Semana de quatro dias está a ser “uma verdadeira vitória para todos”!
A ideia da semana de trabalho de quatro dias chegou de mansinho, mas logo conquistou adeptos. Há empresas a implementar e, contrariamente ao que os céticos poderiam esperar, está a ser “uma verdadeira vitória para todos”.
Sem redução salarial, o feedback aponta vantagens para os funcionários e para as empresas.
Aquando da ideia de reduzir a semana para quatro dias, algumas empresas decidiram testar a iniciativa que conquistou uns e enfureceu outros. A par disso, e no sentido de perceber se a sua implementação poderia ser, efetivamente, vantajosa, começaram a ser desenvolvidos estudos.
Em dezembro do ano passado, a 4 Day Week Global publicou um desses estudos, conduzido pelo University College de Dublin, pelo Boston College e pela University of Cambridge. A investigação analisou os resultados dos testes da semana de quatro dias realizados, essencialmente, nos Estados Unidos da América e na Irlanda, e concluiu que a produtividade e as receitas das empresas tinham aumentado 7% e 8%, respetivamente.
Segundo Jon Leland, chefe de estratégia da Kickstarter, a semana de trabalho de quatro dias foi uma "verdadeira vitória para todos". Conforme partilhou, a empresa de financiamento aumentou as contratações, melhorou a retenção de funcionários e aumentou as receitas. A par de tudo isto, ainda garantiu mais tempo fora do trabalho.
Da mesma forma, Barry Prost, CEO da Rent a Recruiter, uma empresa irlandesa especializada em recrutamento, admitiu que as receitas, retenção de funcionários e o recrutamento viram-se aumentados, a par de uma amplificação do bem-estar dos funcionários.
Por sua vez, Rod Lacey, diretor de recursos humanos da simPRO, uma empresa de desenvolvimento de software, reconheceu que a semana de quatro dias de trabalho motivou a organização a ouvir os funcionários e a trabalhar no sentido do seu bem-estar, impactando, positivamente, os resultados da empresa.
Semana de quatro dias motiva funcionários e melhora o desempenho das empresas
À revista Time, um engenheiro de software da empresa australiana Calibre Analytics, Colby Swandale, revelou usar o quinto dia da semana, que seria de trabalho, para atividades de autocuidado, como o exercício físico.
Saber que não vais estar no escritório desde segunda-feira de manhã até sexta-feira à tarde parece diferente.
Disse uma outra funcionária, Julieanne Cotter, acrescentando que sentiu uma redução do seu nível de stress e um aumento consequente de energia. Além disso, mencionou a saúde mental e especulou que a semana de quatro dias pode ser uma mudança muito positiva.
A corroborar estas duas opiniões estão as conclusões do estudo publicado pela 4 Day Week Global. Afinal, foi registada uma melhoria de 34% na saúde física e 38% na saúde mental, bem como um aumento de 67% de emoções positivas. Paralelamente, os problemas de sono foram reduzidos em 37%.
Com menos um dia para dedicar ao trabalho, de acordo com o estudo, os funcionários passavam, em média, cinco horas em lazer, mais de três horas em afazeres domésticos ou em cuidados familiares e mais de duas horas a cuidar de si próprios.
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Bem, folgar a uma quarta-feira (meio da semana portanto) até parece ser uma ideia interessante. Resta saber (por exemplo) se o país iria “fechar” no mesmo dia…
Creio que isso se baseie na gestão da empresa vs empregado
Exato. No meu entender seria o dia perfeito para uma “folga”…
Dependendo das áreas faz todo o sentido!
Ai esta a frase certa, há áreas em que faz sentido e áreas em que é ridículo uma semana de 4 dias.
Tanto sentido como as 35H no sector público. Daí para cá, a queda na qualidade dos serviços, que já não era muita, caiu a pique.
Tenho uma familiar internada num hospital com problemas ortopédicos derivados de uma queda. Durante o fds é de certa forma abandonada por falta de pessoal. Portanto, é esquecer essa história de 4 dias.
Má gestão != de ter 4 dias de trabalho
Escolheu mal o exemplo. Garanto que a maioria dos funcionários públicos nos hospitais continua a trabalhar mais de 40h semanais. 35h são remuneradas por via do vencimento base, as restantes ora são pagas através de horas-extra (poucas), ora acumulam em bolsa para a eternidade (muitas). Se falta pessoal nos hospitais, é porque as aposentações/licenças/baixas prolongadas não são colmatadas com novos funcionários.
