Fabricantes automóveis vão duplicar gastos com elétricos e baterias
Cada vez mais o assunto dos carros elétricos é frequente, assim como a quantidade destes veículos que circula nas estradas portuguesas e no resto do mundo. Tal também aumenta o interesse dos consumidores e incrementa as necessidades deste setor.
Desta forma, as últimas notícias indicam que as fabricantes automóveis vão gastar o dobro com os veículos elétricos e com baterias para 1,2 biliões de dólares até 2030.
Fabricantes de automóveis elétricos estimam duplicar gastos até 2030
Segundo uma análise realizada pela agência Reuters, as principais fabricantes de automóveis do mundo têm planos para gastar quase 1,2 biliões de dólares até ao ano de 2030 para desenvolver e produzir milhões de veículos elétricos e também baterias e outras matérias-primas para suportar essa mesma produção.
Este investimento vai assim superar as estimativas de investimento anteriores da Reuters e também representa mais do que dobro do cálculo mais recente que foi publicado há apenas um ano. E só para termos comparativos para percebermos a dimensão deste montante, só a Alphabet, dona da Google, tem um valor de mercado de 1,3 biliões de dólares.
De acordo com as informações, as fabricantes de automóveis planeiam desenvolver cerca de 54 milhões de veículos movidos a baterias em 2030, o que representa mais de 50% da produção total de veículos. E para que tal seja possível, as fabricantes de automóveis, em conjunto com as suas marcas parceiras, pretendem instalar 5,8 terawatts-hora ao nível da capacidade de produção de baterias até 2030, tal como indicam os dados da Benchmark Mineral Intelligence e dos fabricantes.
Neste investimento, a maior fatia recai para os lados da Tesla, uma vez que o CEO Elon Musk tem um ambicioso plano para construir 20 milhões de elétricos em 2030, um objetivo que exige 3 terawatts-hora de baterias.
A alemã Volkswagen pretende investir 100 mil milhões de dólares neste setor, através da construção de 'gigafábricas' de baterias na Europa e na América do Norte. Por sua vez, a Toyota vai gastar 70 mil milhões de dólares para criar novos elétricos e produzir baterias e espera vender pelo menos 3,5 milhões de EVs em 2030, tendo ainda planos para o desenvolvimento de 30 veículos movidos a bateria diferentes. Para além disso, a japonesa pretende até esse ano migrar toda a gama Lexus para esse segmento.
Já a Ford aponta para um investimento de 50 mil milhões de dólares e pelo menos 240 gigawatts-hora de capacidade de bateria, com vista à produção de 3 milhões de elétricos a bateria num período de 8 anos. A Mercedes-Benz separou 47 mil milhões de dólares, sendo que quase 2/3 desse valor se destina a aumentar a sua capacidade global de baterias para 200 gigawatts-hora.
Por fim, outros nomes como a BMW, Stellantis e a General Motors estimam gastar pelo menos 35 mil milhões de dólares em EVs e baterias. A Stellantis mostra ter fortes planos no sentido de construir 400 gigawatts-hora de capacidade até 2030, incluindo quatro instalações na América do Norte.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Reuters
Neste artigo: baterias, carros elétricos, elétricos, EV, montadoras, Tesla
A energia verde que de verde não tem nada.
Estamos a voltar a passos largos para um final triste.
Tudo a preços exorbitantes e qualquer dia será como dantes: meia duzia de pessoas com carro pois ao preço que os eléctricos custam mais as baterias que não duram muitos anos ……
Tanta baboseira que escreves para aí, deves estar a repetir uns argumentos ridículos que ouviste. A energia que se verde não tem nada, dizes tu. Deves gostar de respirar o que sai dos tubos de escape, eu já tive vários carros a gasóleo e a gasolina e não gosto da poluição que causam. Nenhum eléctrico emite gases poluentes e nocivos. Já falaste com alguém que tenha um carro eléctrico para poderes afirmar que as baterias não duram muito? Sabes que há carros elétricos com 1 milhão de quilómetros? Mesmo que seja metade, são carros que tem alguns deles 8 anos de garasobre as baterias. Quanto ao preço vão cada vez mais marcas aparecerem com novos modelos e cada vez mais baratos. Há marcas chinesas a fazerem bons carros como a BYD e com preços competitivos.
Bandeiras vejo eu aqui escritas, e não sou defensor nem de um nem de outro. Só acho é que se deve ser ponderado antes de és escrever o que lhe vai na cabeça.
O facto de durante o uso não emitir poluição (o que é mentira, pois os detritos de pneus também é poluição), não implica que na produção de um veículo elétrico se tenha provocado mais poluição que um veículo a combustíveis fósseis.
Mais, o argumento de 1 milhão de km cai por terra logo que, não foi com a bateria intacta de origem que o fez, ou seja, para além da poluição provocada na produção do veículo originalmente, há que somar a poluição da reparação da bateria ou troca da mesma, ainda que isso possa não ter custos para o dono do veículo.
E depois vamos à energia. Estamos em crise energética, fala-se e corta-se no consumo da eletricidade, em prejuízo de todos. Os cortes na iluminação pública, para haver energia para outros consumos prejudicam todos, principalmente no fator segurança, seja da rua, seja na segurança rodoviária. Por isso e como Portugal tem a produção de energia pendente dos recursos naturais, o normal é o impacto financeiro nos orçamentos das pessoas sejam muito mais elevados. E os veículos elétricos tem peso nisto, e quanto mais massificação houver, mais energia se consumirá. Deveria haver era um trabalho em implementação de produção de mais energia o mais limpa possível (já que mesmo os dispositivos que existem para gerar energia causaram poluição para serem produzidos).
Os preços, possivelmente baixam, ou o mais certo é os ordenados irem subindo e daqui a 10 /20 anos uma pessoa com o ordenado mínimo possa arriscar comprar um veículo elétrico novo com as suas poupanças.
Mas como digo, não defendo uns e outros, apenas que antes de se escrever por escrever, é importante perceber todo o contexto, já que a realidade não é o mar de rosas que apregoado.
Os fabricantes estavam habituados a vender o mesmo produto anos após ano, sem grandes diferenças, sem grandes gastos em R&D, iam sendo empurrados pelas normas de emissão de gases e era quando não as contornavam. Assim, garantiam grandes lucros e tudo corria bem. Agora, “de repente”, dizem-lhes que a fórmula do costume já não serve, vão ter de investir mais do seu lucro, e ficam entre a espada e a parede – se aumentam os preços para manter os lucros, os carros ficam muito caros e os consumidores vão para os chineses, que começam a invadir o mercado, se baixam os preços, baixa o lucro.
Não baixem os preços para os valores dos carros a combustão antes da guerra e da escassez de chips, que bem ficam com os elétricos nos parques das fábricas a enferrujar.