Renault confirma estar em conversações com a Volkswagen para um elétrico pequeno
As fabricantes europeias estão conscientes da necessidade de apresentarem um carro elétrico que seja suportável para as carteiras "da casa". Admitindo não querer perder tempo, a Renault confirmou estar em negociações com a Volkswagen para o desenvolvimento de um minicarro elétrico a bateria.
Em novembro, a Renault disse que lançaria um minicarro Twingo totalmente elétrico já em 2026 com um preço inferior a 20.000 euros. Na altura, a empresa revelou estar em negociações com diversas fabricantes, no sentido de estabelecer parcerias.
Esta semana, no Salão Automóvel de Genebra, o CEO da Renault, Luca de Meo, revelou que a Renault e a Volkswagen estão em "negociações iniciais" para uma potencial parceria.
Segundo Luca de Meo, a Renault está aberta "a quem quiser entrar". Porém, não tem "tempo a perder" e não vai adiar este passo.
Tenho capacidade de produção. Tenho a plataforma. Sei como fazê-lo.
Por forma a reduzir os custos, o novo Twingo elétrico deverá basear-se numa versão menor da arquitetura AmpR Small - a que sustenta o novo Renault 5 - e deverá ser equipado com baterias mais baratas, como as de fosfato de ferro-lítio (LFP).
Esta parceria poderá ser profícua, especialmente para a Volkswagen, que está a ficar para trás em termos de catálogo de carros elétricos pequenos e acessíveis. De facto, o CEO da marca, Thomas Schäfer, disse que está aberto a parcerias que procurem reduzir o preço de retalho de um elétrico pequeno.
A Renault pretende reduzir o custo do novo Twingo elétrico em até 40%, em comparação com a geração atual de carros elétricos, reduzindo aos tempos de produção, acelerando o lançamento no mercado e apostando em baterias mais baratas.
Uma vez que, para Luca de Meo, "ninguém é capaz de produzir carros pequenos com lucro", o ideal será criar uma frente europeia que dê conta desse recado.
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Acordem ! Os chineses estão aí ! 🙂
Pois o BYD Dolphin Mini está a sair da China por 10.600€, deve assustar bastante as marcas que apostam neste seguemento dos citadinos.
Com tantos milhões e milhões de € em fundos Europeus que essas empresas recebem devem conseguir também fazer algo dentro do mesmo preço (espero eu).
https://observador.pt/2024/02/14/europa-a-espera-byd-lanca-dolphin-mini-por-18-800e-na-america-do-sul/
E não traz cabo de carregamento!
Não trazer é um favor que fazem, já que os cabos originais que a maioria deles trazem são pouco versáteis.
Mau sinal, sinal de que já não interessa a ninguém comprar made in Europe. E pelos preços que eles cobram parece que também já não estão interessados em vender.
Exacto. Vou mesmo trocar o “Made in Europe” pelo “Made in China”. Apenas só e quando, ou enquanto, não tenho alterativas. E mesmo não tendo, posso sempre abdicar de ter algo, ao invés de comprar “Made in China”. Nem sempre, mas por vezes acontece.