Carros elétricos podem fazer deste um trabalho livre de desemprego. Palpites?
A eletrificação já está a acontecer e, com tempo, conheceremos uma frota de elétricos cada vez maior. Esta expansão não beneficia apenas o ambiente e a carteira dos clientes, sendo significativa também noutra vertente: há um trabalho, especificamente, que poderá ver-se livre do desemprego.
A par da adoção em massa de carros elétricos, crescerá, consequente e previsivelmente, a rede de carregamento. Sendo a autonomia um fator preponderante, a decisão de trocar o motor de combustão por uma bateria passa pela estabilidade e disponibilidade dessa rede.
Aos poucos, espera-se que os carregadores de elétricos vão estando cada vez mais presentes, cobrindo mais e mais áreas, e possibilitando uma tranquilidade igual à que temos, hoje em dia, aquando da condução de um carro "tradicional". Espera-se também que esses pontos de carga funcionem...
Segundo noticiado, o Departamento de Energia dos Estados Unidos da América (EUA) afirmou que, em 3 de outubro, havia quase 4000 estações de carregamento de carros elétricos com mais de 7000 pontos de carga fora de serviço. Ou seja, mais de 6% das tomadas encontravam-se fora de serviço.
Esta indisponibilidade resulta num grande inconveniente para os condutores de elétricos: além de as estradas não abundarem de pontos de carga, os que existem não estão a funcionar plenamente.
De acordo com as empresas responsáveis pelas estações, a situação deve-se à falta de eletricistas qualificados que possam assegurar a manutenção dos carregadores.
Se me apresentassem um eletricista que tivesse estado na indústria de carregamento de carros elétricos nos últimos anos, contratava-o imediatamente.
Assegurou Matt Trout, presidente da Trout Electric, uma empresa que fornece serviços de instalação de pontos de carga e outros equipamentos elétricos, no sul da Califórnia.
Segundo adiantou, encontrar um eletricista de alto nível, um eletricista profissional, especialmente um com formação em carregadores, é um grande desafio.
Na manutenção de elétricos, quem não tem cão, não pode caçar com gato
De acordo com o Gabinete de Estatísticas do Trabalho dos EUA, a procura por eletricistas deverá crescer 6% na próxima década. No entanto, a mão de obra deverá diminuir 14%.
Estima-se que, só nos EUA, serão necessários 142.000 eletricistas certificados, a curto prazo, e muitos mais até 2030. A especialidade será fundamental para a transição elétrica.
Este artigo tem mais de um ano
“Esta expansão não beneficia apenas o ambiente e a carteira dos clientes” está frase não faz sentido
vão-se os mecanicos, voltam os eletricistas….
Sempre tive a percepção que um bom eletrecista, pisceleiro e se calhar até pintor, dificilmente estariam com problemas de trabalho. No entanto são trabalho por conta própria e não tanto um vinculo com uma empresa.
Esta necessidade de eletrecistas numa oficina de carros não é algo novo, apenas estás a escalar. Os carros baseados em simples mecanica e com uma parte eletrica muito reduzida é coisa que não existe há mais de 20 anos. Carros modernos já precisavam de um eletrecista para alguns arranjos. A diferença, a meu ver, com os carros PHEV e EV é que agora é alta-vontagem também ao barulho e isso já não pode ser qualquer “artista” a mexer com isso. MAs é bom, é simplesmente a evolução natural das coisas.
Como qualquer outra profissão, se queremos crescer temos de estar constantemente a aprender. Não vejo como algo muito mau se um mecanino for investir em formação para tratar de carros EV sem “inventar”. Faço o mesmo na minha profissão sempre que sai uma tecnologia nova que seja importante e faça sentido investir.
Precisamente, temos de evoluir com a tecnologia, só assim mantemos valor profissional para as outras pessoas.
“Esta necessidade de eletrecistas numa oficina de carros não é algo novo”
A procura é para técnicos que solucionem problemas nos pontos de carga/carregadores que avariam! Por cá tb há muito a associar tb a bug’s que pouco têm a ver com a rede eléctrica e que tb inviabilizam o carregamento e/ou pagamentos/registo.
Um problema que ng vai conseguir resolver com essa facilidade são os cada vez mais desentendimentos, conflitos e insultos nos postos de carga, chegado à batatada de meia noite!
O trabalho de segurança tb será livre de desemprego!
https://www.youtube.com/watch?v=cMuIamJspRw
Yamahia.. Já vi problemas por causa dos lugares normais de estacionamento, lugares de deficientes ou até segundas filas.
MAs vá, bugs em hardware e software é bom porque mantém IT com emprego e a manutenção e, claro, para inovação. Também para o alargamento das zonas de carregamento OU, quem sabe, inovação nesse sentido também – já ouvi falar em cada poste de luz = 1 tomada de carregamento. Enfim. A necessidade causa inovação.
Não estou a perceber querem logo encontrar malta com formação pronta a trabalhar, ao invés de procurar formados na área de eletricidade e dar-lhes formação sobre os carregadores de forma a torna-los aptos para realizar montagens e manutenções dos mesmos, típico destas empresas pagar formações está quieto, não corram o risco de formar a pessoa e esta no final adeus para outra empresa.
Qualquer mecânico ou eletricista tem faz uma certificação que custa cerca de 500 euros durante 3 dias e fica certificado a trabalhar em sistemas de alta tensão.
Ainda bem que agora em Portugal em quase todas as áreas seja exigida uma certificação que obriga a formação teórica e prática. Nas instalações de redes de carregamento ainda estamos no início e por isso quando as necessidades começarem a apertar iremos ver cada vez mais pessoas dedicadas a esta atividade. Garagens particulares ou coletivas, parques de estacionamento de supermercados e restaurantes, muitos destes sítios que agora ainda não é comum ver um carregador daqui por uns anos deve ser o normal. Por necessidades de produção de energia elétrica os instaladores de painéis fotovoltaicos também deverão ser cada vez mais.
Esta notícia faz sentido em contexto americano.
Portugal tem uma população muito mais reduzida, e em número absoluto a electrificação de carros aqui é muito menor.
Portanto não acredito que haja assim tanta procura por electricistas de carregadores de carros eléctricos por cá.