Huawei terá encontrado a forma certa para contornar as sanções dos EUA nos smartphones
A guerra comercial entra a China e os EUA tem feito muitas vítimas, entre elas a Huawei. Este não é um tema nova e a marca parece ter ultrapassado o problema, com o seu ecossistema. Mesmo assim, não desistiu de manter a sua posição no mercado.
Claro que para isso precisa de ter acesso a muitos componentes, que até agora parecem barrados. A Huawei terá agora em curso mais uma ação, que poderá ultrapassar todas as limitações impostas pelos EUA e assim voltar em força ao mercado dos smartphones.
Mais do que os serviços da Google e de outros parceiros, a Huawei tem alguma dependência do mercado de componentes. Este foi um dos pontos do ataque dos EUA à marca e uma das formas encontradas para limitar a sua presença no mercado dos smartphones.
Se no primeiro caso tudo ficou resolvido com o HarmonyOS e o seu ecossistema de serviços e apps, no caso dos componentes é diferente. A Huawei chega ao ponto de se adaptar internamente para poder oferecer novas propostas, em especial no mercado de smartphones, como se espera que aconteça com os SoC Snapdragon.
Para conseguir contornar todas estas limitações, a Huawei poderá em breve dar um passo para contornar as sanções dos EUA nos smartphones. O que é avançado é que a marca irá licenciar parte da sua marca para outras empresas, que assim chegariam ao mercado sem limitações.
Este primeiro passo seria da com a parte de design dos smartphones e garantiriam o acesso aos componentes-chave. Por agora o plano parece focar-se na empresa Xnova, que pertence à China Postal and Telecommunications Appliances. Seria esta a ir ao mercado procurar comprar todos os diferentes elementos.
Há ainda relatos que a TD Tech Ltd. irá ter o mesmo tratamento, mas neste caso irá vender os smartphones com uma marca própria. Estes diferentes modelos de negócio vão ser adaptados a cada parceiro e assim encontrar a forma mais simples de garantir que os EUA não bloqueiam o acesso aos componentes.
Poderá não ser a forma mais brilhante de conseguir ultrapassar este problema, mas garante à Huawei uma maneira de se manter no mercado dos smartphones. É também uma garantia de que esta área voltaria a ser rentável para a marca, depois de terem vendido a Honor.
Este artigo tem mais de um ano
A questão EUA /Huawei / China não começou com os smartphones e vai além da guerra comercial.
A Huawei foi colocada na lista negra dos EUA por razões de segurança nacional – por ser líder mundial em redes de comunicações e na tecnologia 5G. Estendeu-se aos smartphones (como a proibição da Qualcomm fornecer modems e a Google disponibilizar os “serviços Google”) pelo primeiro motivo e, também, é certo, pela guerra comercial.
O bloqueio à Huawei nunca foi total, até há poucos dias. No que é sensível – a tecnologia para redes de comunicações, os operadores de comunicações estavam autorizados a comprar equipamentos da Huawei – desde que não houvesse dinheiro do estado envolvido (ou seja, eram as operadoras que pagavam). Joe Biden acabou com isso – a agência federal que certifica os equipamentos de comunicações deixou de poder certificar produtos da Huawei, logo, deixaram de poder ser usados.
Quanto aos smartphones, a Huawei vendeu parte do seu negócio, que originou a Honor. Não tem tido problemas de bloqueio de fornecimento de hardware e de software. As empresas a quem a Huawei licencie a sua tecnologia também não devem ter.
P.S. De vez em quando lê-se que “Isto foi tudo para proteger a Apple! Quando a Xiaomi for líder mundial no mercado dos smartphone, os EUA vão fazer o mesmo!”. Não creio que tenha sido. Os smartphones da Huawei foram apanhados por arrasto.
Concordo consigo, mas a coincidência de os telefones terem entrado no rol das proibições logo a seguir a ter ultrapassado a Apple deixa espaço para esta interpretação.
Concordo também, foi o 5G, mas Apple também está envolvida no 5G. Quem pega a maior parte da informação são nos telefones.
Creio que mais tarde ou mais cedo a China vai responder na mesma moeda e vai criar obstáculos aos negócios de empresas americanas na China, seja em termos de comercialização seja no recurso aos meios de produção e aí sim vamos ter guerra (pelo menos comercial). Provavelmente tb vai afetar primeiro algumas (poucas) empresas americanas e depois vai escalando…tal e qual os EUA. Para já a Huawei é um preço menor para a China se manter no mercado global, mas um dia o preço vai ser alto e a China vai ripostar, não haja dúvidas.
A China já faz isso há vários anos!! O YouTube’ , Instagram, WhatsApp, Twiter, Netflix, Uber, entre outras mais , estão proibidas na China!! Durante muito tempo, as consolas de jogos , estiveram proibidas na China. Ainda hoje existe censura, vários jogos estão proibidos na China, até o Fortinite foi proibido na China. A China é uma ditadura , onde o partido comunista chinês controla todas empresas/ bancos. Prática um capitalismo de estado, onde o governo da apoios, subsídios as empresas, para assim ganharem quota de mercado. Tens o exemplo dos smartphones, entre as 10 maiores empresas, 8 são chinesas!!
Como disse e bem a China proíbe algumas aplicações/empresas de operar na China mas nunca limitou nenhuma empresa Americana de operar livremente no resto no mundo, o que é bem diferente do que os USA estão a fazer á Huawei. Devido ás sanções dos USA esta deixou de poder concorrer no resto do mundo pois não tem acesso a componentes/software essencial para a construção dos Smartphones. Na minha opinião isto só tem um nome Concorrência desleal… E não, não gosto da China mas acho que empresas como a Huawei fazem falta ao mercado pois tem qualidade e a concorrência promove o desenvolvimento de tecnologias e só favorece o consumidor.
Dito isto, acho que os USA podiam proibir a Huawei de entrar no mercado Americano pois estão no seu direito mas nunca limitar a Huawei de funcionar noutros mercados, como por exemplo a Europa.
A infeliz conclusão a que chegamos com esta guerra USA/Huawei é que os USA podem e vão matar qualquer empresa que lhes faça frente a nível tecnológico, a mim como Europeu isto incomoda-me bastante.