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Tesla Model 3 obrigados a reduzir a autonomia por culpa do sistema de entretenimento

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Simões


  1. André R. says:

    Mas que raio de sistema de entretenimento é esse que não deixa um gajo chegar ao destino? Isso é alguma discoteca ambulante?
    O objectivo destes carros não é a eficiência?

    • Há cada gajo says:

      Eficiência ??? Objectivo ? Essa é para rir.

    • Vasco says:

      Vivemos numa época em que o show-off conta demasiado. No passado qualquer engenheiro teria provavelmente a palavra final e cortaria o item sistema de entretenimento se ele afectasse significativamente a autonomia. Actualmente o tipo do marketing diz que tem que ser mesmo assim, pois é um argumento de venda, e o comercial preocupado essencialmente com o prémio de venda dá a palmadinhas nas costas. Não é por acaso que nas gamas dos produtos acessíveis a qualidade e a durabilidade final tem vindo a ser cada vez mais sacrificada. Eu tenho em casa uma máquina de lavar roupa que não faz pi-pi-pi nem tem ecrã OLED mas que lava a roupa desde os anos 70… Funciona à 51 anos!

      • Amilcar Alho says:

        Só o facto de não ter pi-pi, era já uma forte razão para a trocar…!!!!! 😀 😀 😀 😀

      • Louro says:

        @Vasco,
        Portanto estás a tentar dizer que tens uma máquina de lavar roupa com 51 anos que tem menos funcionalidade e na realidade para os standards de hoje é extremamente ineficiente no que diz respeito a energia.

        Se fizeres as contas a energia eletrica extra que já gastaste nesses 51 anos, daria para comprar pelo menos mais 30 máquinas novas, mais eficientes e com muito mais funcionalidade, mas…claro, depois nao podias dizer “tenho um trambolho ineficiente em casa que funciona há 51 anos e estou muito orgulhoso disso”.

        Para teres uma pequena ideia, na empresa onde trabalho, há uns anos atrás mudamos a iluminacao toda de lampadas de halogéneo para LED no edificio todo, muitas delas provavelmente já a funcionar há mais de 20 anos, nisso tudo gastamos cerca de £70000, a diferenca da conta de eletrecidade pagou isso em 4 meses e desde entao estamos a recolher os lucros da mudanca.

        😉

        • mlopes says:

          o que le está a dizer é que se está a borrifar para as funcionalidades, tal como muitos de nós.
          na realidade, muitas das funcionalidades incorporadas em equipamentos não deixam de ser meros chamariz de marketing sem qualquer utilidade prática efetiva quando o fator novidade passa. pior, muitas delas são exatamente isso e ao mesmo tempo fruto de um processo de marketing que visou criar a necessidade no consumidor.
          claro que tudo isto funciona na perfeição na mente dos mais consumistas que acham que não podem passar sem um pintelhice e que a sua vida depende disso depois de a necessidade lhes ter sido implantada por marketing altamente especializado e agressivo do ponto de vista psicológico.
          os menos consumistas e mais conscientes ficam possessos e frustrados por essas coisas lhes serem impingidas à força e, na maioria das vezes não terem hipótese alguma de as removerem de um produto.
          um exemplo simple, assistente virtual: é uma “funcionalidade” que está a invadir o mercado ao ponto de qualquer dia não ser possível arranjar imensos modelos sem essa “funcionalidade” incorporada. a verdade é que para muitos de nós isso é não só absolutamente inútil e ridículo como nos recusamos a ter em casa seja que produto for com uma assistente virtual incorporada. eventualmente vai chegar ao ponto de não conseguirmos comprar nada ou termos que gramar à força com algo que não queremos e pelo qual temos que pagar.
          ainda voltando ao caso da tesla: pessoalmente, para além de um sistema de som, não quero um sistema de entertenimento num carro para nada e acho a sua existência tão ridícula e absurda que nem consigo explicar. mas para ter um tesla tenho que levar com isso e pagar.
          ao ritmo que as coisas andam, hoje com a tesla amanhã com todos os outros carros.
          podia ao menos ser opção!

          • Louro says:

            @mlopes,
            Primeiro nao sou consumista, todas as compras que faco sao focadas na funcionalidade vs proveito vs preco mas também há uma coisa que nao faco, é dizer mal só porque sim e portanto achar que o meu fiat 500 de 1970 é a melhor coisa que anda nas estradas (nada contra quem tem um fiat 500 desse ano, bom clássico) e é daí o meu comentário.

