Comandos Linux para Totós 2025: Tutorial n.º 5
Em 2011 iniciamos um conjunto de tutoriais com o objetivo de ensinar a usar a linha de comandos do Linux. Intitulada “Comandos Linux para Totós”, a rubrica teve enorme sucesso. Este ano voltamos a recordar a rubrica... com algumas novidades.
Bem, vamos então ao que interessa. Tal como referiram alguns dos nossos leitores nos comentários do último artigo desta rubrica, para definir as permissões de um ficheiro utiliza-se o comando chmod. As permissões podem ser definidas num dos seguintes modos: “amigável” ou “máscara binária (ou modo octal)”
Modo: “amigável” (com letras)
Para a definição de permissões através do modo “amigável” é necessário recorrer a letras e mais alguns símbolos. Para isso, produzi uma tabela auxiliar com tudo o que precisam de saber. Por exemplo, a letra ‘u’ indica que é dono, ‘g’ refere-se ao grupo, etc. Depois temos as permissões de leitura, escrita e execução que são definidas através das letras r,w e x respetivamente. Depois há os operadores que nos permitem definir uma permissão (‘+’) ou remover uma permissão (‘-).
Criem o ficheiro pplware através do comando touch, e depois experimentam mudar-lhe as permissões. Para ver as permissões do ficheiro podem usar o comando ls –l pplware
- chmod u+rw pplware - dá permissões ‘r/w’(leitura e escrita) ao dono do ficheiro
- chmod o‐rwx pplware - retira todas as permissões aos “outros”
- chmod a+rw pplware - dá permissões ‘r/w’ a todos (ugo)
- chmod go‐r pplware - retira a permissão ‘r’(leitura) ao grupo e outros
Modo: Máscara binária ou modo octal
A máscara binária é composta por três algarismos arábicos sob a base 8 ou seja de 0 a 7 (daí o nome de modo octal) onde:
- O primeiro dígito representa o dono do ficheiro (u)
- O segundo dígito representa o grupo (g)
- O terceiro dígito representa os outros (o)
As permissões são especificadas para cada grupo, somando as permissões necessárias:
- 4 = Leitura (r)
- 2 = Escrita (w)
- 1 = Execução (x)
Relativamente à máscara binária, criei duas tabelas auxiliares:
Vamos considerar então que pretendemos dar ao ficheiro pplware a permissão de leitura(4), escrita (2) e execução (1) para o dono do ficheiro, leitura (4) ao grupo e leitura (4) aos outros. Ora somando os “pesos” para o dono temos 4+2+1=7, relativamente ao grupo temos apenas 4 e o mesmo acontece para os outros. Então, a permissão a atribuir seria 744. Percebido? Numa primeira fase parece confuso, mas depois torna-se um sistema bastante simples. Vamos a mais alguns exemplos:
- chmod 600 pplware > permissões ‘rw‐‐‐‐‐‐‐’
- chmod 755 pplware > permissões ‘rwxr‐xr‐x’
- chmod 777 pplware > permissões ‘rwxrwxrwx’
Resumindo, modo amigável usamos letras e na máscara binária usamos um conjunto de três dígitos. Como dica final deixo-vos o comando stat. Experimentem usar da seguinte forma: stat pplware e depois analisam a informação presente no campo Access.
Estão abertos os comentários do artigo a nível de leitura e escrita > chmod 666 🙂
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Na verdade são comandos linux para todos, pois todos os que usam linux são tótós.
E com muito gosto.
Gosto em usar algo que e tao limitado nem adobe acrobat corre
Oi? O Adobe é que é limitado porque não corre em Linux. Além disso, acho ainda mais limitado quem fica preso a software proprietário.
Limux não serve para nada, não corre software nenhum. Vai la para uma entrevista de emprego dizer que o adobe e que e limitado que todos se riem na tua cara nem para o macdonalds serve
Joao Patinho nem so de Adobe vive o mundo linux. Se pensas assim pensas pequenino no mundo linux. Alem disso havia de ser bonito as pessoas serem contratadas por saber usar adobe ahaha. Se queres ter forca nos argumentos se mais criativo. Perdeste uma boa ocasiao para estar calado.
Devem estar a pensar em pdf reader. O problema não é bem esse. A adobe tem com um conjunto diversificado de sotware dedicado à industria de multimédia, e de falarmos na autodesk, então é um tiro fatal no linux. Qualquer equipa de engenharia utiliza software autodesk, algo que pura e simplesmente não existe para linux, nem qualquer outra alternativa digna desse nome. Num um simples visualizador decente existe para autocad, quanto mais para trabalho de edição, modelação 3D, etc.
Ricardo ja usaste linux ? Ou estas a falar de cor e salteado ?
Usso do adobe acrobat paga-se?
O Acrobat tem versão gratuita e versão paga (Pro).
Uma pequena pesquisa e parece que autodesk tem algo para linux…. chama-se autodesk maya.
continuem a partilhar conhecimento