Estrutura na frente dos camiões pode reduzir os riscos de colisão entre automóveis
Investigadores suecos desenvolveram um design pioneiro para a frente dos camiões, com o objetivo de reduzir os riscos de colisão entre automóveis e veículos pesados.
Aquando de acidentes entre automóveis e camiões, os primeiros estão em clara desvantagem, considerando principalmente o tamanho dos segundos. Pelo perigo que representam para os ocupantes dos veículos, as colisões são uma preocupação.
Aliás, as estatísticas revelam que entre 14 a 16% de todas as mortes de ocupantes de automóveis, na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos, envolvem veículos pesados de mercadorias
Os números indicam, também, que os ocupantes dos automóveis são as vítimas em 90% desses acidentes. De facto, o tamanho, a rigidez e a geometria dos camiões amplificam a gravidade dos acidentes.
Perante este problema, a UE reviu os seus regulamentos e, agora, permite alterar a conceção dos camiões, no sentido de reforçar a segurança.
Suécia apresenta novo design para reduzir riscos em caso de colisão com camiões
Em resposta à flexibilização dos regulamentos, uma equipa de investigadores suecos da Chalmers University of Technology desenvolveu uma nova frente para os camiões destinada a reduzir drasticamente os riscos de colisão entre automóveis e veículos pesados.
O novo design para a frente dos camiões foca-se num aspeto crucial: proteger a cabina do veículo de passageiros durante as colisões frontais.
Os designs tradicionais de camiões não se têm debruçado sobre esta questão de forma adequada, levando os investigadores a repensar como os camiões e os automóveis interagem em caso de colisão.
Com características como uma estrutura alveolar de alumínio com absorção de energia, a nova frente foi concebida para distribuir e reduzir as forças de impacto.
Os testes realizados pela Administração de Transportes Sueca (Trafikverket) produziram resultados promissores, demonstrando uma redução de 30-60% nas deformações do compartimento dos veículos de passageiros com a nova frente do camião.
Confira a explicação no vídeo abaixo:
O problema desta versão do para-choques é a sua projeção em relação à cabine do camião. Hoje em dia a cabine e a posição do condutor estão em cima do bloco do motor e não atrás (como há anos atrás) para optimizar o comprimento do semi-reboque que está acoplado.
O conjunto trator + semi-reboque pode ter no máximo (valor definido por lei) 16,5 metros. Aumentado o comprimento do do veículo trator com este novo para-choques, teria que se reduzir o comprimento dos semi-reboques. O que para empresas de transportes seria algo de praticamente impossível, pois estamos a falar de um parque com centenas de veículos que teriam de ser substituídos, comprando veículos novos e sem se conseguir vender os antigos, uma vez que ninguém os poderiam usar.
Caso venha a ser aprovado, irão criar uma exceção para dispositivos de proteção contra encastramento…
Agora é aplicar o conceito aos SUV’s.
Sim, o problema é o SUV.
Porque se levares com uma Ford Transit em cima, já não há problema.