Fonte de energia limpa poderá alimentar a Terra durante 170.000 anos
A energia é cada vez mais o calcanhar de Aquiles do nosso planeta. Na procura de solucionar o problema, os cientistas acreditam que existe uma fonte escondida de energia limpa que poderá alimentar a Terra durante 170.000 anos — e já descobriram a “receita” para a encontrar.
Onde está o hidrogénio que poderá alimentar a humanidade durante 170.000 anos?
Investigadores compilaram uma lista de “ingredientes” que poderá ajudar as empresas de prospeção de recursos a localizar enormes reservatórios de hidrogénio limpo, um elemento crucial na transição energética para longe dos combustíveis fósseis.
Avanços recentes sugerem que existem reservatórios de hidrogénio enterrados em inúmeras regiões do mundo, incluindo pelo menos 30 estados nos EUA.
Encontrar esses reservatórios poderá acelerar a transição energética global, mas até agora os geólogos tinham apenas uma compreensão fragmentada de como se formam grandes acumulações de hidrogénio — e onde as encontrar.
O objetivo agora é descobrir onde foi libertado, acumulado e preservado.
Afirmou Chris Ballentine, professor do departamento de geoquímica da Universidade de Oxford.
O novo artigo de Ballentine começa a responder a estas questões. Segundo os autores, a crosta terrestre produziu hidrogénio suficiente ao longo dos últimos mil milhões de anos para satisfazer as atuais necessidades energéticas da humanidade durante 170.000 anos. O que ainda não se sabe é quanto desse hidrogénio poderá ser efetivamente acessível e economicamente extraível.
Na nova revisão, publicada na terça-feira (13 de maio) na revista Nature Reviews Earth and Environment, os investigadores elaboraram uma lista de “ingredientes” — condições geológicas que estimulam a criação e acumulação de gás hidrogénio natural no subsolo — o que facilitará a procura de reservatórios.
Energia limpa eterna: onde está escondida?
Reservatórios naturais de hidrogénio necessitam de três elementos fundamentais: uma fonte de hidrogénio, rochas-reservatório e selos naturais que mantenham o gás retido no subsolo.
Existem cerca de uma dúzia de processos naturais capazes de produzir hidrogénio, sendo o mais simples uma reação química que separa a água em hidrogénio e oxigénio — e qualquer tipo de rocha onde ocorra pelo menos um destes processos pode ser uma fonte potencial, segundo refere Ballentine.
Um local que está a gerar bastante interesse é o Kansas, onde uma formação chamada rift continental médio, formada há cerca de mil milhões de anos, criou uma enorme acumulação de rochas (principalmente basaltos) que podem reagir com a água para formar hidrogénio. Neste momento, procuram-se estruturas geológicas que possam ter retido o hidrogénio aí gerado.
Explicou Ballentine.
Com base no conhecimento sobre a libertação de outros gases subterrâneos, os autores sugerem que o stress tectónico e o fluxo térmico elevado poderão libertar hidrogénio nas profundezas da crosta terrestre.
Isto ajuda a trazer o hidrogénio para perto da superfície, onde pode acumular-se e tornar-se um recurso comercial.
Disse Ballentine.

Hidrogénio natural libertado naturalmente à superfície da Terra a partir de águas subterrâneas em rochas do Escudo Canadiano. Crédito da fotografia: Laboratório de Isótopos Estáveis da Universidade de Toronto
Albânia levantou o véu destes esconderijos
Na crosta terrestre, uma variedade de contextos geológicos comuns pode ser promissora, segundo a revisão. Exemplos incluem complexos de ofiolitos, grandes províncias ígneas e cinturões verdes arqueanos.
Ofiolitos são fragmentos da crosta terrestre e do manto superior que antes estavam sob os oceanos e foram mais tarde empurrados para terra. Em 2024, investigadores descobriram um enorme reservatório de hidrogénio num complexo de ofiolitos na Albânia.
Rochas ígneas são formações solidificadas a partir de magma ou lava, e os cinturões verdes arqueanos são formações com até 4 mil milhões de anos, caracterizadas por minerais como clorite e actinolite.
As condições discutidas no artigo constituem os “princípios fundamentais” para a exploração de hidrogénio, disse Jon Gluyas, coautor do estudo e professor de geoenergia, captura de carbono e armazenamento na Universidade de Durham, no Reino Unido.
A investigação identifica os principais elementos que as empresas devem considerar ao desenvolver as suas estratégias de prospeção, incluindo os processos pelos quais o hidrogénio pode migrar ou ser destruído no subsolo.
Será o hidrogénio a energia limpa do futuro?
