram-se numa região chamada Cerberus Fossae, apoiando ainda mais a ideia de que este local é sismicamente ativo.
Escreveu a NASA. Os novos terremotos aconteceram em 7 e 18 de março.
Segundo a agência especial, estes são considerados sismos relativamente leves na Terra, mas são definitivamente ruídos que as pessoas podem sentir, dependendo de quão perto estão e da profundidade do terramoto.
O sítio, Cerberus Fossae, é uma área em Marte com vales íngremes que cortam uma paisagem de planícies vulcânicas antigas. Há evidências de deslizamentos de terra aqui, com pedras talvez desalojadas pelos abalos recorrentes.
Solo marciano treme bastante
O módulo de aterragem da InSight registou mais de 500 abalos até agora (a sonda pousou em novembro de 2018), sugerindo que pode realmente haver alguns lugares vulcanicamente ativos no subsolo marciano, talvez rocha derretida quente (magma) movendo-se e fluindo como faz na Terra.
Os cientistas planetários referem que o magma do subsolo pode até ter criado o lago subterrâneo sob o Polo Sul de Marte em 2018.
É preciso uma fonte de calor. Então, o que poderia causar esta fonte de calor? A única coisa que realmente conseguimos imaginar é uma câmara de magma subterrânea que esteve ativa recentemente.
Disse Ali Bramson, cientista do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona.
Segundo os cientistas, esta é a altura para registar mais tremores de terra marcianos. Em Marte, a estação do inverno norte pode ser profundamente ventosa, o que agita o sismómetro InSight e pode impossibilitar a deteção de sismos. No entanto, estamos na altura de ventos calmos.
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Acho piada, só porque Marte é desértico, acham que tudo lá está morto…..
Ainda há muitas concepções que a os cientistas e investigadores vão ter de descobrir……..
Qualquer dia acham lá um inseto qualquer e dizem……oh!! Como é possível haver vida lá……
Eles têm de achar de tretas e abrir a mente……..
A ideia que não está morto é que incentiva o investimento. Ou melhor, imagina que se está a investir milhões e milhões de dólares numa plano para levar humanos ao solo de Marte e aí tentar uma “civilização”. Depois descobre-se que afinal não tem água como se pensava ou outros recursos como certamente estarão por trás desta vontade de lá chegar. Claramente que seria deitar dinheiro fora e é nessa perspetiva que existem outros cientistas que preferiam investir em Vénus (cidades nas nuvens). Claro, as condições ao nível do solo em Vénus não são como em Marte, mas nenhum destes planetas tem as condições “ideias mínimas” para albergar vida humana. Haverá outros interesses.
“Haverá outros interesses”.
Claro. A vida em Marte será sempre um pesadelo horrível, pelo menos nos próximos 200 anos. E Vénus não será melhor.
Mesmo que tivessemos uma guerra nuclear na Terra… mesmo assim seria mais fácil criar um habitat de sobrevivência mínimo por aqui do que fazê-lo em Marte ou em Vénus. Na verdade, já existem habitats de sobrevivência (e não, não estou a falar dos bunkers dos maluquinhos da sobrevivência… e já agora, até aí, em alguns, seria melhor do que viver em Marte), que garantirão a sobrevivência de vários milhares no subsolo.
O projecto de Marte é um projecto de poder. Poder económico, poder militar, poder tecnológico, poder político, poder pessoal, etc.
Eu seria extremamente infeliz se tivesse de estar em Marte mais de uma semana. Uma vida verdadeiramente difícil e horrível.
Exato, mas não será só de poder militar (mas é sem dúvida a “rainha” no tabuleiro), isto tem de trazer algo mais, exploração de minerais, ou algo mais.
A questão de sobrevivência… terraformar o planeta é algo que não estará no radar para os próximos séculos.
“Eles têm de achar de tretas e abrir a mente……..”??
Todas as sondas que são enviadas procuram por vestígios que possam indicar vida e muitas levam instrumentos especificamente para isso… Menta aberta é coisa que não lhes falta!
Sem dúvida.
Nenhum desses planetas servem para habitar.