Apple Watch salva a vida de um utilizador após o seu coração ter parado 138 vezes em 48 horas
Não há como fugir à realidade dos factos. Os dispositivos que "vestimos" começam a ter uma preponderância grande na vigilância das nossas atividades e na nossa saúde. O Apple Watch é dos mais creditados quando o assunto é salvar vidas. Agora, este smartwatch está de novo referido após o coração de um utilizador ter parado 138 vezes em 48 horas.
David Last diz que se a esposa não lhe tivesse dado o relógio, ele "não estaria aqui". Mas vamos perceber como tudo aconteceu.
Não é por acaso que a Apple tem mais de 100 milhões de Apple Watch ativos e a monitorizar os sinais vitais dos seus utilizadores. São esses sinais que ajudam o software e o hardware dos relógios a detetar anomalias, desvios da normalidade levando os dispositivos a notificar quer o próprio utilizador, quer mesmo as autoridades e equipas de emergência.
O caso de hoje é surpreendente. David Last, um inglês de 54 anos, pai de quatro filhos, atribuiu ao seu Apple Watch o crédito por ainda estar vivo. Segundo informações reveladas ao Independent, o relógio foi determinante para o ajudar numa situação onde o seu coração parou de bater 138 vezes em 48 horas.
Apple Watch: Um presente da esposa que lhe salvou a vida
Conforme é relatado, David, morador em Norfolk, uma região no leste da Inglaterra, recebeu o smartwatch da Apple como presente da sua esposa, Sarah, no seu aniversário em abril.
Quando começou a usar o dispositivo, o Apple Watch começou a dar-lhe avisos de frequência cardíaca anormalmente baixa. Medições tão baixas quanto 30 batimentos por minuto foram registadas quase 3.000 vezes diferentes. A primeira reação do homem foi dizer que o relógio estava com problemas, medições erradas. Mas a sua esposa não ficou satisfeita com a justificação e insistiu para que David fosse a uma consulta com o seu médico.
Eletrocardiograma (ECG) com registo de Holter
Depois de fazer uma ressonância magnética em maio e obter os resultados em julho, Last fez um eletrocardiograma (ECG) com registo de Holter para chegar ao fundo da frequência cardíaca anormal. O hospital, assim que obteve os resultados, tentou entrar em contacto com o paciente. Como David não atendeu de imediato, o hospital teve de insistir, pois tratava-se efetivamente de um caso grave.
Segundo os resultados hospitalares, David tinha um bloqueio cardíaco de terceiro grau assintomático e com risco de vida. Durante o Holter de 48 horas, o seu “coração parou 138 vezes em intervalos de 10 segundos”.
Os médicos conseguiram colocar um pacemaker no seu coração em agosto. Felizmente, o Apple Watch conseguiu alertar as pessoas e mostrar que algo não estava certo. Foram as leituras constantes do relógio que conseguiram perceber a baixa frequência cardíaca. Até então, o homem nunca tinha apresentado qualquer sintoma.
Se ela não me tivesse comprado o Apple Watch no meu aniversário, eu não estaria aqui. Serei eternamente grato a ela por isso. Além de carregá-lo, ele está sempre comigo agora.
Não tive nenhum sintoma. Nós até fomos para a Itália durante 10 dias na nossa lua de mel – eu não fazia ideia de que algo estava errado. Até os médicos ficaram surpresos.
Disse David Last que partilhou a sua experiência.
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Este artigo tem mais de um ano
Apesar de reconhecer a importância de dispositivos como este na prevenção de certos problemas de saúde, acho sempre enganadora a maneira como estes títulos são feitos. Ainda ontem, vi esta notícia noutro site com um título a dizer que o Apple Watch salvou um homem dum ataque cardíaco. Agora este título sugere que o coração do homem parou 138 vezes em 48 horas e que o Apple Watch detetou. Não, não detetou. Isso foi detetado por um Holter de 48 horas. Tal como o Apple Watch não consegue detetar ataques cardíacos. Detetou sim que a pessoa tinha algum problema cardíaco e depois a pessoa foi ao hospital e conseguiram diagnosticar um problema grave, utilizando exames e dispositivos médicos. Isto foi um processo que durou algumas semanas/meses. Claro que o Apple Watch merece crédito porque foi o que levou o homem ao hospital, mas é preciso ser rigoroso que se diz. Começo a ouvir gente falar do Apple Watch como se estivessem invulneráveis porque se tiverem um ataque cardíaco a usar o Watch, serão notificados. Isso é mentira.
