KTM: maior fabricante de motociclos da Europa inicia reestruturação para evitar a falência
Os problemas financeiros da KTM são piores do que muitos suspeitavam. A empresa entrou em autoadministração para se submeter a um processo de reestruturação, numa tentativa de evitar a falência.
Em outubro, o conselho de administração da KTM foi reduzido de seis para dois membros, centenas de empregados foram despedidos e foi anunciada uma paragem planeada da produção na fábrica da KTM em Mattighofen, na Áustria.
Os problemas financeiros da marca foram revelados e o seu passivo ultrapassa os 2,5 mil milhões de euros.
Era evidente que o passivo das empresas KTM atingiria um nível elevado. No entanto, surpreende-nos que o passivo seja tão elevado. Com efeito, à primeira vista, esperávamos um passivo de 2,5 a 3 mil milhões de euros. Isso é agora claro. Este é o maior processo de insolvência na Áustria este ano.
Opinou Cornelia Wesenauer, perita em insolvência da Alpine Creditors Association, num relatório sobre as empresas KTM AG, Forschungs & Entwicklung GmbH e Components GmbH.
Aparentemente, cerca de 3600 trabalhadores serão afetados pela insolvência. Além disso, as autoridades da Alta Áustria prevêem que os postos de trabalho de numerosos fornecedores da região também estarão em risco.
Na KTM, o fundo de insolvência terá de pagar os subsídios de Natal e as indemnizações de novembro.
KTM apela ao entusiasmo dos funcionários
O período de "autoadministração" da KTM começou no dia 29 de novembro de 2024, com um plano de reestruturação da dívida com a duração prevista de 90 dias, de acordo com a declaração divulgada pelo diretor-executivo, Stefan Pierer, e o seu novo co-diretor-executivo, desde setembro de 2024, o especialista financeiro Gottfried Neumeister.
Nas últimas três décadas, crescemos e tornámo-nos a maior fabricante de motociclos da Europa. Inspirámos milhões de motociclistas em todo o mundo com os nossos produtos. Agora, estamos a fazer uma paragem para o futuro. A marca KTM é o trabalho da minha vida e vou lutar por ela.
Assegurou Stefan Pierer, no comunicado, dizendo que "Gottfried Neumeister trouxe uma experiência impressionante e uma lufada de ar fresco e deu um contributo significativo para resolver a situação atual".
O diretor-executivo partilhou, também, estar "convencido de que, em conjunto, vamos colocar a empresa de novo no caminho do sucesso".
Os dois executivos enfatizaram a importância do compromisso e apoio dos funcionários durante este período: "Juntos, fizemos da KTM uma história de sucesso e, juntos, levaremos a KTM para o futuro".
Pela voz de Neumeister, a administração da KTM partilhou que o entusiasmo dos colaboradores é a sua "mais importante vantagem competitiva". Conforme disse, "a sua paixão é a razão pela qual a KTM é globalmente sinónimo de desempenho máximo".
Construímos as nossas motos de forma fiável e robusta para todas as corridas, para todos os terrenos. Agora, trata-se de tornar a empresa robusta. Robusta para o futuro. Para que possamos rapidamente voltar a concentrar-nos no que fazemos melhor: construir as motos mais fixes do mundo.
Foram na conversa dos Elektros??
não, tiveram o problema de qualquer construtor automóvel europeu: os elevados custos de produção e a dependência da china para a obtenção de matéria prima
Portanto a história é sempre a mesma, tenham ou não tenham elétricos. LOOL
não, tiveram o problema de qualquer construtor automóvel europeu: os elevados custos de produção e a dependência da china para a obtenção de matéria prima
“…reliable and robust for every race”… um dos grandes problemas foi não passar isso para os clientes “normais”.
No ano passado tiveram 100 milhões de lucro e agora “apareceram” 2 ou 3 mil milhões de “compromissos”. Gerem as empresas com dinheiro “virtual”, vem um ventinho que abana o preço das ações e começa tudo a cair que nem um castelo de cartas.
que eu saiba não… a PMAG há menos de 3 nos valia 80 paus e agora negoceia nos 11,50€
tem vindo a perder ao longo do tempo! Acho que que é investidor teve as red flags todas (incluindo as da MotoGP)… mas eu não percebo nada disto. Sou apenas um assentador de tijolos!
Chama-se capitalismo, nada de novo
Exacto. E como as pessoas só fazem revoluções quando estiverem a ponto de morrerem todas à fome, os menos de 5% de cima podem sempre sacar mais algum aos muitos mais de 50% de baixo. “O Povo aguenta”, dizem eles. Ai aguenta, aguenta.
Chama-se má gestão.
No Capitalismo tens boas e más empresas, pois liberdade.
No Estatismo, logo sem liberdade quando falha vai tudo abaixo.
+1
A KTM iniciou a produção das suas motos de média cilindrada em parceria com a CFMoto, na China, o que resultou em problemas mecânicos significativos, como árvores de cames que não chegam a durar 5.000 km. Já a gama de motos de baixa cilindrada passou a ser fabricada pela Bajaj, na Índia, onde a qualidade de construção é questionável.
Por outro lado, as motos de grande cilindrada e as de uso fora de estrada, ainda produzidas na Áustria, continuam a apresentar falhas no controlo de qualidade. Além disso, a aquisição de marcas como Husqvarna e GasGas não trouxe benefícios expressivos para a KTM.
Os problemas enfrentados não têm ligação com a adoção de motos elétricas, mas sim com uma gestão ineficaz e uma expansão demasiado rápida. Atualmente, a única moto elétrica da KTM é orientada exclusivamente para uso fora de estrada, especialmente no motocross, onde a limitação da autonomia não é um fator crítico.
A KTM era um dos principais concorrentes da AJP..
Uma excelente Opertunidade para a Portuguesa AJP..
A AJP é uma fabricante de gama baixa. Não compete em nada com a KTM. Somente compete com marcas chinesas. E de português, só o chassis, plásticos e a mão de obra. O motor é de origem chinesa.
A PR7, o modelo topo de gama, que se pode dizer que compete com a KTM 690 Enduro R, não recebe atualizações há anos. E tem problemas de qualidade de construção e nenhuma visibilidade no mercado.
Mais uma vitimas das normas estúpidas fomemtadas pelos alucinados da UE.
Se fosse pela UE já não havia Yamaha’s à homem. Aos anos que não deixam homologar uma YFZ. Felizmente os japunas têm outras saídas. Infelizmente a KTM era da UE, pouco domina noutras áreas do globo.
Claro que sim, com as motas eléctricas da ktm já ninguém pode, e com os faps e adblue a entupir os canos escapes.
O que são yamaha’s à homem ?
Então qual a diferença para entrada das japunas em relação às europeias ?
@JL adblue numa mota? Fdx looolooolool É o q eu digo. Vá lutar com os moinhos de vento.
+1 KTM só se safa quando deixar as motos eléctricas e começar a fazer motos a combustão