Cristais do tempo são reais e foram captados em vídeo
Recentemente, cientistas captaram pela primeira vez imagens de um “cristal do tempo”, que mostra toda uma nova fase da matéria física. Se antes era difícil prová-lo, agora não há dúvidas.
Antes que pensem nisso, não é possível segurar um cristal do tempo nas mãos. Pela sua natureza complexa, ficou preso no papel durante muitos anos. Até agora…
Afinal, o padrão dos cristais pode estender-se à quarta dimensão
O conceito de cristal do tempo é muito complexo. Considere um cristal convencional: uma coleção de átomos dispostos num padrão periódico no espaço 3D. Antes dos líquidos se tornarem cristais, têm de ocupar um volume de espaço homogéneo – por exemplo, a quantidade de água dentro de uma chávena será a mesma se a tirarmos da chávena e a pusermos noutro local qualquer.
Ora, quando a distribuição simétrica cristaliza, os átomos formam estruturas rígidas que se repetem, como um padrão. Contudo, esta simetria acontece apenas em algumas direções, não em todas.
Em 2012, Frank Wilczek, que é Prémio Nobel, previu que este padrão poderia estender-se até à quarta dimensão: o tempo.
Desafiar a física e obter resultados impressionantes
Wilczek pensou que um sistema no seu estado energético mais baixo congelaria o cristal no espaço, como aconteceria com qualquer outro cristal e, assim, tornar-se-ia observável.
Além disso, argumentou que se estes átomos do sistema de baixa energia se desviassem da sua posição inicial, a simetria de translação temporal seria quebrada. Esta que é a noção de que um único instante do tempo é o mesmo que qualquer outro.
Ou seja, quando atiramos uma moeda ao ar, temos uma probabilidade de 50/50 de termos cara ou coroa. E esta probabilidade mantém-se independentemente do tempo que demoremos a fazê-lo.
Então, o cristal tetradimensional de Wilzcek tem simetria temporal, ou seja, existe, ou acontece, em intervalos normais ao longo do tempo.
A física permite que a matéria forme cristais, ou objetos sólidos, cuja estrutura rompe padrões espaciais repetitivos. Portanto, as leis do universo físico devem também deixar os cristais do tempo formarem-se espontaneamente, quebrando a própria simetria do tempo.
Tratando-se de uma matéria tão complexa, Wilczek encontrou dificuldades em formular teorias sobre os cristais do tempo. Em 2016, um grupo de físicos da Microsoft UC Santa Barbara, Estação Q, descobriu como colmatar essas dificuldades.
Cristais do tempo captados em vídeo
Um grupo de físicos liderado por Chetan Nayak provou que os cristais do tempo podem quebrar espontaneamente a simetria da translação do tempo e mostrar a frequência através do tempo.
Em 2021, o mundo acede a uma filmagem que oferece a primeira amostra do comportamento dos cristais do tempo, inicialmente criados dentro de um laboratório, em 2016. Afinal, como pode ler-se no estudo, este desenvolvimento antecipa "novas oportunidades extraordinárias na investigação fundamental".
Nick Träger, estudante de doutoramento do Instituto Max Planck para Sistemas Inteligentes, na Alemanha, conduziu o recente estudo em conjunto com o físico Pawel Gruszecki, da Universidade Adam Mickiewicz, Polónia.
Em conjunto, criaram um cristal de tempo maciço à temperatura ambiente. Isto é, um cristal do tempo usando magnons numa tira magnética equipada com uma antena microscópica. Esta antena causou um campo magnético oscilante através de uma corrente de radiofrequência.
No vídeo, é possível ver a estrutura do guia de ondas magnéticas absorver feixes de raios-X nas linhas que se desvanecem e reaparecem. As regiões mais escuras significam absorção de raios-X, em contraste com as regiões mais claras.
Então, o vídeo descreve a oscilação periódica da matéria, tanto no tempo como no espaço. Ou seja, funciona como prova visual da frequência temporal dos cristais: um movimento oscilante, em forma de pêndulo, de uma configuração para outra.
Os cientistas suspeitam que esta descoberta poderá, um dia, ser utilizada para conservar o tempo, ou mesmo armazenar memória em computadores quânticos do futuro.
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Este artigo tem mais de um ano
As palavras parecem fazer sentido, mas n percebo nada xD. De qq das formas, parece ser brutal 😀
Ainda bem que não sou o único a pensar o mesmo 🙂
Time Travel closer everyday
eq n percebi nada
E eu nada percebi.
Eu ainda estou a tentar perceber…
Eu pensava que sabia alguma coisa, mas afinal nem português compreendo…
Faz horas que venho aqui seguidas para ver os comentários, e afinal não sou o único que nada percebeu..
