Volkswagen desenvolve bateria que poderá manter-se intacta após 500 mil km
A Volkswagen encontra-se numa situação difícil na sua transição para os veículos elétricos (VE). O grupo automóvel meteu-se numa verdadeira confusão de plataformas, software e carros que não desafiaram o domínio da Tesla na Europa e nos Estados Unidos. Mas a fabricante tem agora boas notícias acerca das suas baterias, finalmente.
A situação da marca está terrível. A procura que estão a receber é menor do que o esperado e até criaram um plano que envolve poupar 10 mil milhões de euros nos próximos anos. Mas no meio de todo este caos, a Volkswagen recebeu uma boa notícia.
As baterias de estado sólido prometem tudo o que os críticos alegam contra este tipo de tecnologia: serão mais seguras, mais rápidas a carregar e terão uma autonomia enorme, superior a 1000 km.
De momento, o mais próximo que temos é a bateria de estado semi-sólido da NIO. Com ela, a empresa conseguiu percorrer mais de 1000 km com uma única carga, mas o preço da bateria é tão elevado que custa tanto como um Mercedes Classe C.
PowerCo: empresa que desenvolve baterias para a Volkswagen
As promessas, no entanto, são tão ambiciosas que a maioria dos fabricantes está a trabalhar no seu desenvolvimento ou, pelo menos, tem investimentos em empresas que se dedicam a isso. É o caso da Volkswagen com a PowerCo, a sua empresa de desenvolvimento e produção de baterias.
A PowerCo verificou os progressos da empresa americana QuantumScape, que afirma ter obtido excelentes resultados com a sua célula de bateria de estado sólido. De acordo com a empresa, a bateria passou num teste que a submeteu a 1000 ciclos de carga. Após este período, a bateria não sofreu danos e perdeu apenas 5% da sua capacidade.
Segundo a PowerCo, 1000 ciclos representam cerca de 500 mil km percorridos num veículo homologado para 500 a 600 km no ciclo WLTP. Perder apenas 5% da capacidade após este período é uma boa notícia, uma vez que, atualmente, a maioria das marcas oferece garantias entre sete e dez anos ou entre 150 mil e 200 mil km, consoante o que ocorrer primeiro.
Durante esse período, as empresas substituem a bateria se a sua capacidade descer abaixo dos 70 a 80 %. Cada marca tem as suas próprias garantias.
No entanto, convém recordar que a maioria dos fabricantes envolvidos no desenvolvimento destas baterias de estado sólido tem como objetivo a sua comercialização até ao final desta década e que o preço destes acumuladores de energia ainda não foi determinado.
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Este paralelismo feito entre os ciclos de carga e a correspondente distância percorrida com os mesmos simplesmente não é realista. Um utilizador “normal” não carrega um carro elétrico apenas quando este está “na reserva”.
Em termos de durabilidade da bateria é indiferente fazer-se ciclos de carga/completos ou parciais. Por exemplo 2000 ciclos de carga/descarga a 50% são equivalentes, para efeitos de durabilidade da bateria, a 1000 ciclos a 100%
Está errado… Manter a bateria entre os 45 e 75 % aumenta para o dobro os ciclos de fábrica… Cargas lentas… Falo por experiência própria que já importo baterias de lítio á mais de 12 anos
Desculpe Xixas, você é que está errado. Manter a bateria entre os 45 e 75 % diminui a degradação da bateria que ocorre pela SIMPLES passagem do tempo. Isto é, se você guardar uma bateria com uma carga de 70%, SEM a usar, ela vai durar muitos mais anos do que se tivesse sido guardada a 100% da carga. O que eu disse e diferente – eu disse que 2 meios ciclos têm o mesmo efeito, para efeitos de degradação, que 1 ciclo completo, o que é verdade. São coisas distintas.
Há 3 (três) coisas que aumentam a degradação das baterias de lítio: Nº ciclos de carga descarga, Carga a 100% por períodos prolongados e temperaturas elevadas
Conclusão: qualquer elétrico (que custam muito mais que um mercedes), daqui a 10 anos é lixo!!! A manutenção dele custa outro novo! Já o meu a combustão com 40 anos é só meter gasolina e dar à chave. E a manutenção é barata e simples.
KO
Onde o SubConsciência leu isso? Se o utilizador fizer 300 ou 400K kms com o carro, já é mais do que o que acontece atualmente com os térmicos. Geralmente os carros em circulação têm todos bem menos de 200.000 Kms.
Não, é precisamente o inverso, ainda aumenta mais os ciclos e o desgaste prematuro.
Até botarem no mercado, já serão e golo dos pós chineses.
Até botarem no mercado, já terão sido engolidos pelos chineses.
+1
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Mais um prego para o caixão dos carros a combustão…
Quando criaram a primeira bicicleta, também houve quem lhes chamasse malucos, hoje até provas disso fazem…
Daqui por 10 anos as baterias estão ao preço da chuva.
Mas para não terem que trocar baterias, ao fim de 6 anos vende-se o carro e compra-se outro novo, problema resolvido 😀