Apple frustrou tentativa chinesa de contornar a tecnologia App Tracking Transparency
Apesar de se sentir uma acalmaria no que toca à controversa tecnologia da Apple App Tracking Transparency, que veio travar o seguimento das empresas às ações dos utilizadores nas aplicações, não será sinónimo de aceitação e conformação. Bem pelo contrário. Esta "bonança" poderá querer dizer algo. Segundo informações, a Apple frustrou a tentativa de um grupo de empresas chinesas para conseguir contornar a nova política de privacidade da empresa de Cupertino.
Neste esquema estavam envolvidas grandes empresas, gigantes do mundo da internet e publicidade.
Chineses queriam contornar o App Tracking Transparency da Apple
Com a chegada do iOS 14.5 a Apple colocou nas mãos dos utilizadores a possibilidade de decidirem se deixam ou não as empresas, que desenvolvem as apps, seguirem as suas ações dentro do iOS e iPadOS. Em grosso modo, a resposta foi um tremendo não. Ou melhor, segundo os dados mais recentes, apenas 4% dos utilizadores disseram sim ao pedido de seguimento.
Como o ecossistema da Apple tem uma App Store que gera milhões, conforme vimos que nos primeiros 6 meses deste ano já faturou 41,5 mil milhões de dólares, os dados dos utilizadores são valiosos para a publicidade. Como tal, há empresas que estão a tentar "contornar" o sistema imposto pela Apple.
Segundo o Financial Times, o grupo de empresas de tecnologia, que inclui a Baidu, a Tencent e a empresa-mãe da TikTok, a ByteDance, supostamente trabalharam com algumas empresas de Pequim para encontrar uma nova maneira de contornar as novas medidas de privacidade da Apple.
No entanto, a Apple bloqueou as atualizações de várias aplicações que incluíam a solução alternativa, chamada de Chinese Advertising ID (CAID). Ao fazer isso, aplicou as suas regras de uma forma que pode ter surpreendido as empresas em questão.
O recurso App Tracking Transparency da Apple, introduzido no iOS 14.5, requer que os programadores obtenham permissão dos utilizadores antes de os seguir em sites e outras aplicações. O CAID foi considerado uma solução alternativa para esta "repressão".
Em março, a Apple disse que aplicaria vigorosamente as suas novas regras. Contudo, alguns esperavam que a Apple fechasse os olhos a alguns abusos em lugares como a China. O FT observou em março que:
Três pessoas com conhecimento de briefings entre a Apple e desenvolvedores... disseram que a empresa sediada em Cupertino, Califórnia, seria cautelosa em tomar medidas enérgicas, apesar de uma violação clara das suas regras declaradas, se o CAID tiver o apoio dos gigantes da tecnologia da China, bem como das suas agências governamentais. Rich Bishop, executivo-chefe da AppInChina, uma editora líder de software internacional na China, sugeriu que a Apple poderia 'abrir uma exceção para a China' porque as empresas de tecnologia e o governo estão 'muito estreitamente alinhados'.
Apple parece não querer dobrar-se perante a China
As informações parecem mostrar que afinal a Apple não dará nenhuma exceção. A empresa rejeitou o CAID, sob o risco de perturbar Pequim. Isso apesar do facto de que a Apple já teve de se prostrar diante da China em várias ocasiões anteriores, obedecendo às leis locais.
O Financial Times observa que “a Apple deixou clara a sua posição logo em seguida, bloqueando atualizações de várias aplicações chinesas que havia captado a usar o CAID nas suas atualizações de software da App Store. Várias pessoas na China e em Hong Kong disseram que, após a retaliação da Apple, o CAID perdeu o apoio e todo o projeto não conseguiu ganhar força”.
O ecossistema de aplicações chinesas estava coletivamente a atrair o touro com o CAID, sob a teoria de que a Apple não poderia banir todas as principais aplicações do mercado. A Apple desfez o bluff e parece ter reafirmado o controlo sobre a situação ao bater agressivamente com os nós dos dedos nos primeiros utilizadores, antes que o consórcio ganhasse um impulso real.
Disse Alex Bauer, chefe de marketing de produto do grupo adtech Branch, ao FT.
Este artigo tem mais de um ano
Como assim não podem seguir os utilizadores para fins de marketing sem terem de obter explícita autorização dos utilizadores com a possibilidade de recusarem sem serem penalizados? O governo Chinês tem de intervir imediatamente a favor dos grande interesses comerciais claro.
Até tenho algum interesse em ver como a china vai “sofrer” com isto dos CAIds E sobre as novas políticas da importação para a EU. infelizmente para nós mas muito pior para eles. Digo eu ….
Eu que o diga.
Fui para comprar um router no aliexpress e no final onde antes pagava apenas o preço anunciado, puseram mais 11 euros.
Espera aí que já compro.
Vou comprar noutro sitio.
Ou eles arranjam uma maneira de dar a volta à situação ou irão ter quebras enormes nas vendas.
Também ninguém compra routers no AliExpress…
Pois não, deve ser por isso que o modelo que eu quero está quase sempre esgotado…
Devem ser as moscas a comprar…
Provavelmente ao preço que você o quer comprar vai continuar esgotado…
Vao começar a vender mais “barato” e aumentar o preço dos portes de envio para contornar o valor de iva a pagar
O IVA paga-se sobre tudo, incluindo o serviço de transporte! O máximo que a alteração de preço poderia trazer seria sobre o custo dalguma taxa especial na alfândega.
Os portes contam para o Iva a pagar
Abc
So rir
A malta ainda acredita no Pai Natal depois de se saber que a Apple envia os dados dos seus utilizadores para o Governo Chinês?
Onde é que viste essa informação ?
Abc
O homem confunde envio com guardar dados de utilizadores chineses dos serviços iCloud em servidores na China!
+1 lolll,… cumunas acreditam em qualquer coisa que venha da sua patria!
Google, Amazon e FaceBook… quanto mais a pequena apple
Não percebi…
Aplausos para a Apple, finalmente uma empresa a defender os interesses dos utilizadores!