Califórnia arranjou uma forma de fazer os condutores de veículos elétricos pagarem
Com a receita do imposto sobre combustíveis prestes a diminuir, as autoridades da Califórnia estão a explorar uma alternativa: um imposto rodoviário por milha para condutores de veículos elétricos. Onde já vimos isto?
Recentemente, informámos que o Reino Unido introduziu uma das mudanças fiscais mais significativas para a mobilidade elétrica.
A partir de abril de 2028, os condutores de veículos elétricos passam a pagar uma taxa de 3 pence por milha percorrida (0,034 euros), enquanto os híbridos plug-in pagarão 1,5 pence (0,017 euros).
Esta medida, apresentada pelo Governo britânico, pretende compensar a quebra de receita provocada pela diminuição do consumo de combustíveis fósseis.
Solução da Califórnia para a queda das receitas
Hoje em dia, aproximadamente 80% do orçamento de manutenção rodoviária da Califórnia é financiado por via de um imposto sobre os combustíveis. Por cada gallon (o equivalente a cerca de 3,8 litros) abastecido numa estação, cerca de 61 cêntimos são destinados à manutenção da rede de autoestradas, vias rápidas e estradas locais do estado.
À medida que mais pessoas mudam para veículos elétricos, esta fonte de receita escasseia paulatinamente.
Neste cenário, a Califórnia concluiu, recentemente, um programa piloto para um imposto rodoviário, cobrando aos proprietários de veículos elétricos entre dois e quatro cêntimos por cada milha que conduzem.
Em teoria, é uma forma simples de recuperar os fundos necessários para a manutenção sem depender de combustíveis fósseis. Na prática, a implementação pode não ser bem assim.
Conforme explorado pelo Carscoops, por um lado, pode acabar por custar bastante para ser criado e operacionalizado. Por outro, os condutores que acumulam uma quilometragem significativa, muitas vezes aqueles em áreas rurais ou com longos trajetos, podem arcar com o peso da despesa.
Depois, impera a questão de como o estado monitorizaria a quilometragem de cada veículo. Um método proposto envolve a instalação de um dispositivo de rastreamento que se conecta ao carro e regista os quilómetros percorridos.
Esta abordagem, além de cara, tendo em conta que o dispositivo teria de ser instalado em todos os veículos elétricos, levanta questões de privacidade.
Poderá a estratégia chegar à União Europeia?
Conforme explorámos no artigo dedicado à medida adotada no Reino Unido, a possibilidade é real e discutida há vários anos, sobretudo porque muitos países enfrentam exatamente o mesmo dilema fiscal. À medida que o parque automóvel elétrico cresce, as receitas associadas aos combustíveis diminuem.
A questão central é como financiar as vias públicas num cenário de eletrificação generalizada.
Para vários especialistas europeus, a solução britânica antecipa uma tendência que poderá tornar-se inevitável no espaço comunitário: impostos baseados na distância percorrida, independentemente da motorização.
Seria aplicável aos carros elétricos em Portugal?
Em termos técnicos, sim. Portugal já dispõe de sistemas de inspeção e recolha de dados que poderiam integrar leituras de quilometragem de forma semelhante ao modelo britânico.
O desafio seria político e social: equilibrar a necessidade de financiamento das estradas com a urgência de incentivar a transição energética.
Um imposto por quilómetro poderia ser visto como penalizador num momento em que o mercado ainda tenta crescer, mas também garantiria justiça fiscal numa fase em que o consumo de combustíveis fósseis tende a baixar de forma estrutural.























Duh, e estavam à espera do quê? Nada que não fosse expectável.
Quando vejo aqui malta a falar das benesses e do bla bla dos elétricos face aos carros a combustão, para mim isso é um embuste para fazer acreditar às pessoas que, com os elétricos, ficam safas de impostos e afins.
É tudo balelas. Aliás, até é algo bastante comum, primeiro dão tudo de borla, fazem com que as pessoas fiquem agarradas e depois, quando já estão completamente in, começam a cobrar.
E nunca na vida os governos iriam dar borlas às pessoas. Sermos verdes e sustentáveis é só uma coisa bonita de se dizer, porque, na verdade, a máquina não pode parar e os governos, no fim do dia, querem é ter o deles, seja de onde for que venha.
Ouçam e leiam a letra da música Taxman, dos Beatles. Foi escrita em meados dos anos 60 e continua atual, como se tivesse sido escrita hoje.
O ponto não é esse, pois, essa medida era mais do que expectável.
Estás a misturar o uso de veículos mais ou menos poluentes com tráfego rodoviário. Não são os carros eléctricos que vão resolver o caos do trânsito nas grandes cidades assim como a manutenção das estradas.
Continua lá com o teu a combustão e deixa em paz quem pensa diferente. Abençoado o dia em que deixei de gastar 80€ para encher o depósito e fazer 650km quando agora não gasto 50€ para fazer 800km.
80€ para 650km? Tivesses comprado um carro económico, com o meu faço 950km com um pouco menos de 80€ de gasoleo. E o meu carro tem 20 anos.