Cair em generalizações é profundamente injusto para quem tem a fama mas não o proveito. Lembre-se que os profissionais que agora critica são os mesmos que foram aplaudidos no auge da pandemia.
Fun fact: compare a generalidade das carreiras na saúde com a carreira de docente. Acredite que se vai surpreender.
Pois, se continuam a trabalhar + de 40h/semana, não se nota. Pelo menos, no exemplo que estou a vivenciar. E não é o único. Já agora, o que é isso de carreira? É só progressão salarial, ou com o aumento do escalão, que implica aumento salarial, é acompanhado de aumento de responsabilidade? Pois, é que essa “progressão” não tem reflexo no sector privado, muito menos nos TI.
Estamos a desviar-nos do tópico do artigo, mas tentarei ser breve.
1- Eu não nego que faltam recursos humanos nos hospitais, aliás até expliquei o porquê. Colocar alguns a trabalhar o dobro para compensar quem não trabalha de todo só vai agravar o problema.
2- Quanto maior a experiência, maior o grau de exigência e responsabilidade. Subida de escalão não é pré-requisito para tal.
3- Eu sei muitíssimo bem que as coisas são diferentes nas empresas. A questão que lhe coloco é: qual dos exemplos deve ser seguido? Queremos melhorar as condições no setor privado, ou piorá-las no público? A minha comparação com os docentes não foi inocente. Preferia ter todos os portugueses (os que trabalham, pelo menos) equiparados aos professores, do que todos estagnados no salário mínimo.
Muito menos nos TI? Muda de empresa então 😀
@fpfcarvalho: TI = Trabalhadores Independentes, e não Técnicos de Informática.
Lá está o que os políticos querem. Desunião para afastar dos reais problemas.
Então as 35h são durante a semana. A semana de 4 dias é durante a semana.
E aponta o problema face a um fim de semana.
Devíamos-nos todos preocupar em reduzir as 40h para estar algum tempo com a família em casa.
Nem todo o Estado/Sector público é Hospitais mas compreendo que aos fins de semana o pessoal internado fica meio abandonado…
trabalho 35h no setor privado.
tenho banco de horas
trabalho mais para aquilo que me pagam
trabalhar 28h, no meu caso, era mais do que suficiente e, com certeza, seria ainda mais produtivo.
Mas também quer que as pessoas vão trabalhar no fim de semana para a sua familiar não ficar abandonada? Se calhar essa história nem existe, porque é que alguém fica o fim de semana no hospital por problemas ortopédicos? E se fica, precisa de cuidados constantes? Você queria era uma enfermeira a tempo inteiro a fazer de baby sitter à sua familiar no fds por problemas ortopédicos? Já fui a muitos hospitais ao fim de semana e nenhum está abandonado, há muito menos gente pois no fds não há exames de rotina, consultas, etc mas ninguém com uma urgência grave fica abandonado, não queira vir para aqui com a sua propaganda falsa, para isso vá para os comícios do xunga e já tem lá quem se babe de raiva das falsidades que tenta impingir.
Tou no deaemprego por opcao, porque no meu caso foi o contrario, foi de 5 para 6 dias por semana a reduzir 1h/dia.
A começar no sector bancário que está a reduzir o horário de atendimento até ao 12:00.
Quem é que vai a um banco hoje em dia (sem ser para tarefas chave tipo créditos)?
Eu já não vou á minha agencia desde 2018.
Ao contrario do que pensa, ainda se tem de realizar muitas coisas presencialmente e não é só créditos, há muitos procedimentos e assuntos que não são online, temos de ir lá por isso, se desde 2018 não vai a um banco, é porque não deve ter grandes coisas que justifique lá ir, pois se tivesse ia lá com regularidade como muitos vão.
Não vá mais longe. Quando mudei de número de telemóvel também dei os dados online. Passados uns dias, fui “obrigado” a ir a uma das dependências do meu banco (CGD) para ativar a opção de fazer pagamentos ‘online’ via telemóvel. Já com a #Moey foi tudo mais fácil…
Pedi um cr+edito e não saí de casa. Tudo pela App . Talvez os creditos que ainda precisem de presença apenas pelas caracteristicas especiais é um credito À habitação.
Em Portugal não vai funcionar, a produtividade diaria é péssima.
Equanto a mentalidade de trabalho não mudar é pra esquecer.
Concordo plenamente consigo.Fez o melhor comentário aqui,muito bem.
