Starlink: 3% dos mais de 800 satélites já lançados apresentam defeitos
A Starlink é um dos mais arrojados projetos nascidos pelas mãos de Elon Musk. Trata-se da Internet criada em 2015 pela SpaceX, que, nomeadamente nos últimos tempos, já deu mais do que provas de que é uma aposta ganha.
No entanto, segundo as informações apuradas, dos mais de 800 satélites que já foram lançados, 3% deles apresentaram algum defeito e, por isso, foram desativados.
Através da empresa espacial SpaceX, Elon Musk projetou a Internet Starlink. Este projeto tem como finalidade fornecer, através de satélites, Internet de banda larga a todos e a preços acessíveis. Uma das grandes vantagens é que a rede poderá assim abranger locais remotos onde as ligações são insuficientes ou até mesmo inexistentes.
De acordo com os testes mais recentes, os resultados conseguidos pela Starlink são admiráveis, atingindo velocidades acima dos 100 Mbps com baixa latência.
Na prática, esta Internet já está também a ser usada por equipas de emergência contra incêndios nos Estados Unidos.
3% dos satélites Starlink já lançados apresentam defeitos
A SpaceX continua na sua missão com envios constantes de satélites Starlink. Por norma, a empresa de Musk envia 60 unidades de cada vez para a órbita terrestre, sendo que o grande objetivo é alcançar pelo menos 12 mil unidades envidas. Mas a meta é criar uma megaconstelação que pode totalizar 30 mil satélites.
Atualmente a empresa já lançou mais de 800 satélites, no entanto, 3% destes equipamentos apresentaram algum defeito e, por isso, estão desativados.
Das falhas fazem parte satélites que não conseguiram responder às manobras necessárias de forma a serem posicionados na órbita correta. Este problema pode mostrar-se perigoso nomeadamente para outros satélites, assim como aeronaves que se encontrem nas zonas próximas.
Para evitar colisões, a SpaceX integra propulsores individuais nos Starlink, que depois são ativados para elevar a órbita dos equipamentos. No entanto, a empresa informou a Federal Communications Comission (FCC), entidade que regula as comunicações nos EUA, que, entre meados de maio e final de junho, vários satélites não conseguiram fazer essas manobras.
A SpaceX não divulgou qualquer informação sobre os satélites defeituosos. No entanto, o astrofísico Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, fez a sua própria pesquisa. No seu estudo, designado Jonathan's Space Report, fez a comparação entre os dados da SpaceX e os dados do governo norte-americano. Assim, chegou à conclusão que aproximadamente 3% dos satélites Starlink falharam por não conseguirem responder aos comandos enviados da Terra.
Feitas as contas, considerando os 800 satélites enviados, cerca de 24 apresentam este problema. No entanto, os satélites desativados continuam a representar riscos. E segundo McDowell:
A preocupação é que mesmo uma taxa de falha normal numa constelação tão grande acabe com muito lixo espacial mau.
Há milhares de objetos na órbita terrestre
Segundo os dados atualizados pela Agência Espacial Europeia (ESA), atualmente existem 5.500 satélites em órbita, dos quais 2.300 estão operacionais. Ora, considerando os objetivos da SpaceX, e contando com os satélites desativados, podemos então prever que haverá muitos mais equipamentos em redor do planeta.
Para além disso, há ainda que ter em conta os detritos existentes e as várias colisões que já aconteceram ao longo da história. A ESA estima que existam atualmente 34 mil objetos com mais de 10 cm de diâmetro em órbita, 900 mil entre 1 cm e 10 cm e 128 milhões que medem entre 1 mm e 1 cm.
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Phys
Tanto a star X como ESA, NASA e todas os outros que enviam material para a órbita da Terra deviam unir esforços para limpar de vez todo o lixo que lá têm.
Isso é um problema real, mas o facto de terem defeito não os torna lixo. Só é lixo se estiverem sem controlo e não é claro que esse seja o defeito. Além disso, à altitude a que estes satélites são lançados, reentram após uns 5 anos ou menos.
Lixo espacial são todos os objectos feitos pelo homem que orbitem a terra e não desempenhem qualquer função útil. A definição não tem nada a ver se estão sob controlo ou não. No momento em que os satélites foram desactivados, e deixaram de possuir qualquer utilidade, foram relegados a lixo espacial.