            O user em questao, está a gabar que tem uma máquina de lavar que nao faz pipipi, que já tem 50 anos e que ainda trabalha, como se essa máquina de lavar fosse a melhor coisa que existisse e que as outras mais recentes nao tem qualquer tipo de mais valia.

            Eu concordo que haverá maquinas de lavar com funcionalidades que nao serao utilizadas pelos seus utilizadores, no entanto há que ver as diferencas como um todo e a principal diferenca como disse acima é mesmo o consumo energetico que é o que mais pesa na carteira.
            Equipamentos mais novos, tem consumos energeticos muito mais baixos e nao tenho a mais pequena duvida que no caso que ele mensionou a diferenca ande bem acima dos 70%, portanto é fazer as contas.

            Na questao dos carros, em especifico da Tesla.
            Todos os carros hoje em dia estao munidos com tecnologia, especialmente os “topo de gama”, na verdade é algo que nao foi a Tesla que inventou, já é algo bem mais antigo.
            Um exemplo em 2004 tive um Saab 93, tinha GPS, Telefone integrado, acesso a internet (via wap claro), quase tudo era controlado pelo sistema de entretendimento e por aí fora, havia os que ainda eram mais avancados e mais coisas tinham.
            Ainda no caso da Tesla, e como proprietário de dois, cada vez que tenho de pegar num carro qualquer de outra marca já com alguns anos parece que regredi no tempo e secalhar quando comprei o primeiro em 2014 também achava que muitas das coisas que o carro tinha eram paneleirices, paneleirices essas que hoje me fazem toda a diferenca.

            Nao queres?Tens o direito de nao comprar é óbvio, nao queres uma assistente virtual, nao compres, se tiveres de comprar algum equipamento com a funcionalidade és livre de nao usar, portanto nao percebo o problema.

            Sobre o sistema de entretendimento da Tesla, tal como disse acima, podes sempre nao usar as funcionalidades, estao lá para o caso de as quereres, se mesmo assim nao quiseres comprar algo com um sistema de entretendimento tao avancado, podes sempre comprar um fiat 500 de 1970 ou equivalente.

            Bons km.

          • mlopes says:

            @Louro não falei sequer da parte da eficiência energética porque isso é tão óbvio que nem vale a pena ser mencionado novamente e já o tinhas feito.
            agora há uma coisa que claramente não percebeste no que que escrevi tanto que acabas a dizer e cito “Nao queres?Tens o direito de nao comprar é óbvio, nao queres uma assistente virtual, nao compres, se tiveres de comprar algum equipamento com a funcionalidade és livre de nao usar, portanto nao percebo o problema.”
            pois o problema é mesmo esse, é que estamos a chegar a um ponto onde as funcionalidades inúteis para muitos e apenas importantes para muitos outros fruto daquilo que eu chamei de marketing psicologicamente muito agressivo e de criação de necessidades invadem tudo o que é produto impossibilitando alguém de os comprar sem que as possa escolher ter ou não.
            a questão dos assistente virtuais foi penas um exemplo mas que é super pertinente. repara que dizes “se tiveres de comprar algum equipamento com a funcionalidade és livre de nao usar”. pois mas é questão é que eu não quero sequer essa essa funcionalidade nos produtos porque sei que desativá-la não resolve nada! são conhecidos vários casos em que mesmo com essa funcionalidade desativada as marcas que os vendiam escutavam e gravavam as conversas dos seus clientes e até as colocavam a ser analisadas por pessoas. e esses casos são apenas o que se sabe. imagina o que não se sabe.
            mas das assistentes virtuais extrapola para muito mais coisas.
            podes não te considerar consumista e não te conhecendo não posso dizer se és ou não mas uma coisa é um facto: sempre que cedemos a uma necessidade que não tínhamos e nos foi implantada por técnicas de marketing altamente sofisticadas e agressivas estamos a ser manipulados e transformados em consumistas. quer gostes ou não a realidade é essa porque isso é necessário ao modelo de crescimento vigente e que fomos ensinados a aceitar como o único viável e até democrático e justo. é óbvio que isto é trata mas olha à tua volta, fala com as pessoas que conheces e não conheces e vê se não é exatamente isto que se passa. na europa e nos eua a maioria vive assim e acredita que assim é que está bem e que esta é a melhor das alternativas.
            repara que ainda hoje, décadas depois de se ter provado o contrário, se continua a usar o pib como medida de desenvolvimento e riqueza e as pessoas continuam a engolir essa estupidez como uma verdade e, pior ainda, a defendê-la…

        • Vasco says:

          Acho que respondi fora da thread! Cumprimentos.