O salário que interessa ao capitalista é sempre o mais baixo de todos os salários possíveis. Bem podem os portugueses multiplicar por 2 ou por 3 a produtividade, que o capitalista não vai pagar nem mais um cêntimo por isso, enquanto tiver poderio e capacidade pra impor salário mínimo. O mais que pode acontecer é ele dizer, “bem, agora que estes macacos estão a produzir bem, já não preciso de tantos, posso mandar para a rua metade”. A resposta sobre o que vale a produtividade dos portugueses é dada pelo que estão a receber no Luxemburgo ou na Suíça.
Eu disse portugueses no geral e não portugueses específicos! Quem sai do país já vai com uma mentalidade diferente daqueles que estão em Portugal a trabalhar, depois no Luxemburgo estão a trabalhar pra empresas locais logo menatalidade de trabalho diferente.
Vou dar um exemplo.
Quantas reuniões de trabalho existem em que o pessoal sai sem que nada seja decidido, fala se durante horas, muitas vezes do tempo, de politica e futebol, mas do que é importante, bola.
Depois tem de existir reuniões pra discutir o que foi falado na reunião anterior, provavelmente adiada porwue falta alguém, muitos chegam atrasados e outros nem sequer vão preparados com a informação que vai ser discutida.
Enquanto isto não mudar é pra esquecer.
Discordo, é mais enquanto a mentalidade dos capitalistas não mudar é que a produtividade diária vai continuar a ser péssima.
Uma pessoa que trabalha 8h diárias 5x por semana a ganhar o salário mínimo e que mal tem tempo para a família e afins, é casa trabalho e trabalho casa…onde é que está o entusiasmo para produzir?
Diz-me onde é que os capitalistas dão o braço aos seus funcionários? Sim porque não é só ter o “animal de estimação”, se tu não lhe deres comer suficiente ele não vai gostar de ti.
Há trabalhos e trabalhos, em alguns estás só a olhar para o PC sem fazer nada, ele cai na conta…uma grande quantia. já noutros estás 8h sempre a mexer e recebes o salário mínimo e ainda uns raspanetes. É justo? Acho que as mentalidades deveriam mudar…obviamente que a mentalidade de quem está parado a receber muito não vai mudar porque não lhe interessa.
Muda de empresa m, só fica estagnado que quer.
Enquanto houver uns a trabalhar pelos outros…
Já existe em Portugal ha muito , basta ir a um centro de saude a 2ª feira e ver a quantidade de gente que fica doente naquele dia da semana .
Eh eh … o descanso do fim de semana causa muita doença …
isso numa fabrica nunca funcionaria…
Em praticamente todo o lado.Só quem trabalha em certas áreas é que podiam ter esta semana de 4 dias.E,muita atenção,a produtividade cairia a pique e o país ficava totalmente desgovernado.Isto é bom é para aqueles países do norte da Europa onde não se faz nada.
Epa, é por mentalidades assim que estamos como estamos.
Claro que funcionaria, bastava haver vontade.
+ turnos, + funcionários, – desemprego, simples.
Só que quem está acima não quer abrir a mão dos milhões que lucra…
Isto
mas com mais turnos e mais funcionarios aumentaria os custos de produtividade, oque o texto diz ser o motivo do beneficio da semana de 4 dias…
Por isso é que há muitos Mercedes e Audis .. desculpa E.V. e Teslas.
E sim devíamos fechas os supermercados ao fim de semana, os Shopping.
Porque esses coitados que trabalham na distribuição, l
Muitas vezes trabalham 50 horas por semana mas como chegam a ter prémios de produtividade de 600 a 1200 paus, não se queixam muito.
Nos países do Norte da Europa não se faz nada, possuem melhores ordenados e condições de vida.
Em Portugal trabalham, ganham pouco e ainda acham que deviam trabalhar mais.
Coitados do pessoal do norte da Europa, não sabem fazer as coisas.
Claro que funciona, chama-se turnos
Não só em fábricas desde que haja vontade…
Honestamente, existem muitas empresas que à sexta-feira praticamente já só estão a “receber” emails, outras é a segunda-feira. Isso só ia tornar a coisa “oficial”.
Renault Portugal basicamente só se trabalha na sexta de manhã e mesmo assim é só pra inglês ver.
Que tal fazer ao contrário, 4 dias de folga e 1 a trabalhar? Ainda motiva mais.
Clara que o colaborador fica mais motivado e produz mais (como diz o estudo), só um workaholic não o faria, mas passada a novidade tudo regressa ao normal e já querem 2 dias de folga para se motivarem.
