Meta teve de perder 70 mil milhões para perceber que o metaverso é um fracasso…
A ambiciosa visão de Mark Zuckerberg para o metaverso, que motivou a mudança de nome de Facebook para Meta, parece ter chegado a um ponto de viragem. Após perdas financeiras colossais e uma adoção pública muito abaixo do esperado, a empresa está a reorientar a sua estratégia para a nova tecnologia do momento: a inteligência artificial (IA).
Um corte drástico para o metaverso
Em 2021, Mark Zuckerberg apostou o futuro da sua empresa no conceito de metaverso, um universo digital imersivo acedido através de óculos de realidade virtual. A convicção era tal que o próprio nome da empresa foi alterado para Meta. Contudo, o que se seguiu foi um percurso marcado por dificuldades.
Agora, a empresa parece render-se às evidências: segundo o Financial Times, a Meta prepara-se para implementar cortes significativos nas suas divisões dedicadas ao metaverso a partir de 2026. Estes cortes poderão atingir 30% do orçamento destinado a projetos como o Horizon Worlds e os óculos Quest VR, implicando também uma provável redução de postos de trabalho.
Esta decisão surge após a divisão de realidade virtual e aumentada, Reality Labs, acumular perdas astronómicas de 70 mil milhões de dólares desde a sua criação. A insistência em manter um investimento tão elevado num projeto com fracos resultados tornou-se insustentável, especialmente no atual contexto de corrida à IA, onde os recursos são cada vez mais disputados.
A Meta encontra-se num momento financeiro delicado. Apesar de ter registado um aumento de 26% nas suas receitas na última apresentação de resultados, as ações da empresa sofreram uma queda de 11%. A razão foi o anúncio de Zuckerberg de que o investimento de capital (Capex) para 2025 seria superior ao previsto, passando de 66 mil milhões para um intervalo entre 70 e 72 mil milhões de dólares.
Em contrapartida, a notícia sobre os cortes no orçamento do metaverso foi recebida de forma positiva pelos mercados, resultando numa subida de 6% no valor das ações. Este movimento demonstra que os investidores aprovam a contenção de custos em áreas que não estão a gerar retorno.
A nova aposta da Meta: IA
O foco da Meta mudou claramente para a IA. Mark Zuckerberg dedicou os últimos meses a contratar alguns dos maiores talentos da área, oferecendo salários multimilionários para garantir uma equipa de topo.
Além disso, a empresa está a investir milhares de milhões na construção de centros de dados de última geração, com destaque para o projeto "Hyperion", cuja dimensão será comparável à da ilha de Manhattan.
A mudança de estratégia reflete-se também no hardware. A empresa anunciou recentemente a criação de um novo estúdio de design dentro da divisão Reality Labs, contratando Alan Dye, um dos principais responsáveis de design da Apple, para liderar a equipa. O objetivo é desenvolver a interface para os novos óculos com IA da Meta, que se estão a tornar no produto de hardware de referência da companhia.
Os óculos Ray-Ban Meta estão a ter um desempenho comercial muito superior ao dos seus antecessores de realidade virtual. No início de 2025, já tinham sido vendidas um milhão de unidades, e em julho, a divisão triplicou as suas receitas.
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Eu sempre disse iria ser um fracasso, mas havia muita gente aqui no fórum muito otimista, em relação ao metaverso.
Quem é que vai pagar agora o fracasso. O idiota do seu CEO?
Em relação aos óculos vamos ver como fica a questão das privacidade, de quem está a ser filmado.
Faz parte do processo. Quantas tentativas falharam antes de surgir um bom produto?
E tu, se és assim tão bom e já sabias tudo, já desenvolveste algum produto com valor?
Respira. O Benfica não ganhou ontem, mas isso não é motivo para ficares assim tão irritado.
Nunca irá sair um bom produto. Uma realidade virtual relativamente anónima onde podes fazer tudo sem consequências? O que achas que vai acontecer dado o estado demente de muitas pessoas de hoje em dia? Olha como está o Roblox e nem tem realidade virtual. Basta procurar por histórias na net para ver que é impossível moderar todo o metaverso e óbvio que isso afasta muita gente tornado o produto um fiasco comercial.
Só será um sucesso quando conseguirem “controlar e moderar” os “instintos humanos” de uns quantos idiotas.
Eu não sou bom nem mau. E por acaso até sou do Benfica, mas não ligo, a futebol.
Eu apenas olhei para uma plataforma idêntica, que ainda existe, o Second Life. A mesma, nada trousse de bom às pessoas, para além do isolamento.
O metaverso surgiu no contexto da Covid. Na próxima pandemia ele vem com tudo.
Fui, dos primeiros, a dizer que 1, em cada 800000 milhões, de perfis, do FB, iriam pagar, para o metaverso.
Maioria, do pessoal daqui, e não só, achavam que, podia chegar, a 600000 milhões de perfis, 90% a pagarem os 2000 euros, dos óculos e 5000 euros, anuais, das subscrições.
99,99999999%, dos perfis, enganaram-se.
Os óculos são provavelmente das coisas mais interessantes que saíram para o mercado nos últimos anos, só têm um problema, são feitos pela meta, e eu já lhes dou demasiada informação ao ter instalado no meu telemóvel duas das suas apps, e a última coisa que eu lhes quero dar é a permissão para eles gravarem tudo o que eu faço e vejo, já chega dar isso à Google.
Milhares de milhões desperdiçados no meta verso e nem conseguem ajudar as pessoas a proteger as suas contas contra o furto utilizando chaves de segurança FIDO U2F/ FIDO2 ou WebAuthN, pelo menos opcionalmente, e implementassem de tal forma que mesmo que furtassem os cookies de autenticação não pudessem ainda assim mudar/ adicionar/ remover dados importantes como nome da conta, e-mail/ telemóvel, password, segundo factor de autenticação, sem uma segunda verificação com o segundo factor mais seguro disponível.
1, em cada 54000 milhões, de contas, foram hackeadas.
Não é como 99,91%, da carteiras, de criptomoedas, que precisam de 80MFA, que o utilizador demora 6 horas, para aceder, à carteira, a passar, os portais, de segurança, falha 1, 500 horas, para poder, voltar, a aceder.
Todos os anos vejo pessoas a queixarem-se que lhes furtaram a conta de Instagram, e não é apenas a famosos, pessoas desconhecidas passam pelo mesmo.
E era um problema fácil de resolver em especial desde a introdução das chaves FIDO U2F, que agora evoluíram para FIDO2 e até para o WebAuthN (“Passkey”) que funciona nos smartphones mais modernos.
Bem… é claro que a tentiva/erro faz parte… mas 70mM tirava a fome a muita gente
Pensava que já tinham desistido disso há muito tempo atrás quando começou a corrida pela “melhor IA”. Mas isso então explica porque a Meta vai tão atrás na corrida. Estão-se a dedicar a 110%* nas coisas erradas.
* Provavelmente só o chefinho porque houve muitas histórias que os funcionários do metaverso passavam o dia todo a coçar-los porque odiavam o protejo.
Oh não!!… E agora o que vai acontecer ao “pobre” senhor?!… Que desgraça, que calamidade!