As estradas constroem-se e mantêm-se sozinhas? Porque só devem pagar os com carros a combustível?
Isso é verdade, mas os carros a combustão tem outras externalidades negativas fora o desgaste das estradas. Impacto ambiental zero só as bicicletas, e mesmo essas, as eléctricas já têm uns pozinhos.
Ninguém diz que os elétricos devem pagar o mesmo valor em impostos que os carros a combustível – mas têm isenção de ISV, IUC e de impostos para abastecer e poder circular (no caso dos motores a combustão, os impostos sobre os combustíveis). Mas são isenções a mais, alguma coisa vão ter que começar a pagar.
Também ninguém diz que os elétricos não vão pagar imposto e algum dia vão ter de começar a pagar.
Agora escusas é de ficar preocupado com isso.
Algum dia … na perspetiva dos elektricos, quem dizer que dia de São Nunca está bem, nõ convém falar-se disso 😉
Sim, podes deixar de lado a mentalidade de caranguejo num balde, porque os elétricos vão pagar imposto sim. E não é por um veículo elétrico não pagar que estas a ser prejudicado, antes pelo contrário.
Eles só não pagam porque neste momento são um beneficio para todos devido às reduções de emissões que eles trazem para o país, colocando assim o país a cumprir os objetivos ambientais e evitando pagar por multas.
A partir do momento em que o imposto sobre os veículos a combustão reduzir e ultrapassar valores de uma eventual multa, podes ter a certeza que qualquer governo coloca um imposto sobre os veículos elétricos mais rapidamente que um carro vai dos 0 ao 100km…
Até lá o ideal é mudar essa mentalidade de caranguejo, mesmo.
Exatamente … não devem pagar impostos agora. Só devem pagar no dia de São Nunca … à tarde … se estiver bom tempo 😉
Quanto a multas ambientais, por em Portugal se comprar 1 BEV ou 100 ou milhares, diminuir as multas ambientais de Portugal – de onde é que tiraste isso? Vender BEVs diminui é as multas ambientais sobre os fabricantes, não sobre os países.
Isso já nem é caranguejo, é polvo 🙂
Mas as balelas vão continuar a existir, porque não pagam as outras balelas.
Não venham cantar sem saber do que se vai passar.
está descansado, mais tarde ou mais cedo vais pagar mais para andar com fosforo a pilhas que hoje em dia com um a combustão…. é uma questão de tempo.
os carregamentos, de momento e dependendo das zonas e trajetos conseguem ser tão caro como gasolina… impostos é a seguir….
ora…não diria melhor
Mas como andam com fósforo a pilhas se não existem por cá ?
Não, a não ser que metam zoe’s a carregar em ionity’s
Dependendo das zonas e trajetos também consigo colocar carros a combustão ao triplo do preço de um elétrico…
Em Portugal vão fazer pela via mais fácil, como já fazem no caso do ambiente ao cobrarem no consumo de água.
Ou seja, vão afectar esse imposto à factura de electricidade! Mais um imposto a somar aos vários destas facturas.
Assim, todos pagos e ninguém escapa, à boa moda portuguesa: paga e não bufa!
E, paga o justo pelo pecador!:D
Não se pode, em casa não se consegue distinguir o consumo de eletricidade para carregar a bateria do carro do restante consumo doméstico de eletricidade. Aumentando o imposto sobre a eletricidade de uso doméstico aumentava para todos, os com carros a combustível e os com carros elétricos. Só pode ser por kms percorridos.
Em Portugal essa parece ser a resposta óbvia, por cada Kilowatt consumido determinado valor EXTRA vai para o Estado, com a desculpa de ser para as estradas, mas se vai para as estradas ou para comprar um avião caça militar F-35 para a força aérea nunca saberão. E o facto de não terem um veículo eléctrico não irá fazer diferença, também pagam o imposto de audiovisual mesmo que não tenham rádio e/ ou televisão.
Como o dinheiro dos impostos não tem cor, não se sabe para onde vai em concreto. Nem é importante saber – visto que basta saber que as estradas não se constroem e conservam sozinhas – e tudo o mais igual (ou seja os demais impostos iguais) quem tem um automóvel a combustível paga mais impostos – por andar na estrada – do que um elétrico, que não paga nada.
Em todo o caso, há uma parte do valor do ISP (comparticipação do serviço rodoviário, até 2023, contribuição do serviço rodoviário) que o estado entrega à Infraestuturas de Portugal para a manutenção e conservação de estradas. Os elétricos, como não pagam impostos, nem esse valor pagam.
Então quem tem carro a combustão também vai pagar como se tivesse ?
Em Portugal certamente que sim.
Também pagam a taxa audiovisual e ninguém vai verificar se tem forma de aceder às estações de rádio ou canais televisivos do Estado.
Se for numa garagem não paga.
