Satélites da Starlink poderão prejudicar recolha de dados dos astrónomos
Como parte do plano de Elon Musk em cobrir o planeta de internet de alta velocidade, está em curso um processo da SpaceX, a Starlink, que visa lançar dezenas de milhares de satélites para a órbita da Terra. Pela primeira vez, os dados demonstram que isto poderá ser possível sem prejudicar a visão do céu noturno a olho nu.
Porém, o mesmo não acontece com a visão dos astrónomos que, mesmo depois da tentativa de resolução do problema, poderão ver o alcance dos seus telescópios comprometido.
Starlink invisível a olho nu
A ideia é promissora e, mais uma vez, saiu da cabeça de Elon Musk. Como sabemos, a Starlink é um projeto que pretende oferecer uma internet de alta qualidade a nível global, através de satélites enviados para a órbita da Terra.
Watch Falcon 9 launch 60 Starlink satellites → https://t.co/bJFjLCzWdK https://t.co/E4ixgiRnuG
— SpaceX (@SpaceX) January 20, 2021
Porém, quando os primeiros satélites foram enviados, em maio de 2019, os astrónomos temeram pela qualidade das imagens que viriam a recolher posteriormente. Isto, devido aos pontos de luz em movimento que estavam agora no céu.
Além de perturbar os astrónomos, a Starlink era igualmente visível a olho nu e, por isso, os pontos de luz estavam presentes no céu noturno.
Posto isto, a SpaceX procedeu ao escurecimento dos satélites com viseiras, aos quais chamou de VisorSats. Dessa forma e de acordo com um novo estudo, conseguiu que os satélites diminuíssem em 31% o seu brilho, sendo, então, invisíveis a olho nu.
A saber, estas viseiras são instaladas após o lançamento e bloqueiam a reflexão da luz solar sobre as superfícies mais brilhantes dos satélites.
Dados recolhidos por telescópios ainda são prejudicados
No entanto, estas viseiras ainda deixam os satélites 2,5 vezes mais brilhantes do que seria o ideal, para a SpaceX. Mais, ainda são demasiado brilhantes para que não afetem o desempenho dos telescópios.
É uma vitória para a preocupação de mudar o céu noturno para a pessoa comum. Acho que evitámos esse facto.
Disse Jonathan McDowell, astrónomo no Centre for Astrophysics at Harvard and Smithsonian.
Isto, porque para os telescópios o céu ainda está repleto de falsas estrelas, dificultando a visão do cosmos, bem como os estudos associados a essa observação.
Para já, em dois anos, a SpaceX lançou mais de 950 satélites. No entanto, o plano aponta para 42 mil satélites a compor a Starlink. Assim sendo, quantos mais forem enviados, mais os astrónomos sentirão o seu impacto.
Aliás, a SpaceX tem permissão da Federal Communications Commission para lançar 12 mil satélites até meados de 2027.
Conforme revela o estudo, um único satélite pode criar uma faixa contínua de luz, bloqueando os objetos que os astrónomos poderão vir a estudar.
Alguns projetos realmente não se vão importar com isto. Outros projetos teremos de repensar realmente, e alguns serão impossíveis.
Revelou McDowell.
Além disso, os satélites emitem ondas de rádio e comprimentos de onda que poderão interferir com os telescópios que utilizam esse tipo de sistema para explorar.
Estamos numa nova fase de utilização do espaço. É uma nova revolução industrial espacial, as coisas são diferentes, e a astronomia vai ser afetada. Só temos de ter a certeza de que fazemos parte da conversa.
Esclareceu McDowell.
Apesar desta preocupação, todas estas conclusões são fruto de um novo estudo, sendo que a SpaceX ainda não fez qualquer comentário ou revelou informações sobre o brilho atualizado dos satélites.
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Qualquer dia olhamos para o ceu e so vemos satelites. Devia ser proibido fazer o que a starlink está a fazer….é basicamente lixo espacial.
Nem mais… Se a orbita da Terra já está cheia de lixo, com estes satélites a encher ainda mais vai ser bonito. Vai ser até causarem um acidente com o lançamento de alguma missão e que faça vitimas.
A ideia é boa, a forma que é feita, simplesmente triste.