Ou seja, quando atiramos uma moeda ao ar, temos uma probabilidade de 50/50 de termos cara ou coroa. <- Isto não é verdade. Isso é apenas em termos matematicos, ou seja, uma representação de uma realidade matematica, que nao se verifica na realidade.
Queres elaborar?
Se atirar uma moeda ao ar 100 vezes, não irá ter 50 vezes cara e 50 coroa. Existem demasiadas variáveis no mundo real para conseguir ter uma probabilidade exata. Além do mais, as probabilidades são difíceis de calcular. Se quiser calcular a probabilidade de exatamente aquela moeda sair cara ou coroa com determinada pessoa tinha de repetir a tiragem milhões de vezes e as variáveis continuariam a mudar, o movimento seria diferente, a moeda seria ligeiramente mais leve ou pesada, a aerodinâmica também, a pessoa ficaria cansada e o movimento novamente se alteraria… Em suma, a prática normalmente é muito mais complexa e imprevisível que a teoria.
Não diz isso, o que diz é o seguinte “quando atiramos uma moeda ao ar, temos uma probabilidade de 50/50 de termos cara ou coroa”. Lê bem e não interpretes fora do que está escrito.
Fala em atirar a moeda ao ar, não fala quando ela cai.
mas só se saberá se é cara ou coroa quendo cai.
mas só se saberá se é cara ou coroa quando cai.
Quando atiras ao ar como é que consegues cara ou coroa? A observação e resultado só ocorre quando ela cai. Mesmo que usasses um método rebuscado, tipo tirar uma fotografia com ela no ar, o erro de aproximação era o mesmo e continuava a ser negligenciável para o caso em questão.
E um dos lados da moeda é mais pesado que o outro por causa dos desenhos diferentes
Já vi que o problema por aqui é não perceberem o que são probabilidades. Uma probabilidade de 50% não garante que ao atirar uma moeda ao ar 100 vezes, calhe 50 vezes cara e outras 50 coroa. Garante sim que de cada vez que seja lançada, há 50% de hipóteses de calhar cara, e outras 50 de calhar coroa. Até se pode lançar 100 vezes e calhar 100 vezes cara, não altera o facto de cada vez que é lançada haver uma probabilidade de calhar cara de 50%, porque a moeda só tem 2 faces. Matemáticamente, porque na prática existe sempre a hipótese da moeda cair de lado, mas este facto considera-se desprezível para os cálculos.
A parte da moeda ser leve ou pesada, e a aerodinâmica fez-me rir: nada disso altera o facto da moeda só poder cair ao chão com uma das 2 faces para cima, ou seja 1/2 ou 50%.
Estava a ir tão bem, tinhas de estragar tudo com a risota. A probabilidade é de 50% porque só pode cair de 2 maneiras?! Uma moeda viciada não tem probabilidade de 50% para cara e coroa!
Uma moeda viciada, logicamente que não respeita o que disse, por isso é que nos problemas de matemática com moedas ou com dados se dá ao trabalho de referir nos enunciados que os mesmos são equilibrados e não manipulados. Mas uma moeda viciada não deve de ser exemplo para nada, se queremos ter uma discussão séria.
Uma moeda viciada também “so pode cair ao chão com uma das 2 faces para cima”, portanto, segundo a tua lógica, “1/2 ou 50%”. Isso está errado, não é uma questão de exemplo, mas do motivo da probabilidade ser de 50%.
Não, não está, no cálculo de probabilidades parte-se do princípio e caso nada seja dito em contrário que todos os resultados possíveis têm o mesmo peso nas observações finais. Numa moeda não viciada só há 2 resultados possíveis, logo 50% de probabilidades para cada um deles. Por exemplo, num dado de 6 faces não viciado, qualquer uma das faces tem 1/6 (aproximadamente 16,7%) de probabilidade de ficar virada para cima.
Se por exemplo viciarmos uma moeda de modo a que uma das faces, digamos a cara, tenha mais peso e por consequência fique virada para baixo o dobro das vezes que a coroa, a coroa terá a cada lançamento, 2X de probabilidades de ficar virada para cima, e a cara apenas 1X, o que se traduz em 66% de probabilidade de ser coroa e 33% de ser cara, isto com apenas dois resultados possíveis, tal como a moeda normal.
Daí a importância de nos referirmos a uma moeda não viciada.
No meio de tanta coisa foste pegar na única que percebeste para criticar. É uma aproximação perfeitamente plausível, como tantas outras, senhor perfeito.
Muito interessante. Dado que está comprovado existir muito cristal (3D) no corpo humano, isto leva-me a crer na possibilidade de existir também muito cristal do tempo no nosso corpo etéreo. É nesse corpo que estão impressas muitas ou quiçá todas as memórias boas e más do passado longínquo, assim como é esse corpo que forma a ponte entre o universo e o nosso corpo físico ou 3D.
As possibilidades da confirmação no artigo são imensas, bom rumo seja dado à investigação.