Depois de muito pressionada, Europa recua e flexibiliza regras de emissões da Euro 7
A norma Euro 7 começou mal com as fabricantes e, aparentemente, o braço de ferro que lhe fizeram deu frutos. Afinal, o Parlamento Europeu decidiu flexibilizar as regras que previa impor, nomeadamente, no que às emissões dos carros novos diz respeito.
No sentido de incentivar a adoção de carros menos poluentes e impulsionar os carros elétricos, a União Europeia (UE) tinha previsto um regulamento muito ambicioso, que, desde o começo, reuniu opositores.
As medidas da norma Euro 7 surgem a par de outras ações a serem conduzidas por governos, fabricantes e empresas, no sentido da descarbonização. Esta previa, até recentemente, limites rigorosos para o dióxido de carbono, os óxidos de azoto e as emissões de partículas finas, perspetivando uma aceleração da transição energética.
A pressão foi real e as fabricantes não demoraram a mostrar-se e a colocar-se, formalmente, contra a vontade da UE, alegando uma mudança "irrealista e potencialmente prejudicial para a indústria europeia".
Há poucas horas, o Parlamento Europeu confirmou a assinatura de uma suavização dos objetivos da Euro 7.
Europa vai flexibilizar Euro 7
Os eurodeputados votaram, hoje, a favor da proposta de uma versão mais flexível das regras, solicitada, recentemente, por um grupo de Estados-Membros e fabricantes de carros. As negociações começarão, agora, com cada governo da UE, antes da ratificação da lei final.
Segundo a Autocar, a nova versão da Euro 7 ditará que os automóveis de passageiros estarão sujeitos a requisitos de emissões semelhantes aos dos atuais regulamentos Euro 6. Isto, ao invés de impor metas drasticamente mais rigorosas e obrigar a rápida e pouco preparada transição para uma nova tecnologia dispendiosa.
A flexibilização teve 329 votos a favor, 230 contra e 41 abstenções.
Apesar disso, eurodeputados concordam que os autocarros e veículos pesados ainda devem estar sujeitos a limites mais rigorosos nas suas emissões em ambientes reais e laboratoriais.
Os executivos defenderam, além disso, que a Europa deve avançar para testes e restrições das emissões de partículas dos travões e dos pneus, a par das normas internacionais.
Seria contraproducente implementar políticas ambientais que prejudicam tanto a indústria europeia como os seus cidadãos. Através do nosso compromisso, servimos os interesses de todas as partes envolvidas e evitamos posições extremas.
Aplaudiu Alexandr Vondra, eurodeputado checo, acrescentando que o Parlamento Europeu conseguiu "alcançar um equilíbrio entre as metas ambientais e os interesses vitais das fabricantes".
Alterações parecem não ser suficientes
Na perspetiva da European Automobile Manufacturers' Association (ACEA), o novo quadro Euro 7 ainda tem um preço elevado, num momento crítico na transformação da indústria.
O facto é que a Euro 7 representa um investimento significativo para as fabricantes de veículos, além dos seus enormes esforços de descarbonização.
Também surge num contexto geopolítico e económico extraordinariamente desafiadores, marcados pelo aumento dos preços da energia, pela escassez da cadeia de abastecimento, pelas pressões provocadas pela inflação e pelo atraso na procura dos consumidores.
A Europa precisa de uma Euro 7 proporcional, que equilibre as preocupações ambientais e a competitividade industrial.
Apesar de não ser suficiente, a diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, elogiou a iniciativa de testar as emissões dos pneus e dos travões, dada a sua relevância contínua para os carros elétricos.
Alertou, no entanto, que os atuais métodos de teste são "inteiramente novos e não testados", o que significa que há incerteza quanto ao efetivo alcance das metas impostas.
Este artigo tem mais de um ano
Europa com tanta caça a multa as empresas grandes internacionais, com regras apertadas para empresas europeias, com taxas e taxinhas e com a política de portas abertas a emigração ilegal vai arrebentar com isto tudo, mas vejo uma Europa completamente destruída para os meus netos.