Há um sistema infalível: cada vez que faz o carregamento contabilizam-se os Klm. A combustão utiliza-se a inspecção para retirar a kilm 🙂 Eu admiro-me é que ainda haja malta que vê o conceito/realidade Estado como um órgão que faz dinheiro para distribuir por todos 🙂 Tipo aumento de vencimentos acima da inflação, ensino grátis, saúde grátis, transportes grátis, descidas de impostos e felizes para sempre no Eden 🙂 🙂 🙂 A Economia é uma ciência lixada 🙂
Quem carrega em casa… como é que contabilizas os km?
Quem carrega na casa de alguém… como é que contabilizas os km?
Quem produz energia… como é que contabilizas os km?
Provavelmente utilizam km registados durante a inspecao
Oh boy.. Here we go
está a acontecer o que ando há anos a dizer, os estados vão cobrar impostos aos v.e., nem fazia sentido que isso não sucedesse …
O governo vai perder dinheiro pelas devoluções…
Isto porque existem carros a saírem de stands com menos km do que quando lá chegam.
Podem começar por criar esse imposto na eletricidade dos postos de carregamento, o princípio é o mesmo, por cada KW carregado sabe-se em média a distância que percorre…
Já não perdiam tudo e uma vez que é um imposto de manutenção das estradas, é justo que não exista distinção entre VE e combustão.
Para os carregamentos em casa, implementar um sistema, de tomadas seladas que contabilizem esta energia para carregamento, e sobre esta incida o mesmo imposto. Admito que este não é fácil de implementar, mas já vi coisas mais difíceis de implementação…
Não faz sentido porque já pagas imposto sobre o carregamento.
A notícia é sobre um imposto cobrado nos combustíveis para manutenção das estradas.
É este imposto que refere já existir nos carregamentos?
Não, não será um imposto cobrado nos combustíveis.
Esse é um dos pontos que está em discussão é de como vão contabilizar os quilómetros que são feitos e as questões de privacidade, tal como no Reino Unido.
Tenho solução fácil para isto, IUC com base no tamanho util da bateria:
0-20=1€
21-40=2€
41-60=3€
61-80=4€
81-100=5€
101-++=6€
exemplos práticos:
Dacia Spring=30€
Renault 5 120cv= 60€
Model 3 standard=120€
Mercedes CLA 250+=225€
BMW iX3 50=354€
Para baterias acima dos 60Kwh podia ser agravado e não há cá qualquer diferença entre ligeiros de passageiros ou mercadorias.
Aqui em Portugal poderia ser assim carros com preços superiores a 30.000 um 0,5€ por km, superiores a 50.000 – 3€ e superiores a 60.0000 – 5€.
Relativamente a este assunto acho que já pagammos suficientes impostos pra complementar os gastos de uma politica economica desenfreada assente em sorver dinheiro para colmatar os gastos, a qual é de igual modo descandeado no preço da eletrecidade.
A solução vai surgir de forma espontânea num futuro proximo dos ve com condução autonoma, que irá dispensar o Proprietario.
Posso até concordar com o IUC para VE’s, só não entendo por que tem de ser pelo número de km’s percorridos num ano, por exemplo, se percorrer 20.000 km a 0,034 € dá por ano em 680€, o que é absurdo para um ZOE, pois hoje em dia este tipo de valores para os carros a combustível equivale aos de alta cilindrada. Até para os híbridos é ridículo, pois têm de pagar o IUC para o motor a combustão e outro IUC para os km’s percorridos.
O sistema deveria de ser dentro do mesmo género, ou pela potência dos VE’s ou pela bateria que os equipa, nunca pelos km’s percorridos.
No entanto o pessoal até paga mais do que isso em imposto por ano se percorre esses 20.000km um Fiat Uno, o problema é que como paga mensalmente não repara no custo.
Já taxar pela bateria é como taxar os carros a combustão por terem um depósito maior, o que também não faz muito sentido sendo que também é contra-producente porque dás indicador ao mercado que não queres baterias com mais densidade.
O correto é mesmo taxar pelo peso e/ou potência do motor e não pela capacidade da bateria.
O peso do carro e a potência são os dois factores que determinam o desgaste da via e a poluição por partículas dos pneus. Nos carros que circulam em ambiente urbano há mais um – as dimensões, principalmente largura – que vai determinar o entupimento causado pelo carro.
É normal, de um lado a receita diminui, do outro tem de aumentar. É a vida.
O título do artigo deveria ser “Califórnia COPIOU a forma de fazer os condutores de veículos elétricos pagarem”.
Essa forma de tributação começou na Nova Zelândia e vai ser implementada no Reino Unido.
A Califórnia não arranjou nada, pura e simplesmente está a fazer o mesmo que viu fazer naqueles dois países.
Antes de taxarem os carros eletricos, devem primeiro taxar o querosene dos aviões.
Andam a poluir, cada quilómetros ou milha percorrida consomem muito mais combustivel por pessoa e estão isentos.
Exatamente! Quando as pessoas que andam de avião podiam perfeitamente deslocar-se em automóveis elétricos! (Em estradas construídas e mantidas com os impostos sobre os combustíveis).
Lol escavavam o alcatrão todo têm que pagar, oras 😛