China alega já ter atingido o seu objetivo de energia limpa previsto para 2030
Apesar de ser o maior poluidor do mundo, a China alega ter atingido o seu objetivo em matéria de energia limpa seis anos antes do previsto.
Em 2020, o Presidente da China Xi Jinping estabeleceu o objetivo de ter pelo menos 1200 gigawatts de fontes de energia limpa até ao final da década. Um relatório de 2 de julho da Climate Energy Finance (CEF), sobre o qual falámos anteriormente, indicava que o país estava perto de atingir o seu objetivo naquele mês.
Agora, numa nova declaração, citada pela Bloomberg, a Administração Nacional de Energia da China afirma que o país atingiu os 1206 gigawatts, graças aos gigawatts de turbinas e painéis instalados no mês passado, informa a Bloomberg.
Enquanto maior poluidor do mundo, que produz cerca de 12,7 toneladas métricas de emissões anuais, segundo o The New York Times, este é um marco importante para a China, que estará a gastar mais em energia limpa do que qualquer outro país.
Apesar da boa notícia, o caminho prevê-se longo...
No final de julho, a capacidade acumulada de geração de energia instalada do país era de aproximadamente 3,10 mil milhões de quilowatts, um aumento anual de 14,0%.
Entre eles, a capacidade instalada de geração de energia solar é de aproximadamente 740 milhões de quilowatts, um aumento anual de 49,8%; a capacidade instalada de energia eólica é de aproximadamente 470 milhões de quilowatts, um aumento anual de 19,8%.
Dizem as estatísticas da indústria energética de janeiro a julho divulgadas pela Administração Nacional de Energia da China (tradução livre de fonte chinesa).
Num exemplo de compromisso com a tarefa de "esverdear" a sua atividade, em junho, foi anunciado que a empresa estatal China Three Gorges Renewables Group irá investir cerca de 11 mil milhões de dólares numa base que utilizará energia solar, eólica e carvão para produzir eletricidade. A central será construída na Mongólia Interior e terá 135 gigawatts dos 435 gigawatts que a China dedicou a projetos no deserto até 2030.