Se conseguires num dia fazer o trabalho de 5 dias, força com isso…
se achas que motivo eu pessoalmente não acho, muito pelo contrário.
aliás, eu até propunha trablhar mais dias por mês mas com folgas menos espaçadas, por cada 2 dias de trabalho um dia de folga a seguir, esse modelo é o mais interessante, parar 2 dias seguidos ou 3 dias seguidos é matar o ritmo de trabalho.
Para todos? Vai acabar por ser apenas para os funcionários públicos, como do costume, e para os funcionários das grandes empresas! O resto vai ser escravo em relação aos outros!
LOL, achas mesmo que isto vai ser feito em Portugal de todo? sonha…
Quando se diz que os Portugueses não são produtivos, nem é o mesmo que dizer que são calões, ainda não perceberam o que a afirmação quer dizer, os tugas que trabalham na AutoEropa uma hora de trabalho dele produz mais riqueza, que as mesma hora de trabalho de quem faz rolhas de cortiça, a diferença é que a rolha se vende por cêntimos e o automóvel vende-se por milhares, em quanto não conseguirmos produzir bens de valor acrescentado para venda ao estrangeiro, não vamos conseguir ser produtivos em relação ao custo beneficio.
Uma hora de trabalho de um Alemão que trabalhe para as marcas automóveis Alemãs gera por hora um valor incalculável. eles até podiam trabalhar 2 dois por semana e nós 7 dias que mesmo assim não conseguíamos competir com eles.
Mas qual é a empresa que quer vir investir em Portugal?
Uma grande percentagem do nosso tecido empresarial é PME e quando chegam a um tamanho critico (pensar nos unicórnios como exemplo) pegam nas suas sedes e mudam de país (pelo menos a grande maioria). Temos cada vez mais empresas na Area de IT a criar hubs na Polonia – porque será? E serviços de consultoria também geram bastante capital.
Temos ainda a sorte de a VW não ter pegado na Autoeuropa e a mandar apra outro lado. Acho que só não o fez por muita sorte. Já conseguimos afugentar muitas empresas deste calibre. Porque será?
O país não vai ficar mais produtivos enquanto não se mudar politicas fiscais. Até lá não vamos passar de um “campo de golf” plantado a beira mar. Um país de serviços, restaurantes e hoteis — algo que ao nivel de riqueza para o povo cria 0 (basta ver a saude economica dos grandes destinnos turisticos.. tudo pobre À volta dos ressorts).
Tanto que os hotéis de que fala. são cadeias estrangeiras com sede em outro lado, o nosso problema é mesmo esse. a politica fiscal está sempre a mudar, quanto à AutoEuropa, tem condições especiais um dia quando acabarem as condições especiais vão embora para outro lado que ofereçam as mesmas condições, o nosso problema é mesmo esse, é “convencer” a viram para cá.
Exato!
Ao ler o título, vim a correr para ver se o estudo tinha sido feito em Portugal, mas não, não foi, caso contrário as conclusões teriam sido outras.
Semana de 4 dias é uma regalia que só países noutro estado de desenvolvimento e de produtividade podem adotar.
Em Portugal, será simplesmente para a entidade patronal ter de contratar alguém apra fazer as folgas de quem fica em casa. É de lamentar, mas é assim no nosso país.
Falta-nos adotar a filosofia “Work Smarter, Not Harder!”
A missa cantada, que ja enjoa! Sabe qual é o principal problema de produtividade em portugal ( e dito p gestores estrangeiros qdo vem pa ca trabalhar) ? GESTAO INEFICIENTE, MA ORGANIZAÇAO, LOGISTICA ULTRAPASSADA, TECNOLOGIA OBSOLETA/DESATUALIZADA. Ou seja, o principal problema nao é o trabalhador ( o mm que la fora é elogiado), mas a organizaçao onde ele esta inserido. Ervas daninhas, ha em todos os lados e de um lado e do outro.
É isso, é isso mesmo, a culpa é dos patrões. É isso que este governo tem formatado na cabeça dos portugueses. Os vilões são os patrões, esses bandidos que investem na economia do país, criam valor acrescentado, são responsáveis por criar postos de trabalho e por indiretamente dar trabalho e lucro a outras empresas, que por sua vez investirão também e criarão valor.
Claro que o problema não são os trabalhadores portugueses que passam tempo nos cafés, a fumar um cigarro, nas redes sociais ou mesmo a comentar notícias na internet.
Se calhar se não recebessem o ordenado mínimo já se empenhavam mais.
Outras pessoas nem se interessam pelo ordenado, mas interessam-.se por melhores condições no trabalho.
Turnos de 12h x 4 para mim é o ideal. 4 dias on/4 dias off