Apple responsável pelo colapso nos smartphones premium
O mercado de smartphones tem contraído nos últimos anos. Até aqui, não há surpresas. No entanto, o segmento premium era uma das poucas exceções, mas agora graças à Apple sofreu um revés considerável. Ao mesmo tempo, a OnePlus sobressai, com a Samsung e a Huawei estáveis.
Há várias ilações a serem daqui retiradas, uma delas sendo a aparatosa quebra de 20% na Apple.
É, graças ao seu novo relatório da Counterpoint Research, que podemos apurar o desempenho das fabricantes neste nicho de mercado. Assim, acompanhando o restante mercado, também o segmento premium está em queda acentuada.
A realidade do mercado de smartphones em 2019
Antes de mais, o período em análise é o primeiro trimestre de 2019. Portanto, as vendas entre 1 de janeiro e 31 de março de 2019. É sobre este intervalo de tempo que versam as conclusões da agência. Além disso, a sua pesquisa avalia os smartphones que custam mais de 400 dólares - segmento premium.
Ao propósito evocamos a notícia avançada em setembro de 2018, apontando a prevalência da Apple com 88% das vendas no segmento premium. De igual modo, em janeiro de 2019 avançaríamos uma cobertura similar, mas onde também já versava a Samsung e a Huawei enquanto fabricantes de importância neste setor.
Houve, desde então, uma quebra generalizada das vendas de smartphones Apple. Algo que se sentiu com particular intensidade na China, onde também se espera que essa quota de mercado venha a ser absorvida parcialmente pela Huawei. Em boa verdade, uma realidade que já se vislumbrava em 2018.
A Apple arrastou consigo o segmento premium em 8%
Enquanto parte integrante do mercado global de smartphones, também o segmento premium deverá retomar o crescimento a partir de 2021. Entretanto, 2020 pode trazer novas quebras para a líder do setor, Apple. Ao mesmo tempo, parte desta retoma dever-se-á sobretudo ao 2.º maior mercado mundial, a Índia.
Contamos assim com mais um ano de estagnação, ou quebra, seguido pelos primeiros sinais de retoma. Há também sinais positivos vindos da região MEA (médio oriente e África). Tudo isto para retratar o estado atual do mercado global de dispositivos móveis, bem como as estimativas para o futuro.
The #smartphone market, which is still reeling under the first ever annual decline in 2018, is poised to grow in the emerging markets, a new report by Counterpoint Research said on June 14. pic.twitter.com/kNwIbMURoY
— IANS Tweets (@ians_india) June 14, 2019
Ainda de acordo com as várias agências de análise de mercado, existem vários fatores para esta quebra generalizada. Entre eles, temos o aumento da durabilidade e vida útil dos smartphones. Ao mesmo tempo, cada nova geração acrescenta menos inovação e diferenças face à anterior, ao passo que o seu preço vai aumentado.
A realidade do segmento premium no 1.º trimestre de 2019
Atentando agora nesta faixa de mercado - superior a 400 dólares - temos constatações peculiares. Aquele que era um dos segmentos em maior crescimento, foi agora arrastado para uma queda de 8% no volume de smartphones vendidos. De acordo com a Counterpoint a principal culpada foi a norte-americana Apple.
Com efeito, a empresa de Tim Cook registou uma aparatosa quebra de 20% no volume de vendas. Face ao trimestre anterior, é uma queda preocupante nas vendas de iPhones, sobretudo quando há uma nova geração de produtos no mercado, neste caso, os iPhones apresentados em setembro de 2018.
Ainda que a Apple continue a ser a líder isolada no segmento de smartphones premium, a sua quota foi assim fortemente abalada. No entanto, continuamos a ver exatamente as mesmas três figuras dominantes, Apple (47%), Samsung (25%) e Huawei (16%) em primeiro, segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Apple, Samsung e Huawei representam o Top 3
Somando as respetivas quotas de mercado temos uns abismais 88%, mostrando a oligarquia destes três poderosos nomes da indústria. O (pouco) que sobre está a ser agregado sobretudo pela OnePlus, com a Google a fazer finalmente uma aparição nesta tabela. Os demais 8% estão distribuídos entre as restantes marcas.
Importa ainda frisar que a Samsung acabou 2018 com 22% deste mercado, ao passo que a Huawei acabou o mesmo ano com 10%. Assim sendo, ambas as fabricantes cresceriam consideravelmente, ao passo que a rival norte-americana contraiu severamente, ainda que tal já fosse previsível.
Acima temos os dados alusivos a todo o ano de 2018 no mesmo segmento de mercado. A partir daí verificamos a tendência de queda que já vinha a assolar a Apple. Algo que se tornou ainda mais evidente neste último trimestre, para gáudio da Samsung, Huawei, OnePlus e também da Google.
A popularidade dos Samsung Galaxy S10 e as câmaras da Huawei
O crescimento da Samsung no segmento de topo deve-se sobretudo à popularidade da nova e tripartida gama Samsung Galaxy S10. Aí, com três novos smartphones Android, todos eles integrando o segmento premium, mas com um novo design e caraterísticas mais atraentes, estão a conquistar os consumidores.