Eu avisei-te @JL
És sempre tão apegado à data de 2035 e a outras coisas e a olha a europa a reconhecer que não pode dar passos maiores que a perna 😉
Continua tudo na mesma, onde falaram em 2035 ?
“…e restrições das emissões de partículas dos travões e dos pneus, a par das normas internacionais. …”
Falta o tempo de vida das baterias.
A percentagem de Co2 na atmosfera é de 0.035% até quando é que vamos andar a cair na lenga-lenga?
Então e depois ?
Exacto, nunca esteve tão alto.
https://climate.nasa.gov/vital-signs/carbon-dioxide/#:~:text=Since%20the%20onset%20of%20industrial,ice%20age%2020%2C000%20years%20ago.
E as baterias dos eletrodomésticos? Essas poluem e bem!
Os eletrodomésticos usam baterias ? quais ? aspiradores rowenda ?
Os todo poderosos que “mandam” o povinho andar de elétricos e dizem as empresas pra fazer X e Y são os mesmos que andam em jatos privados todos os dias.
Não me parece que seja um problema na Noruega, Suécia, Holanda…
Pois não
Suécia: 35.486 €
Países Baixos: €40,312
Portugal :14.000€
E parece um problema da UE, tubos de ensaio como a Noruega não são práqui chamados, apenas 1,5 % dos carros a circular na europa são electrificados. Repare bem, eu disse electrificados. BEVs que é
o q interessa nesta questão, se forem 0,5% é muito.
Posto isto e perante a desaceleração evidente nas encomendas de BEV não estou a ver como vão conseguir os objectivos.
Errado mais uma vez, não acerta uma.
https://www.acea.auto/figure/share-of-alternatively-powered-vehicles-in-the-eu-fleet-per-segment/
Ainda gostava de saber qual o interesse de andar sempre a mentir.
Vá chamar mentiroso a quem lhe fez as orelhas.
https://app.sicnoticias.pt/economia/2023-01-17-Apenas-15-dos-250-milhoes-de-carros-em-circulacao-na-Europa-sao-eletricos-ou-hibridos-365e5b85
Então essa noticia também é mentira.
A ACEA é o órgão que tem todos esses números. Fizeram o mesmo que você, tentam influênciar o gado.
Olha que giro, é que mencionam a ACEA como fonte. LOOOOOOOOOOOOOOOOL
Como deve ter reparado a publicação da ACEA é de Abril 2023 e a da SIC é de JAN de 2023. Significa que a ACEA alterou os dados 3 meses depois da notícia da SIC.
De qq forma em Abril a ACEA diz que os 1,5% eram nrs de 2021. Significa que houve um crescimento de 0,8% de BEV e híbridos em 2 anos ou 0,4% ao ano.
Se mantiverem esta cadência de crescimento chegarão a 2035 com 6.7% de BEV e híbridos nas estradas da UE. Continua a parecer-me um enorme falhanço! Ainda para mais o BEV vende apenas a terça parte do híbrido. Conclui-se que BEV’s em 2035 serão apenas 2,23% a circular. Já vi partos mais fáceis loool
Caro Yamahia, acho que está um pouco confuso.
A UE nunca disse que o parque automóvel tem de ser todo 0 emissões em 2035! Só as vendas de carros novos é que tem de ser 0 emissões.
https://www.europarl.europa.eu/pdfs/news/expert/2022/11/story/20221019STO44572/20221019STO44572_en.pdf
Nota: A Noruega não faz parte da UE, mas não deixa de ser um dos exemplos de transição energética.
E já se perguntou se o comparativo de salários também funciona para carros a combustão, é que as taxas e taxinhas nos carros novos em Portugal está ao nível de um país rico.
Significa que os números da SIC estão errados na mesma até porque são números referentes a 2021, em Portugal só os bev nessa data já era mais de 2.5%..
