Digit, o novo robô humanoide que poderá tirar emprego aos funcionários da Amazon
O mundo da robótica apareceu para ajudar os humanos na execução de algumas tarefas, como as mais pesadas, perigosas, repetitivas e com certos requisitos de precisão. O tempo vai passando e percebe-se que, em breve, muitos postos de trabalho serão entregues a estas máquina. Um caso que está a assustar os funcionários da Amazon é o Digit, um robô humanoide, com braços e pernas, que está a ser testado em Seattle, nos EUA.
A Amazon tem um novo funcionário nos seus armazéns de Seatle, nos EUA. Digit é um robô humanoide capaz de se mover, agarrar nas caixas e embalagens e deslocar estes items para os destinos na linha de separação.
O robô faz parte da ambição da gigante americana em tornar os seus serviços mais rápidos, eficientes e mais baratos. O caminho que a Amazon estruturou passa pelo investimento em robótica e IA.
Um robô com traços de humano
Ao invés da empresa mudar todos os processos da sua linha dos armazéns, a ideia é tornar as máquinas, estes robôs, mais parecidos com os humanos, por forma a ter linhas "hibridas". Como tal, o Digit tem duas pernas e executa ações como um humano. Ele consegue subir e descer escadas para se deslocar entre locais e pisos diferenciados.
Para já, esta aposta está em modo protótipo para a Amazon o poder adaptar e melhorar utilizando-o em várias áreas dentro das unidades de armazenamento. Inicialmente, segundo referiu a gigante tecnológica, Digit irá ajudar na recolha e movimentação de caixas vazias, após os funcionários as terem esvaziado de produtos. Posteriormente, face ao seu tamanho e formato, o robô irá ser usado noutras atividades que envolvam a manipulação de objetos.
É importante frisar que esta é uma evolução na dinâmica de substituir funcionários humanos por robôs. A empresa já aposta nestas máquinas há vários anos. Lembrar-se-ão certamente do Sequoia ou mesmo do Sparrow, entre outros que foram sendo colocados em funções nas várias áreas da empresa.
Estes são os robôs que a Amazon utiliza:
- Proteus: criado para deslocar grandes cargas nos centros de distribuição;
- Cardinal: braço de separação rápida precisa de pacotes no centro de distribuição;
- Sparrow: capaz de detetar, selecionar e manipular produtos de maneira individual nos armazéns da empresa;
- Sequoia: desenvolvido para agilizar o atendimento de pedidos, identificar nos stocks armazenados.
Funcionários preocupados com os robôs nos seus locais de trabalho
A Amazon tem sido alvo de várias acusações por parte dos seus funcionários por estar a dispensar humanos e a colocar robôs no seu lugar. No início deste ano foi notícia um despedimento de perto de 20 mil funcionários da Amazon. E ao longo do ano assistimos a reajustes que, em várias áreas, também foram noticiados mais despedimentos.
Isso levou a algumas ações de protesto. Pela primeira vez, os trabalhadores da empresa no Reino Unido, fizeram greve alegando que até os robôs do armazém eram mais bem tratados do que as pessoas.
A Amazon argumenta que a introdução de tecnologias robóticas nos seus processos de trabalho não tem levado à redução de empregos, mas sim permitido o crescimento e a expansão da empresa. Segundo ela, a automação visa libertar os funcionários para que estes possam entregar mais e melhor aos clientes.
Segundo declarações à BBC, Tye Brady, tecnólogo-chefe da Amazon Robotics, refere que as pessoas são fundamentais para os processos, pelo que não acredita ser viável ter armazéns totalmente automatizados no futuro.
Num comunicado, a Amazon afirmou que, nos últimos 10 anos, diversos empregos foram criados nas operações, incluindo 700 novos tipos de trabalhos, em funções qualificadas, que não existiam anteriormente. Atualmente, a gigante tem mais de 750 mil robôs que atuam como pessoas, assumindo as tarefas altamente repetitivas.
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Segundo a comunicação social e relatos dos próprios funcionários a denunciarem as péssimas condições de trabalho, a opção por robots humanoides parece-me uma boa solução, embora vá criar um número de desempregados. Às vezes fecha-se uma porta e abre-se uma janela…
Os robôs para trabalhar precisam de uma equipa técnica por trás.
