O maior avião elétrico do mundo já fez o seu primeiro voo [vídeo]
O maior avião elétrico, eCaravan, é adaptado do Cessna Grand Caravan 208 e fez na semana passada o seu primeiro voo de testes. Esta experiência decorreu sem percalços e é mais um pequeno passo no caminho longo de levar a ecologia aos céus.
Este avião pode levar até 9 passageiros e conseguiu aguentar no ar durante o período de meia hora, o que já é um resultado positivo para um primeiro voo.
O mundo dos elétricos está aos poucos a abranger diferentes segmentos. Apesar de estarmos mais habituados a que se aborde este tema em relação aos automóveis, as outras áreas também começam a desenrolar um processo positivo.
Desta forma, na área da aviação chegam-nos novidades bem interessantes e que podem abrir novas possibilidades ao nível da sustentabilidade.
Maior avião elétrico já fez o seu primeiro voo de teste
O maior avião totalmente elétrico que atualmente existe é uma adaptação do Cessna Grand Caravan 208 e pode transportar até 9 passageiros, sem contar com o piloto.
Na semana passada, no dia 28 de maio, o designado Cessna Grand Caravan 208B, ou apenas eCaravan, fez o seu primeiro voo de testes e conseguiu permanecer nos céus por meia hora.
O voo foi conseguido através do sistema de propulsão magni500 de 750 cavalos de potência (560 kW) e aconteceu no AeroTEC Flight Test Center no Grant County International Airport (KMWH) em Moses Lake, Washington.
O projeto está a cargo da magniX, empresa ligada à revolução da aviação elétrica e da AeroTEC, empresa independente focada em testes, engenharia e certificação aeroespacial.
Veja este primeiro teste no seguinte vídeo:
O voo foi bem sucedido, no entanto ainda há vários pormenores e desafios que precisam ser limados. Para além de algumas questões de regulamentação, os aviões maiores naturalmente também necessitam de baterias mais potentes do que as que atualmente estão disponíveis.
Segundo Roei Ganzarski, CEO da MagniX:
Escolhemos o íon de lítio porque, neste momento, é a tecnologia mais comprovada para fornecer a energia e a segurança necessárias para pilotar a aeronave.
Mas assim que esta tecnologia se desenvolver mais, Ganzarski acredita que as aeronaves elétricas podem contribuir para uma significativa redução nos preços das viagens aéreas. Para além disso vão certamente ajudar a cortar uma grande fonte de emissões de carbono.
Mecanicamente falando, os motores elétricos são mais simples, comparativamente aos motores dos aviões tradicionais.
A aviação elétrica poderá assim promover uma quebra significativa de 80% no custo da manutenção do avião, o que se deverá traduzir em viagens mais baratas.
Em suma, este primeiro voo de teste abre um pertinente caminho para que os céus também se tornem mais acessíveis e menos poluídos.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: magniX
Fonte: AeroTEC
“consegiu permanecer nos ceus durante meia hora ” – que loucura !!!!!
É um teste.
Até o som é de um motor a combustão…
André, ouve o vídeo.
Mesmo que seja elétrico, as hélices fazem barulho a rodar. Ser elétrico não dispensa o uso de hélices.. e asas.
Principalmente porque tem um avião com motor a combustão a voar ao lado…
Enquanto o peso das baterias for superior ao peso do combustível, esqueçam o aviões eléctricos.
O peso só por si não conta nada, mas sim a energia/massa das baterias.
É um avanço, mas se quiserem fazer aviões eléctricos viveis comercialmente há por exemplo dois “problemas” a ter em conta.
Num avião conventional, o peso na descolagem é, o peso da estrutura+carga+combustível. Durante o voo o avião ao consumir combustível fica mais leve o que contribui para aumento da alcance. Ou seja sabendo os parâmetros de carga, rota, altitude e regime de funcionamento pode-se gerir quanto combustível colocar e jogar com o peso do próprio combustível. Num avião eléctrico o peso das baterias não varia com a descarga, logo isso vai contribuir para a redução do alcance, para aumentar o alcance tem de se aumentar a quantidade de baterias, logo aumenta-se o peso….
Outro problema, o peso na aterragem será o mesmo na descolagem, logo uma avião eléctrico terá de ter a estrutura reforçada para suportar o impacto da aterragem, logo mais peso.
São dois pormenores que saltam imediatamente a vista, só vejo solução se se conseguir criar baterias de tal modo leves que possam ser ignoradas face ao no peso total mais carga. Não digo que seja impossível, mas devemos estar ainda bem loge. Outra hipótese é criar materiais com capacidade estrutural e de armazenamento de energia em simultâneo.
Excelente análise. Outro problema que penso existir é a velocidade de cruzeiro baixa.
https://www.youtube.com/watch?v=E88I8lm6vNc
….ainda estamos nesta fase, no que respeita a motores/sistemas elétricos! ou seja muito no inicio! é natural que sejam pesados e com pouca autonomia, mas com a investigação tudo vai ser miniaturizado e simplificado, como os motores a combustão que temos hoje! A vantagem do elétrico é que posso carregar as baterias com eletricidade produzida em qq fonte, desde hidroelétrica, eólica, solar, nuclear, geotérmica, das ondas, das marés, etc….não fico dependente de um tipo de energia, como acontece hoje. Vamos dar tempo ao tempo. o futuro será elétrico , mas pode ser muito diferente ao que temos hoje e podem surgir novas fontes de energia e também sistemas de armazenamento…..
Experimento extremamente promissor aponta para a possibilidade de motores elétricos a reacção, utilizando plasma, com alta eficiência.
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=motor-jato-eletrico&id=010170200508#.XteS7hZ7mzs