Significa que as vendas têm um aumento exponencial e muito maior que aquele que você quer com toda essa campanha.
Os nrs da SIC não estão errados. Eram os dados actualizados e disponíveis à data pela própria ACEA.
Por outro lado, acho muito difícil q PT já tenha 2,5% de BEV a circular quanto a UE no global nem 1/3 disso tem. Isso só pode ser mais uma treta do ZéBigodes.
@Filipe sei disso. Somente a partir de 2035 será proibida a venda de ICEs.
No entanto se chegarmos lá com uma participação no parque circulante de apenas 2,23% de BEV, que é para onde apontam as projecções, não me acredito que haja coragem para implantar a medida.
Aliás ainda agora se começou a falar disso e já houve 2 recuos importantes. Fará qd chegarmos a vias de facto.
Agora uma aposta. O 3⁰ recuo será autorizar a circulação de carros com motores térmicos com uma percentagem de incorporação de biocombustíveis próxima de 100 (neste momento vamos com 11%, começámos com 2%). A ideia é ir incorporando cada vez percentagens mais altas até 2035.
Os numeros da SIC não têm um que esteja certo, Portugal já tem mais de 2.5 % desde 2021, como é que agora só tinha 0.8%.
Acha ? é ver os dados do Portdata que são fonte do IMT.
“@Filipe sei disso. Somente a partir de 2035 será proibida a venda de ICEs.
”
Esta medida já não existe, nem nunca existiu, mas enfim, continuem a inventar.
Não houve recuo nenhum, já que as medidas nunca tinham sido votadas, ou para si até ao lavar dos cestos já acabou a vindima várias vezes ?
“Agora uma aposta. O 3⁰ recuo será autorizar a circulação de carros com motores térmicos com uma percentagem de incorporação de biocombustíveis próxima de 100 (neste momento vamos com 11%, começámos com 2%). A ideia é ir incorporando cada vez percentagens mais altas até 2035.”
Não precisa de autorização nenhuma, qualquer carro pode usar 100% combustivel de qualquer origem, desde que pague impostos, há décadas que é assim, o meu anterior diesel fez muitos kms só com 100% de biodiesel, e até pagava ISP, só deixei de usar quando deixou de compensar em relação ao diesel comum, e também quando a prio vendia um combustível com 25% de biodiesel. Aquilo que a Repsol tem já outros tiveram décadas antes.
E quando diziam para andarem de diesel, eles andavam em quê ?
A emigração ilegal contínua a ser combatida e nem vale a pena dizer mais nada …
Coitadinho !
A União Europeia virou um bando de burocratas e de ideólogos fanáticos que querem a todo o custo implementar aquilo em que acreditam (ou querem acreditar), que é o “politicamente correcto”. Não olham a meios e, nos últimos anos, têm esbarrado duramente e inúmeras vezes com a realidade, apesar de todos os avisos que lhes vêm sendo dados pela sociedade e várias especialistas.
Com tudo isto a Europa tem vindo a perder estabilidade política, estabilidade social e estabilidade financeira. Todas estas debilidades aproveitadas de forma exímia pela China, Rússia e Irão. Continuem assim! O próximo grande choque será o social. O número de emigrantes ilegais e de criminosos que entram na Europa à boleia do acolhimento desmedido de refugiados, sem qualquer tipo de controlo, terá o seu custo. Infelizmente estaremos cá para assistir a tudo isto.
assino por baixo cada frase
Errado, tanto olham que ajustaram as medidas ás condições atuais, se bem que não eram as mais necessárias…
Então mas se a Europa não vale nada, é só problemas, PORQUE É QUE QUEREM TODOS VIR PARA CÁ ???
Também se sabe que o legado das elites …. a falta de pessoas na Europa … ronda os varios milhões, dezenas de milhões de pessoas … quem está dentro do assunto deve entender …
Saudinha !
😉