Desde programadores a técnicos de manutenção, e mesmo assim ainda é preciso operadores.
Há máquinas totalmente automáticas, que tem operadores.
O operador é um operador mais especializado, que opera com a máquina, porque é assim que tem de ser…
Vai é acabar se com operadores que apenas fazem trabalhos sem sentido, como dobrar caixas etc …
Trabalhos mesmo desmotivantes e fisicamente chatos.
e diminuir o número de pessoas empregadas.
A Amazon não é uma instituição de caridade, sabes disso, não sabes?
e toda a vida foi assim, profissões acabam, profissões novas começam
E não só, pouco produtivos, logo mal pagos.
Claro que sim, serão necessários programadores e técnicos de manutenção, esses sempre foram precisos, embora os primeiros duvido que estejam em permanência numa fábrica. O programador hoje em dia já não é uma profissão tão bem paga como há uns anos desta parte, está a caminhar para ser um profissão banal, mas isso depende da linguagem utilizada e outros factores e daria panos para mangas.
Os robots não precisam assim de tanta gente, aliás o objetivo é também esse eliminar custos e nada melhor que eliminar custos com pessoa, ainda por cima o robot trabalha tanto ou mais rápido que um humano e não tem férias, trabalha 365 dias por 24 horas por dia e custos muito mais baixos.
Não percebo o sentido da tua frase: “Há máquinas totalmente automáticas, que tem operadores.
O operador é um operador mais especializado, que opera com a máquina, porque é assim que tem de ser…”
Se é totalmente automático para que é que precisa do operador? Para o motivar? Hahaha
E logo a seguir dizes que vão-se acabar com os operadores. Achei muito confusa este comentário… Mas posso ter sido só eu!
Não querendo parecer petulante mas isto é um serviço que pode facilmente ser feito por robots por ser uma tarefa ‘simples’ e repetitiva.
Mas é de facto um problema sobre o que fazer quem está a fazer estas tarefas neste momento. Será que dará para formá-los para efectuarem outras tarefas? E dará para todos?
A notícia indica claramente que a empresa simplesmente despede as pessoas de que não precisa.
Mais robots = menos reclamações de trabalhadores porque deixam de existir tantas pessoas… quer dizer elas provavelmente continuarão a reclamar… mas vão reclamar para outro lado.
Por este andar mais vale cada pessoa ter um “vassalo” destes a trabalhar por nós, enquanto os “donos” ficam em casa no bem bom…
eventualmente isso será uma realidade. hoje em dia temos robots de cozinha as bimby e afins, dentro de alguns anos teremos robos destes a tomar conta das nossas casas
É claro que…numa visão Humanista…seria bem mais útil fazerem “fatos tecnológicos” que aumentassem as potencialidades dos Humanos trabalhadores do que robots substitutos ! Mas é claro que assim é muito mais fácil porque os robots não pensam (ainda)…não se queixam (ainda)…e não fazem greves (ainda)…não se sindicalizam (ainda) e a possibilidade de se revoltarem contra os seus exploradores (ainda) não se verifica… Além disso muito mais problemático será a vida dos “políticos” que ficam sem ovelhas para arrebanhar 🙂
Caso para dizer: Preso por ter cão e preso por não ter.
ah e tal os funcionários da Amazon são explorados e teem más condições de trabalho. Jeff Bezos, vou ja tratar disso…
lol
Desde que seja um acontecimento equilibrado e bem filtrado creio que nao havera problema. No entanto se comecarem a adoptar estas medidas em serie, vai dar bosta. Depois as pessoas nao tem dinheiro e emprego e os produtos ficam a espera para os robts os comprarem hehe. Portanto se os capitalistas comecarem a querer ir longe demais talvez se deem mal com isso. Entretanto tambem nao sabemos o resultado que as vacinas covid vao ter daqui por uns anos. Esperemos que nao acontecam desgracas mas se as pessoas comecarem a morrer, ainda mais a situacao se complica.
Ainda o trauma das vacinas? Jovem, vira a página porque isso já lá vai e já não estamos em pandemia há uns meses.
É preciso ter uma lata de catalogar os que tomaram (e tomam) a vacina como sendo a carneirada e de estarem cheios de medo. Mas vamos a ver e não é bem assim. Quem não tomou ou não concorda é que continua com macaquinhos na cabeça.