Dinamarca concordou e vai proibir as redes sociais para menores de 15 anos
Depois de a primeira-ministra da Dinamarca ter informado que o país iria proibir as redes sociais para menores de 15 anos, por estarem a "roubar[-lhes] a infância", a maioria dos partidos no parlamento declarou apoiar a implementação de uma idade mínima para o uso das plataformas.
Numa tendência começada pela Austrália, que proibiu as redes sociais para menores de 16 anos, no final do ano passado, com a medida a entrar em vigor em dezembro de 2025, o Governo da Dinamarca chegou a um acordo para implementar uma idade mínima de 15 anos em determinadas plataformas de redes sociais.
A medida surge na sequência do apelo feito pela primeira-ministra, Mette Frederiksen, durante o seu discurso de abertura ao Parlamento, no mês passado, conforme informámos.
Na altura, sustentou a necessidade de restringir o acesso dos menores às redes sociais com preocupações relativamente à saúde mental dos jovens.
Pais terão última palavra sobre o acesso às redes sociais na Dinamarca
Como um dos primeiros países da [União Europeia], a Dinamarca está agora a dar um passo inovador no sentido de introduzir limites de idade nas redes sociais. Isto é feito para proteger as crianças e os jovens no mundo digital.
Escreveu o Ministério da Digitalização do país, num comunicado, acrescentando que, "como ponto de partida, as crianças com menos de 15 anos não devem ter acesso a plataformas que possam expô-las a conteúdos ou funcionalidades prejudiciais".
Para já, não foram dados detalhes sobre as plataformas que serão afetadas nem como a proibição será aplicada.
Contudo, sabe-se que a última palavra será a dos pais de cada menor: se os pais acreditarem que seus filhos devem ter acesso às redes sociais numa idade mais precoce, terão a oportunidade de consentir o acesso dos seus filhos.
Dinamarca planeia 14 iniciativas para proteger as crianças e jovens online
Neste sentido, além da proibição das redes sociais para menores de 15 anos, a Dinamarca prevê a alocação de 160 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 21,4 milhões de euros) para 14 iniciativas destinadas a reforçar a proteção das crianças e dos jovens online, bem como a criar um melhor enquadramento para as suas vidas digitais.
Como parte do acordo, a supervisão da Lei dos Serviços Digitais da União Europeia será reforçada e serão atribuídos fundos para apoiar o desenvolvimento de plataformas alternativas de redes sociais.
Além disso, segundo o comunicado do ministério dinamarquês, serão envidados esforços adicionais para combater o marketing ilegal por parte de influenciadores.
Segundo o ministério, "as crianças não devem ser deixadas sozinhas num mundo digital onde conteúdos prejudiciais e interesses comerciais fazem parte integrante da sua vida quotidiana e infância".
Mais, "as crianças e os jovens têm o sono perturbado, perdem a paz e a concentração e sofrem uma pressão crescente das relações digitais, onde os adultos nem sempre estão presentes; este é um desenvolvimento que nenhum pai, professor ou educador pode impedir sozinho".
Na perspetiva de Caroline Stage, ministra da Digitalização, "a Dinamarca está agora na vanguarda da Europa com um limite de idade nacional para as redes sociais e um esforço combinado para reforçar o bem-estar digital das crianças e dos jovens".
Conforme disse, a Dinamarca está "a tomar uma posição necessária contra uma evolução em que as grandes plataformas tecnológicas tiveram rédea solta nos quartos das crianças durante demasiado tempo".
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Algo que deveria recair sobre os progenitores está a ser usado como uma desculpa para de identificar todos os utilizadores das redes sociais…
+1
Ora nem mais. Quero ver como é que isto vai correr bem. Os pais é que deveriam ter a responsabilidade.
Mais valia regular as redes socias mas não há coragem é mais facil bater nas crianças.
isso dos pais por cá não funcionava.. nem quero imaginar
Lá se vão os FuçaBokas ao ar!
Com identificação desaparecem mais de 80% dos utilizadores.
O que do facebook ? ahahah já há muito tempo que adolescentes não usam o facebook agora é só para velhos
para velhos ??? nem isso, é mais só para grupos de uma determinada temática …
Na Dinamarca, se os pais consentirem, podem aceder às redes sociais (criar ou manter contas) a partir dos 13 anos. Sem precisar de consentimento é que é aos 15.
É diferente da Austrália em que a idade mínima é aos 16 anos.
Isto tem muito a ver com a criação de formas eficazes de controlo da idade. Na Austrália ainda não foi criado. Tentaram, nomeadamente, o reconhecimento da idade através de uma aplicação que usa a câmara do equipamento, mas cria muitos falsos positivos.
por cá é só integrar com o gov.pt
Miúdos de 15 anos sabem mais de redes do que os burocratas que querem proibir o acesso…boa sorte…
Assim passam para a deepweb.
De um lado proíbem as crianças de aceder às redes sociais, do outro lado fomentam a criação de conteúdos para crianças dessas faixas etárias.
As crianças se não tiverem conteúdo que as cative, entenda-se dirigido a elas, não acedem…
Quando o facebook saíu cá em Portugal, os paizinhos abriram contas para os seu filhos contornando o filtro da plataforma que pedia a idade do utilizador. Ficavam todos contentes achando-se uns génios da informática. Hoje estamos como estamos …
Já vão tarde… Já está tudo formatado … Os adultos iguais… Enquanto não entenderem que tudo é frequência… Nós somos uma antena ( cérebro) que sintoniza numa frequência escolhida… Tal como um rádio que só toca a música dessa mesma frequência… Pensem no que está a acontecer aos jovens e também a certas pessoas em algumas redes sociais…
Exatamente, conteudos prejudiciais e interesses comerciais. Tanto por parte de individuos como das grandes empresas.
Os miudos sao expostos a conteudo “divertido” e intencionalmente viciante, vêem pessoas a serem felizes e a ganhar dinheiro, e acham que só pode ser correto. Acho que as crianças que cresceram com a net dos algoritmos nāo percebem realmente o quao nefastos podem ser.
Eu acho que deveria ser proibido a menores, e quando tivessem idade era obrigatório nº de CC.. Só usa quem quer, e pessoas com 20 e 30 perfis falsos iriam desaparecer. e quem não concorda é porque usa as redes para atividades duvidosas, porque se as redes foram inventadas para aproximas as pessoas e partilhar momentos com família e amigos, não vejo problema nenhum, até porque o nº de CC só era visível para o proprietário e autoridades se assim fosse solicitado.
O que não falta são números de CC na net. De empresas (que não têm nº de CC, têm NIPC, igual ao nº de contribuinte) estão lá quase todos.
O que a UE está a ponderar fazer é criar uma app que, tendo por base um tipo de Chave Móvel Digital, gere um código, válido por um curto período de tempo – quem tiver que comprovar a idade insere esse código e o site recebe do sistema a confirmação de que corresponde a alguém com essa idade ou superior.
Não pretende evitar perfis falsos – apenas impedir que menores de uma determinada idade não acedem (criando e mantendo contas), a determinados sites em que a lei exige idades mínimas.
Sim mas uma coisa impede a outra, se o perfil tem de ser verificado impede tambem os perfis falsos
Fazem bem!