Amazon prepara rede de satélites do Projeto Kuiper para atacar o mercado da Starlink
A Amazon anunciou esta quarta-feira que planeia lançar na próxima semana os primeiros 27 satélites do seu Projeto Kuiper, uma rede de internet via satélite. Este lançamento marca o início de um ambicioso plano da empresa para criar uma vasta constelação que competirá diretamente com o sistema Starlink, de Elon Musk.
Amazon quer um pedaço do negócio da Starlink
Num comunicado, a Amazon revelou que a missão “Kuiper Atlas 1” será lançada a 9 de abril, às 17h (horário de Lisboa), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Florida.
O lançamento será realizado por um foguetão Atlas V, operado pela United Launch Alliance, uma joint venture entre a Boeing e a Lockheed Martin.
Este evento faz parte de um acordo abrangente de múltiplos lançamentos assinado pela Amazon em 2022, sublinhando o seu compromisso em acelerar a implantação da rede.

Os utilizadores precisam de antenas dedicadas para aceder à rede Kuiper. Tal como a Starlink, como a sua antena mini de 3ª geração, a Amazon desenvolveu uma antena compacta capaz de alcançar velocidades de 100Mbps. Haverá uma oferta de um terminal maior para uso residencial e empresarial, com velocidades de até 1 Gbps.
O Projeto Kuiper foi concebido para criar uma infraestrutura de comunicações robusta e acessível, com mais de 3.000 satélites em órbita terrestre baixa.
O objetivo da Amazon é fornecer internet de alta velocidade a nível global, especialmente em regiões remotas e com pouca cobertura, reforçando a sua posição num mercado dominado atualmente pela SpaceX, cujo sistema Starlink já conta com mais de 7.000 satélites em operação.

O modelo menor e que pesa cerca de 500 g é destinado a utilizadores residenciais, governamentais e corporativos que atuam em projetos de mobilidade e internet das coisas (IoT).
Kuiper traz uma nova geração de satélites
De acordo com a empresa, os satélites da missão KA-01 trazem avanços significativos em relação aos dois protótipos lançados em outubro de 2023, quando o serviço foi testado com sucesso. Eles incluem novos processadores, antenas de matriz faseada, painéis solares e links óticos.
Além disso, os satélites do Projeto Kuiper são revestidos com filme espelhado dielétrico para dispersar a luz solar refletida, tornando-os menos visíveis, evitando atrapalhar os astrónomos.
Outro destaque está no sistema de propulsão ativo, que oferece à Amazon a possibilidade de controlar cada unidade em todas as fases da missão.
Com um atraso enorme, e a SpaceX a colocar satélites quase todas as semanas, não estou a ver a Amazon ter uma constelação decente rapidamente. A usar Vulcan que são descartáveis, e certamente demora pelo menos meses para cada missão, nem tão cedo há serviço. A Starlink leva um avança enorme, e com a SpaceX com uma cadência de novos lançamentos, vai ser muito complicado competirem. Mesmo que utilizem o New Glenn, também a Blue Origin não vai ter capacidade de lançar frequentemente satélites, pois o New Glenn não é reutilizável por agora.
Espero que tenham lasers que disparem contra os satélites da starlink. Assim a competição fica mais atrativa.