Apenas não queres ler. Diz claramente na notícia que o Apple Watch foi responsável por detetar os valores baixos de batimentos cardíacos em repouso que levou o homem (e a esposa) a desconfiar de algo e a ir procurar informação médica. Um quadro de saúde que o utilizador desconhecia. E foi graças aos alertas do Apple Watch que a pessoa ficou a saber que tinha um problema muito grave. De tal forma que mal os resultados do Holter saíram, foi de imediato intervencionado.
Portanto, sê honesto vá, lê tudo e vais ver que a verdade é que foi este dispositivo que possivelmente salvou a vida ao homem. Ele próprio afirma que foi o relógio que lhe salvou a vida (ele lá saberá mais do assunto com as informações médicas que obteve).
Tudo está escrito com rigor, aqui a falta de rigor é na tua apreciação que é feita com factos imaginados por ti, dado que os factos que efetivamente aconteceram, estão no artigo.
“Apple Watch salva a vida de um utilizador após o seu coração ter parado 138 vezes em 48 horas” – o coração parou 138 vezes durante o Holter que foi feito no hospital, já muito depois do alerta do Apple Watch. Onde é que está o rigor nisso? Da maneira que o título está feito, sugere que o coração do gajo parou 138 vezes e o Apple Watch detetou. O Apple Watch não consegue detetar que o coração duma pessoa parou, a própria Apple diz isso
Não diz que foi o Apple Watch que detetou o coração a parar, detetou o ritmo lento que foi o que levou o utilizador a descobrir que sofria de uma doença grave.
Diz-me onde diz no artigo que o Apple Watch detetou a paragem do coração.
Não inventes 😉
Não, Vitor, o coração não parou. O coração teve um bloqueio, ou seja, “saltou” o seu batimento cardíaco que seria normal. O Apple Watch é uma excelente ferramenta e, apesar de estar certificada pela FDC como dispositivo cardíaco médico, não deve ser 100% tido como certo porque lhe faltam pólos que normalmente estão presentes nos outros dispositivos.
Esta é uma doença muito comum e que, apesar de todo o conhecimento, ainda continua muito na sombra. Eu tenho esta doença e já fui operado no ano passado.
+ info: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-card%C3%ADacas/bloqueio-atrioventricular?query=Bloqueio%20atrioventricular
Vou-te dar um exemplo do Dr. João Carlos Silva, cardiologista do Hospital CUF Porto.
Vejamos um exemplo real de um bloqueio cardíaco: António (nome fictício), de 83 anos, previamente saudável, ativo, começou a sentir tonturas durante semanas, chegando mesmo a perder a consciência numa ocasião. Na observação médica verificou-se que a frequência cardíaca era de 30 batimentos por minuto. Um eletrocardiograma permitiu fazer o diagnóstico de bloqueio aurículo-ventricular do 3º grau. Como a sua frequência cardíaca não era estável e ocorriam pausas significativas, foi colocado um “pacemaker” provisório. Foi efetuado um conjunto de exames (análises e ecocardiograma entre outros), que permitiram excluir as causas reversíveis de bloqueio aurículo-ventricular e, no dia seguinte foi implantado um “pacemaker” definitivo. Após a alta, o doente ficou assintomático e passou a ter de efetuar consultas regularmente para assegurar o bom funcionamento do dispositivo e monitorizar a carga da bateria do mesmo.
Portanto, neste caso, não é como dizes, não salta, como o médico referiu o que existe são sim “pausas significativas”. Como tal, como é referido, pausado ou parado, é uma interpretação livre.
O Apple Watch não é um dispositivo médico, segundo agora uma análise do Hospital da Luz:
Atualmente, o Apple Watch está certificado como dispositivo médico pela Food and Drug Administration (FDA), entidade reguladora dos medicamentos e dispositivos médicos nos EUA.
Como é que Apple Watch avalia o ritmo cardíaco?
O Apple Watch utiliza dois tipos de tecnologia para avaliar o ritmo cardíaco, a fotopletismografia e a captura da atividade elétrica, à semelhança do que é feito num electrocardiograma.
Fotopletismografia
A fotopletismografia é uma tecnologia que permite identificar alterações na absorção de luz pelos tecidos e que indiretamente deteta variações no volume sanguíneo dos capilares sanguíneos.
No caso do Apple Watch, os sensores de luz presentes na face posterior do relógio e em contacto com o pulso, usam a fotopletismografia para medir a frequência cardíaca e a sua variabilidade.
Vários estudos têm demonstrado que a medição da frequência cardíaca com o Apple Watch em repouso e durante o exercício é fiável e reprodutível na maioria das pessoas.
No entanto, a relação entre a frequência cardíaca real e a medição pelo Apple Watch nem sempre é perfeita, pelo que, na dúvida, pode ser necessário confirmar a frequência cardíaca recorrendo a outro método, em particular durante o exercício físico.