O hidrogénio é usado na produção de compostos químicos industriais essenciais, como o metanol e a amónia (presente na maioria dos fertilizantes). Pode também ajudar na transição energética, pois pode alimentar carros e centrais elétricas.
Contudo, o hidrogénio atual é geralmente produzido a partir de hidrocarbonetos, o que implica elevadas emissões de carbono. Já o hidrogénio “limpo” proveniente de reservatórios naturais tem uma pegada de carbono muito menor, por ocorrer de forma natural.
A crosta terrestre produz hidrogénio em abundância.
Concluiu Ballentine.
Agora é uma questão de seguir a lista de ingredientes para o encontrar.
A Rússia vai invadir a Geórgia e limpar-lhes a energia.
onde andará o JL, se ele vê isto vai fazer como o RFK
Então porque ? E energia que não se sabe onde está? Boa. Lool
Não se preocupe que qd for preciso ela aparece.
Então agora não é precisa ?
Hm 170.000 anos não sei se é tempo suficiente para ganharmos juízo, um piscar de olho no tempo cosmico, parece-me demasiado optimista, depois voltamos à destruição novamente!
Tou com gases de hidrogénio preciso ligar para o 112.
Doi-me a barriga, vou por um penso.
Tenho as minhas dúvidas sobre o que os cientistas apelidam de “depósitos”.
Se for em forma líquida ou gasosa, o processo de extração será caro e complicado. Seria sem dúvida excelente se fosse encontrado em forma sólida, mas para isso tinha de estar sobre a pressão de 47 milhões de PSI, ou 325-gigapascals, e obviamente que este tipo de pressão (pelo que sei) não existe na crosta terrestre ou mesmo no núcleo do planeta.
Não passa de uma teoria.
É que se gastarem 6500000 milhões de biliões, de euros, para produzir 10000 milhões, de euros, de energia eléctrica, só ao fim de 240 milhões de anos, se torna proveitoso, economicamente. Se só há reservas para 170000 anos, podem ver o desfasamento.
Foi como em 1961, quando cientistas, dos EUA, validaram as reservas de Helium-3, na Lua. Foi, por isso, que Kennedy, quis chegar lá, o mais depressa possível. Só que, depois de vários testes “secretos”, descobriram que minar aquele elemento, trazer para a Terra e usar, ficaria 500000000000000000000 vezes, mais caro, além dos riscos, de cada transporte.
Ah bom, já estou mais descansado, afinal os milhões e zeros infinitos já voltaram.
Já agora o Hélio 3 foi descoberto em em 2020 pelos chineses durante a missão lunar não tripulada Chang’e-5.
Olha … mais um estudo claramente encomendado…
Vamos esquecer que o hidrogénio é extremamente volátil…
Vamos esquecer que este é dos elementos mais simples, onde os swus átomos atravessam tudo dificultando o armazenamento e transporte em mais de 20x que os combustíveis convencionais…
Vamos ignorar que este precisa de ser comprimido e refrigerado senão temos verdadeira bombas relógio nas ruas …
E vamos esquecer a física básica onde a combustão do hidrogénio provoca 20X mais NOX que o gas natural …(nem são os gases que realmente matam nem nada …)
Vamos esquecer o básico da fisica, onde mesmo num processo perfeito apenas obtemos um rendimento de 70% de conversao para energia eléctrica… Perfeito = 70% …
Estes estudos encomendados há 20 anos que são milagrosos… mas nada de realidades…
https://pt.pinterest.com/pin/360921357640027644/?oe=1&source=samsung_camera
Não estás correto. Até porque os estudos de há 20 anos estão agora em utilização. Por exemplo, Inteligência Artificial e Machine Learning. Foram publicados estudos entre 2000 e 2005 que previam redes neurais profundas (deep learning) e a aplicação de algoritmos em larga escala. Ah e tal estudos encomendados, diziam na altura. E Hoje?
Hoje, sistemas como o ChatGPT, carros autónomos, recomendações da Netflix, diagnósticos médicos assistidos por IA são uma realidade e acessíveis a qualquer pessoa.
Mas calma… e sobre energia, este assunto é sobre energia, há 20 anos havia alguma coisa em estudo que hoje seja uma realidade?
Claro. Vamos então falar de energias renováveis e sustentabilidade. Como não te deves lembrar, estudos feitos entre 2000 e 2005 alertavam para o esgotamento dos combustíveis fósseis e as alterações climáticas. Hoje, como sabes, a energia solar e eólica estão massificadas, carros elétricos em larga escala, políticas de descarbonização em vigor, entre outras “realidades”. 😉
Há também um estudo sobre a IoT. Sim, foi um estudo há 20 anos. Genética e terapias personalizadas, medicina digital e telemedicina… foi há 20 anos.
Confessa, não pensaste bem e comentaste sem nexo, verdade?