Onde é que no meu comentário está escrito que satélites desactivados não são lixo? Aliás, escrevo mesmo que se estiverem sem controlo são lixo.
Se mantêm controlo podem ter uma função, nem que seja testar o ciclo de vida dos sistemas que ainda funcionam.
Pelo que diz este artigo, esta é a conclusão de um estudo feito por alguém externo. Não é oficial que estejam desactivados. É a explicação mais plausível, mas há mais explicações para o facto dos satélites não estarem a alterar as orbitas.
Não ter controlo sobre o satélite não equivale a este ter sido desativado. Sempre que falo contigo é sempre a mesma coisa, quando dizes asneira ofuscas para esconder o facto que o que acabaste de dizer está, realmente, errado.
“Se mantêm controlo podem ter uma função, nem que seja testar o ciclo de vida dos sistemas que ainda funcionam.”
Outra desculpa ad hoc. O mais engraçado disto tudo é que os satélites em questão estão sem controlo, porque não conseguem alterar a sua orbita e não respondem a comandos. Mas certamente que vais inventar outra desculpa ad hoc.
“Pelo que diz este artigo, esta é a conclusão de um estudo feito por alguém externo. Não é oficial que estejam desactivados.”
Errado mais uma vez. É oficial que estes estejam desativados porque a SpaceX comunicou tal à FCC, no comunicado não indica quais os satélites da constelação que falharam. E é isso que este relatório compila, quais os satélites que se encontram com defeito. Mas inventa lá outra desculpa ad hoc ou ofusca mais um bocadinho.
@Nuno V, não respondeste à minha pergunta. Onde é que no meu comentário está escrito que satélites desactivados não são lixo?
E onde é que eu escrevi que não ter controlo sobre o satélite equivale a este ter sido desativado?
Acredito que os satélites estejam sem controlo. Por isso é que não disse o contrário. Limitei-me a traçar um possível cenário que não seria inédito para satélites que, como é descrito no artigo, “apresentam defeitos”: atribuir uma nova “missão” que ainda consigam desempenhar com os “defeitos”. Penso que nem sequer o fiz em termos de justificação para teres recorrido ao teu famoso “desculpa ad hoc”…
A frase “Pelo que diz este artigo, esta é a conclusão de um estudo feito por alguém externo. Não é oficial que estejam desactivados.”, está errada onde? Onde é que neste artigo diz que o estudo é interno ou que a confirmação é oficial?
Falta provares a asneira que eu disse, porque a mim parece me que quem está a ofuscar aqui és tu. Estás a fazer interpretações abusivas daquilo que escrevi e não queres admitir.
Na nossa última interacção (noutro artigo), eu admiti (2x) que estava errado porque interpretei abusivamente o que escreveste e tu, e bem, apontaste para o ipsis verbis do que tinhas escrito. Agora que eu faço o mesmo, acusas me de ofuscar e inventar desculpas.
Conhecimentos não te parecem faltar, antes pelo contrário. É pena que no capitulo da humildade não seja assim.
@Nuno V., e, se não for pedir muito, coloca aqui a fonte que te levou a escrever que “É oficial que estes estejam desativados porque a SpaceX comunicou tal à FCC”. Este artigo não entra em detalhes e o máximo que encontrei sobre essa comunicação foi que “several of their satellites have lost maneuvering capability”. Não encontro nada a dizer que foram desactivados. Obrigado.
*SpaceX
O maior problema é mesmo poderem ser perigosos para os lançamentos. A órbita deles é baixa, ao cabo de 12 anos vão arder. Os primeiros 36000 tem vida útil entre 10 a 15 anos. Os 5300 dólares do equipamento para que se possam usar é que lixa tudo.
Mensalidades de 180 a 8000 dólares mensais, ainda vai demorar a ter aderência.
A mensalidade inicial vai ser 99$. A perspectiva é baixar com o tempo e mais clientes.
io avizei
Mais lixo espacial. O homem tem uma capacidade brutal, em destruir e em fazer lixo.
Mr Musk space junk will kill us all.