Mas então é ou não é um dispositivo médico? Não, não está aprovado como tal.
O Apple Watch está na Classe II. Para Classe II e Classe I, a FDA não dá “aprovação”, apenas dá autorização. Portanto, o Apple Watch tem autorização para ser usado como dispositivo médico, mas não é aprovado como tal.
Portanto, é um equipamento com tecnologia avançada, certificado que pode ser determinante, como no caso do artigo, para deteção de casos que, de outra forma, poderiam ser fatais. Neste caso, foi o utilizador que disse que foi o Apple Watch que lhe salvou a vida.
Uma “pausa significativa” ≠ “paragem”. Não, Vítor, uma pausa ≠ paragem. Quando há uma pausa significa que o coração faz uma “pausa” não tem uma paragem. Quando o nosso coração tem uma paragem ele “pára”.
“A pausa sinusal é a interrupção temporária da atividade do nó sinusal, observada no ECG como desaparecimento das ondas P de segundos a minutos.” MSD Manuals.
Não, desculpa, mas neste caso não tens razão. Nenhuma razão e, na larga maioria dos casos, costumas ter.
Uma paragem resulta no vulgar enfarte do miocardio ou noutras complicações mais severas porque deixa de existir irrigação dos órgãos vitais.
NÃO. Absoluto NÃO. O coração de uma pessoa não tem 138 paragens em 48horas. Pode ter 138 pausas ou interrupções do ritmo sinusal basal. Uma coisa são pausas. Outra, completamente diferente, são paragens. Acredita que sei do que falo e não estou a falar decor. Sou doente cardíaco há 15 anos com BAVs que começaram no primeiro grau e que agora chegaram a 3º grau.
Repara. Antes disseste que foi um “salto” agora dizes que uma pausa não é uma paragem. Não fazes sentido, desculpa.
E gostava de saber que factos é que foram imaginados por mim. O que eu disse, está no corpo da notícia também, são tudo factos. O meu problema é com o título, não com a notícia em si.
O título corresponde ao que a pessoa em causa disse. Não são os que tu queres que diga. São factos.
O título não diz que um homem disse que foi salvo pelo Apple Watch. Isso seria um facto. Diz que o homem foi efetivamente salvo pelo Apple Watch. Isso não é um facto. No máximo, é a opinião dele. Mas não é isso que está no título.
Diz o que o homem disse. E está correto porque no texto explica o que se passou. Por isso é que se chama título ao título e não artigo 😉
Para perceberes, tens de ler mais do que os títulos. Já por isso houve um desenvolvimento com mais palavras no corpo da notícia. 🙂
+1
100 correcto
Portanto, na sua essência isto faz o mesmo que o meu Huawei Watch de primeira geração e nem tem ECG..
Um dia que me aconteça algo semelhante também quero uma noticia que o meu smartwatch chines de 4 anos e de 200€ na altura me salvou a vida, oh wait..
Se fizesse igual tinha certificação nos mesmos países que o Apple Watch 😉 e não é o caso. 😉
Por isso existem diferenças quer no número de utilizadores, quer na qualidade de resultados.
Isso é só fanboyismo…….outros smartatch e smart band faz o mesmo enfim
O que dizes é falta de conhecimento e como tal, sem argumentos “aaa é fanboyismo” 😉 se soubesses do assunto contrapunhas.
A certificação é ao nivel fo ECG e mais smartwatches também a tem. Mas o usado aqui foi o ritmo cardiaco baixo. Ate uma mi band 7 faria
A única coisa que o equipamento fez foi detetar batimentos cardíacos baixos e avisar, nada de brilhante para o género de produto, tanto que se fosse uma mi band de 20€ a fazer não era noticia.
Resumindo, Apple watch alertou batimentos irregulares, holter confirmou e o médico ao colocar um pacemaker salvou o homem, crédito para todos
Provavelmente devem ter sido os médicos a salva-lo! Não?
Alguns dirão que foi Deus.
Era só não ter tomado a vacina. kkkk
Bradicardias não são, por si só, alterações fisiopatológicas. Não foi o smartwatch que salvou o homem. Artigo sensasionalista na nomenclatura e apologia / marketing Apple. Um simples relógio da decathlon com contagem de batimentos cardíacos por minuto faz o mesmo.
Ó se não sabes do que se trata, não digas disparates. Se qualquer um tivesse estas capacidades de análise constante dos vários sinais vitais do utilizador, tinham certificação dos organismos responsáveis por certificar os dispositivos médicos. E vai ver se algum dos que são vendidos na decathlon tem. Faz o seguinte, quando não sabes o que estás a dizer, pergunta, assim ao explicarmos, podemos completar a informação. 😉
Abraço.