    • says:

      Mas tu queres viajar até ao destino ou queres viajar até ao destino com style?
      O importante não é o destino mas a viagem até ele.

    • José Carlos da Silva says:

      Sistema de entretenimento = computador de bordo que controla tudo no carro.

      Não sei porque é chamado “sistema de entretenimento”, quando o objectivo primário daquele sistema não é “entreter”, mas pronto…

    • Louro says:

      Nao sei se te vou dar uma novidade, mas tudo o que tens ligado no teu carro ICE faz com que o mesmo consuma energia e portanto baixe a autonomia da mesma.

    • Ricardo Gomes says:

      Não deixa chegar ao destino??? LOOOL…mas tu sabes sequer como funciona um electrico?

  2. Vasco says:

    Compreendo o ponto de vista, e é claro que é muito menos eficiente no que diz respeito ao consumo de energia e de àgua. Atenção que a máquina, apesar de antiga, já teve outros donos, pelo que não posso considerar o seu tempo de vida total como um encargo financeiro para mim, mas apenas considerar o período de tempo desde que entrou ao meu serviço, até ao dia de hoje. Não noto, apesar de tudo e em relação a máquinas muito mais recentes que foram entrando ao serviço quando vivia com os meus pais, uma diferença assim tão grande. A minha conta de electricidade, apesar do roubo descarado em taxas e taxinhas para alem do preço do KW de que somos alvo, não é de forma alguma grande, quando comparada com a de amigos e familiares (também usam caldeiras, aquecimentos centrais etc, para aquecer as casas, e eu não uso sequer um radiador… (opções de vida)). Atenção que existe aqui um ponto importantíssimo, que tem muito que ver com a nossa mentalidade no que ao consumo diz respeito e às implicações que ele tem no nosso planeta. Apesar de fazer parte da minoria de pessoas que usa uma máquina com essa idade, e respeitando as opções e também as necessidades diferentes das outras pessoas, não consigo deixar de pensar que a pegada ecológica provocada pela manutenção em funcionamento de uma máquina de lavar com mais de 50 anos de idade é muito menor do que a que teria sido provocada se ela tivesse sido colocada num aterro qualquer para ser substituída (previsivelmente) por várias outras máquinas ao longo dessas décadas. Pensa só na quantidade de materiais poluentes consumidos no processo de fabrico das máquinas novas, desde fiação, a borrachas, plásticos, metais e tintas, que eu deixei de consumir nesses mercados. Só actualmente é que falamos de reciclagem em larga escala, e em economias circulares. Durante décadas limitámo-nos a consumir, seguindo tendências e modas com uma relação custo/benefício que imensas vezes é baixíssima. Repara que eu não me oponho de forma alguma a substituir esta máquina quando ela avariar, por uma máquina com ecrã oled e que encomende directamente o detergente na loja, para entrega em casa, quando viver numa casa conectada que possua esse tipo de integração. Sou um ferrenho adepto de todas as novidades e gosto de as estudar ao pormenor, mas mantenho a postura de que o consumo deve ser um acto consciente, feito essencialmente em função das necessidades reais e não do prazer que deriva da satisfação de tendências ou modas apenas por si. Temos de nos preocupar mais com dar o uso devido ás coisas, para que elas durem mais, para que a nossa pegada ecológica seja menor, para garantirmos um mínimo de qualidade de vida aos nossos filhos e netos, e nesse aspecto eu penso que feitas bem as contas estou a contribuir mais para isso, numa perspectiva individual, do que se tivesse deitado a máquina fora (incrivelmente nem uma correia, nem o tambor, nem uma lâmpada piloto sequer, avariou até hoje! ).

    • Louro says:

      @vasco,
      Antes de mais nao é uma critica, é apenas uma observacao e claro que cada um faz o que quiser da sua vida.