What? eles lançam pessoas para o espaço e achas que ao lançarem satelites vao fazer vitimas ahah
Satélites colidem criam destroços que caem numa cidade matam 375 pessoas. Parece tirado de um filme de ficção mas é muito provável de acontecer (75%). Se calhar exagerei no numero de mortos.
Não parece foi mesmo tirado de um filme de ficção, tens de investigar mais como estas coisas funcionam
– 1º Raramente à colisões já houve uma ou outra mas é muito rara
– 2º Normalmente quando os stelites chegam ao fim de vida ou são postos num orbita “cemiterio” ou são desobitados
– 3º No casos destes starlink quando chegam ao fim de vida eles sao desorbitados e ardem totalmente na reenrada não chega nada cá abaixo(isto já foi testado com os prototipos iniciais)
4º – Quando há uma colisão as particulas que se criam as reentrarem na atmosfera ardem na reenrada é completamente impossivel chegar cá abaixo
5º- O real perigo destas colisões é as particulas milhares de estilhaços que isso queria no espaço que como são muito levesihas vão ficar na orbita da terra durante imensos anos se elas reentracem na atmosfera estavamos nós muito bem mas estando em orbita a velocidades altissimos têm oribitas imprevisiveis podem colidir com outros satelites ou até com a ISS e isso sim é um perigo
1º só ainda não houve porque a ESA desviou o satélite porque a Starlink não quis.
2º Talvez mas a India e a Russia lançam misseis para destruir os que lançaram.
Eis algo para leres.
“Lottie Williams possui o recorde de ser a primeira e única pessoa (até à presente data) a ser atingida por um detrito espacial de origem humana. Enquanto caminhava num parque em Tulsa, Oklahoma em 22 de janeiro de 1997, às 3:30 da manhã, notou uma luz no céu que julgou ser um meteorito. Minutos depois, Williams foi atingida no ombro por um objeto de metal negro de 6 polegadas que, mais tarde, foi identificado como sendo parte do tanque de combustível de um foguete Delta II, que havia lançado um satélite da Força Aérea dos Estados Unidos em 1996. Lottie não se feriu com o incidente”
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Detrito_espacial
Exatamente, 1997 como deves imaginar os satelites não era feitos para arderem na reentrada não havia essa preocupação hoje em dia tudo isso já esta acautelado ou achas mesmo que de 1997 para ca devem exister 200 vezes os satelites que havia e não ouves isso todos os dias é claro que pode acontecer com satelites mais antigos que la andam mas agora estamos a falar dos starlinks
Samuel aconcelho te vivamente a ires ler essa historia do ESA e do starlink ahah
1º O starlink estava estava a testar o desorbitar
2º O probabilidade de colisao era minima eles é que decidiram prevenir
Concordo perfeitamente. O problema é quando os primeiros 42000 satélites avariarem e tiverem de ser substituídos. Muito e muito lixo, e esperemos poder estar na nossa vida cá em baixo descansados…
Quando chegarem ao fim de vida são desorbitados e ardem completamnete na reentrada na atmosfera, isto já foi testado
é impossivel ver os satelites a olho nu, uma internet global para todo a partir do espaço pensar que isto é lixo é que é triste
E pode também causar um desastre em cadeia…na minha opinião uma péssima ideia.
E os cabos de fibra ótica cá em baixo, não são lixo? Se alguém tropeçar num deles lá se vai a rede toda abaixo em cadeia.
Debaixo da terra como tropecas?
Se todos pensarmos negativamente o ser humano jamais andara em frente, depois a maior parte das opiniões negativas são todas dadas por pessoas sem grandes conhecimentos cientificos, o que é também o meu caso. O que digo é o seguinte, o Homem precisa de seguir em frente o que se deve pedir aos cientistas e aos investidores associados por detrás deste projetos é que não ponham a ganância do lucro a frente da segurança do PLANETA o mesmo será dizer das segurança dos HUMANOS/NÓS. De resto o desenvolvimento é uma necessidade e um bem a não travar sempre com a preocupação máxima expressa acima.
Não é impossível ver estes satélites a olho nu,eu já os vi.Na minha opinião são lixo espacial.Os astrónomos tem toda a razão.
Tu podes ver quando eles são lançados que estão numa orbita baixa mas dps eles fazem um ‘orbit raise’ e fica impossivel de os ver já há cerca 1000 lá em cima tu achas mesmo que já não andava tudo a ver isto.