Por sua vez, a Huawei conseguiu mais uma importante vitória, mas talvez a último num futuro próximo. A fabricante chinesa conquistou os consumidores com as suas câmaras fotográficas e respetivos smartphones que as acompanham. No entanto, o futuro será recheado de desafios, tal como a própria já o admitiu.
"@Apple’s shipments fell 20% year-on-year in Q1 2019, resulting in an 8% YoY decline for the global premium segment" @varun_m01
Read the full blog at: https://t.co/odThJcJD13@SamsungMobile @HuaweiMobile @oneplus #smartphones #technews #technology pic.twitter.com/nPdtRS6Ccu
— Counterpoint (@CounterPointTR) June 19, 2019
Enquanto isso, há cada vez mais espaço (e vontade), da OnePlus em captar o segmento premium. A fabricante chinesa é já uma presença assídua neste mercado, sendo extremamente popular na Índia. Já, por outro lado, temos visto a empresa a colocar-se como alternativa de topo na Europa e também nos Estados Unidos.
A OnePlus está em forte crescendo na Índia e nos EUA
O sucesso já verificado na Índia está agora a ser replicado no 3.º maior mercado mundial de smartphones, os EUA. Aí, a OnePlus está já em quarto lugar no mercado norte-americano, logo atrás da Google. Já entre as causas do seu sucesso está o preço acessível dos seus smartphones Android topo de gama.
De igual modo, a OnePlus está a destacar-se no mercado global de smartphones premium. Aí, de acordo com os novos dados da Counterpoint, a fabricante tem já uma quota de 2%. Ao propósito, vemos em seguida a popularidade de cada fabricante nas principais regiões e mercados globais de smartphones.
Veja-se ainda que durante o período em questão, o primeiro trimestre de 2019, a OnePlus só tinha um smartphone no mercado. Assim, este sucesso deve-se sobretudo ao OnePlus 6T, a ligeira iteração do OnePlus 6 lançado em junho do ano transato. Nos próximos meses veremos o impacto dos novos OnePlus 7 e 7 Pro.
Qual seria a sua escolha para um novo smartphone topo de gama em 2019?
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Conterpoint Research
Neste artigo: Apple, Huawei, OnePlus, samsung, smartphones
Apple nao sabe fazer iphones ainda por cima com preços absurdos
se eles não sabes ninguém sabe já ninguém mais produz iphones 😉
Oh jorze vai apanhar morangos, que isso passa.
Eu falo por mim, tenho um iPhone 8 Plus e não sinto necessidade nenhuma de fazer upgrade para qualquer um dos modelos mais recentes. Se mais utilizadores pensarem o mesmo tendo em conta que o software é o mesmo praticamente talvez isso também explique a queda de vendas. Mas isto claro é só a minha opinião, não sou nenhum especialista neste tipo de analises 😀
Tenho um Iphone 8 Plus também, e penso exatamente da mesma forma, não acho que justifica-se o upgrade, estou muito contente com este e faz tudo aquilo que eu preciso.
É isso mesmo que está a suceder, muitos dos clientes estão a ficar mais tempo com o seu iPhone, ao invés de trocar todos os anos, coisa que até há bem pouco tempo sucedia.
Também diguemos que os preços actuais fazem pensar duas vezes.
A questão é porquê?
Se Apple é a líder de mercado, se a Apple vende menos porque o interesse é menor, é óbvio que o mercado global iria retrair-se.
Se até há 2 ou 3 anos atrás uma maioria de utilizadores exclusivos da marca trocavam de iPhone todos os anos, hoje em dia isso já não está a acontecer – conheço alguns que eram dos que iam comprar um novo iphone assim que ficava disponível mas que deixaram de o fazer nestas versões mais recentes.
Já não existe aquela loucura às portas das Apple Stores no dia do lançamento do novo iPhone.
Estes clientes, por outro lado, não trocam de marca, por isso não há migração de quota de mercado para outras marcas (tirando na China, mas o motivo é diferente).
Também curioso são os países onde a Apple é lider de mercado…
A Apple era a maior quando tinha telemóveis diferente e á distancia conseguiam ver que era um Iphone que para o status é ótimo agora o iphone é praticamente igual a qualquer telefone de 100€ e já ninguém vais gastar 1000€ para ninguém conseguir distinguir que tem um iphone.
Estás todo abafarido desses olhos…
Lá vem a conversa dos garotos do Status, mas desde quando é que um dispositivo ou bem confere status? Cresçam, os vossos gostos e necessidades são diferentes dos outros.