      Estamos a falar respectivamente a maquina em questao e ao seu tempo de vida total, pois é isso que importa, se a tens há uma semana ou há 10 anos é irrelevante.
      A máquina funciona claro, mas é ineficiente e como tu mensionaste até na questao de uso de água que é um recurso escasso no nosso planeta, pelo menos água potável que é o que tu e todos usamos para lavar a roupa.

      A questao de nao teres um gasto muito grande de energia, pega entao nesse valor baixo e imagina que podia ser ainda muito mais baixo do que aquilo que é.
      O aquecimento, nao é uma questao de opcao de vida, é uma questao de conforto, eu vivo num país onde no inverno as temperaturas descem bem abaixo dos 0, neste momento estao -4 lá fora, dentro de minha casa estao 25 graus, nao é uma opcao de vida, é conforto, mas entendo o teu ponto de vista, quando saí de casa dos meus pais aos 19, comprei casa e o meu salário era pouco mais que a mensalidade que eu pagava, como deves de imaginar nao sobrava muito para as outras coisas.

      A manutencao e pegada ecologica, nao é bem assim, há 50 anos da mesma forma que as coisas nao eram eficientes (e daqui a 50 anos vamos dizer o mesmo das que existem agora), também nao eram reciclaveis, eram feitas para durar é verdade, mas entre a construcao dessa máquina, pecas que já teve de legar ao longo da sua vida, energia, agua gasta e quando a mandares para o lixo a pegada será muito maior que uma máquina muito mais eficiente e que praticamente todos os seus componentes sejam reciclados, mesmo que esta só dure 5anos 😉

      E voltando a questao dos carros e tesla que é o assunto do post em questao.

      Nao estou a dizer para comprar de forma nao consciente, por norma todas as minhas compras sao conscientes e com vista a eficiencia vs preco vs utilidade, nos carros.
      Actualmente tenho dois Telsa um Model S de 2014 e um Model X de 2018, ambos comprados novos, o model S mais um ano e deve de contar meio milhao de km o model X anda menos, mas já leva com quase 150 mil.
      Antes destes, tinha um M5 E60 que subsitui pelo model S e um Mercedes E63 que subsitui pelo Model X.
      A performance de ambos é superior, os custos com combustivel para andarem sao ridiculamente mais baixos (Tenho Supercharger grátis e em casa paineis solares, portanto tirando algumas excepcoes essencialmente grátis), posso também contar a subscricao de £20 anuais que pago para poder carregar em carregadores publicos grátis.
      Manutencao é também ridiculamente mais baixa, já para nao dizer comparativamente nula.

      Em dinheiro, o que já poupei entre estes dois carros, deverá de dar para comprar outro Model X sem grandes problemas 😉

    • Vitor Tavares says:

      Gostei da resposta e estou (quase) 100% de acordo consigo. A minha máquina de lavar não tem os cerca de 50 anos da sua,mas tem um pouco mais de 20 anos e continua a funcionar de forma impecável. O meu fogão e o esquentador também têm bastante mais que uma década de uso e não me queixo do funcionamento. Mas existem pessoas,e estão no seu direito,que não conseguem passar sem o último “grito” da moda logo que os mesmos são “gritados” nas campanhas de publicidade. E normalmente essas mesmas pessoas são um pouco “distraidas” quando compram uma garrafa de água ou um refrigerante em garrafa de plástico,bebem uma cerveja e trazem o copo do mesmo material para a rua e deitam para o chão quando vazio,etc! E depois vêm para os fóruns “faladrarem” de ecologia e ofícios correlativos. Quanto aos “Teslas” nem comento…o meu carro é a gasolina e não penso em trocar nos próximos anos! Mas vou “gargalhar” com vontade quando vir (e já vejo alguns) os cabos de carregamento das baterias dos automóveis a saírem das janelas de casa a fim de carregarem as ditas cujas e os peões começarem a ter de transitar fora dos passeios…isso porque a maioria da população não tem garagem para proceder ao seu carregamento e nos “postos” o carregamento vai ficar caro”

  3. Nuno says:

    Será que quando se altera os bancos do carro para uns mais pesados a marca também é obrigada a fazer ajustes aos consumos? a tesla é a unica marca que tem este tipo de noticias

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