E já agora gostei dessa piada, o iphone é o mesmo que um telemóvel de 100€, o mesmo podemos aplicar ao topos da Xiaomi, Samsung, Huawei, One plus one…
A apple chegou a ter coisas que justificavam o preço. agora não tem nenhuma
Nem sei como estão abertos, deviam fechar a tasca
Está tudo explicado neste parágrafo… (já que quase ninguém se dá ao trabalho de ler o artigo):
“Ainda de acordo com as várias agências de análise de mercado, existem vários fatores para esta quebra generalizada. Entre eles, temos o aumento da durabilidade e vida útil dos smartphones. Ao mesmo tempo, cada nova geração acrescenta menos inovação e diferenças face à anterior, ao passo que o seu preço vai aumentado.”
mas isso é assim em tudo o que é tecnologia. chega a um ponto em que os acréscimos/melhoramentos são marginais e depois, eventualmente, dá-se uma inovação radical e reinicia-se o ciclo.
nos smartphones, não tem havido ninguém com uma invenção radical desde que a apple lançou os primeiros iphones
“não tem havido ninguém com uma invenção radical desde que a apple lançou os primeiros iphones”
Deves ter estado na prisão nestes últimos anos e sem internet ou contacto com o exterior…
Então para ti desde o primeiro ecrã LCD e resolução SD com câmara muito fraca até aos AMOLED QHD+ sem bordas, leitores de impressão digital no ecrã, câmaras 4K e ultra wide e até modo desktop DeX … não houve uma invenção radical? Bem, a verdade é que todos fazem chamadas e recebem SMS…
Olha um cliente Samsung.
eheheh, essa foi para rir.
Ja agora…consideras o Face ID da apple inovador?
Eu não, essa cópia descarada do face proveniente do Andróide.
O horror, a tragédia …
No segmento premium, acima dos 400 USD (há um premium premium, acima dos 800 USD) a Apple baixou a quota de mercado de 51% para 47% – porque o prazo médio para a compra de um novo iPhone passou de 2 para 3 anos.
Mas, em rigor, se a Apple praticamente só vende iPhones a partir de 800 USD, andar a fazer contas a partir de 400 USD não diz grande coisa.
tens a certeza que so vende apartir dos 800 USD?
Claro que tem, não se vê logo que ele é especialista.
Claro que, pela lógica dele, a queda de 20% foi, praticamente, também só a partir dos 800 USD…
Mas, pronto, deve ter sido só porque o pessoal usa os equipamentos por mais tempo….
É o que diz a fonte do post:
“According to our analysis, the trend of users holding onto their iPhones for longer has affected Apple’s shipments. The replacement cycle for iPhones has grown to over three years, on an average, from two years.”
Não vejo nenhuma novidade, todos os mercados são assim. A democratização da tecnologia faz os premium perderem peso, foi assim nos computadores, foi assim nos primeiros telemóveis, e é assim nos smartphone. É o mercado.
Tenho o iphone SE atualizado, e enquanto funcionar nao compro outro telefone, hoje nem a apple, nem samsung nem huawei justificam os preços, altissimos que praticam, cada um compra o que gosta.
A OnePlus é que por este andar não vai longe. Os preços já começam a roçar o exorbitante. Este OnePlus 7 Pro de acessível nada tem. Eles agora lançaram este 7 Pro para testar as águas, se a receptividade dos consumidores for boa, já não teremos porventura um OnePlus 8, apenas o 8 Pro.
“colapso nos smartphones premium”? uma quebra de 8% é um colapso?
Note-se que a Apple é a marca líder neste setor. Logo, ao registar uma quebra de 20% acabou por arrastar consigo todo o segmento, tendo este caído 8%.
A Apple a muito que deixou de evoluir e não justifica pagar mais por um produto que não acrescenta nada nos novos modelos a desculpa que usam para aumentar o preço é sempre o processador que é bionico na maneira como saca o dinheiro da carteira.
Nem a apple, nem a samsung nem mesmo a huawei, justificam os preços, eu das 3 marcas prefiro a apple somente pela assistência pôs venda, que nenhuma das outras 2 têm, eu mandei mudar a bataria a um iPhone 4s porque a bataria inchou, e ele me deram 1 iPhone 4s novo, agora digam-me qual marca faz isso, outra coisa também compro apple porque moro em um país que me permite isso caso contrario teria de comprar uma outra marca mais barata, ou até mesmo o mais barato do mercado.
Decidi mudar de marca, após praticamente 5 anos “fiel” à oneplus com um X e um 3T, e tendo anteriormente tido um galaxy nexus e um iPhone 4. A Huawei conquistou-me exactamente pelo lado que atrai muita gente, a fotografia sem descurar o potencial do próprio telemóvel. O mate 20 Pro é pela primeira vez um telemóvel que a sua bateria me dura perfeitamente para 2 dias da minha utilização normal. Mas o tema aqui é apple e a mesma anda a dar “arroz” aos seus fiéis desde o iPhone 6, o ios não tem por onde esticar e o design também acompanha a mesma tendência. Enquanto que o marketing funcionar e o status criado por se ter um também, a ver vamos se esta quota de mercado se mantém ou se vamos ver um crescimento de marcas que estão bem atentas aos conselhos e desejos dos seus consumidores.