Nokia vai cortar mais 10.000 empregos nos próximos dois anos
A nova chefia da Nokia parece estar a levar a sério o papel de estancar gastos desnecessários na empresa. Recentemente noticiámos que a gigante finlandesa tinha despedido mais de 10.000 pessoas em apenas dois anos.
No entanto, agora a Nokia anunciou planos para cortar mais 10.000 empregos nos próximos dois anos que se seguem.
De acordo com as últimas notícias que vão saindo da Nokia, provavelmente os funcionários da empresa finlandesa estão neste momento apreensivos em relação ao seu futuro profissional.
No início deste mês demos conta que a marca já havia despedido mais de 10.000 funcionários de 2018 a 2020. Em 2020, a Nokia contava então com 92.039 postos de trabalho, o que em percentagens significa que o total de funcionários da empresa caiu 11% em apenas dois anos. Mas a empresa não se fica por aqui.
Nokia vai cortar mais 10.000 empregos nos próximos dois anos
A Nokia anunciou nesta terça-feira (16) que tem planos para cortar até 10.000 empregos no espaço de dois anos. Segundo a empresa, esta decisão visa então cortar custos e investir mais na capacidade de pesquisa, de forma a tornar a finlandesa mais poderosa para enfrentar a sueca Ericsson e para a chinesa Huawei.
Em 2020 Pekka Lundmark assumiu o cargo de CEO da Nokia e tem feito várias mudanças. Tais alterações têm como objetivo corrigir erros da gestão anterior, nomeadamente na capacidade de resposta da empresa no âmbito da rede 5G. Neste sentido, o executivo já deixou claro que a empresa "fará o que for preciso" para se tornar líder no 5G.
Segundo a Reuters, Lundmark deve apresentar a sua estratégia a longo prazo, discutir planos de ação e ainda definir metas financeiras nesta quinta-feira (18).
Em comunicado, a Nokia disse que espera cerca de 600 a 700 milhões de euros de reestruturação e encargos até 2023. Lundmark afirma que:
As decisões que podem ter um potencial impacto nos nossos funcionários nunca são tomadas levianamente. A minha prioridade é garantir que todos os afetados tenham apoio durante este processo.
Estas mudanças devem diminuir a base de custos em cerca de 600 milhões de euros até ao final de 2023. E metade destes cortes devem acontecer ainda em 2021.
Segundo um representante da empresa finlandesa, "estes planos são globais e provavelmente vão afetar a maioria dos países. Na Europa, já informámos os conselhos de empresa locais e esperamos que os processos de consulta comecem em breve, quando aplicável.”
No entanto as ações da empresa caíram significativamente durante as negociações desta manhã.
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Fonte: Reuters
Neste artigo: 5G, despedimento, nokia, Pekka Lundmark
O cataclismo aproxima-se para a Nokia.Ou muito me engano ou nos próximos 5 anos a Nokia desaparece de vez.
Ui que temos vidente
Esta crise ja esta a afectar muitas pessoas e empresas. Seria bom a resposta das pessoas pos covid, e ajudar a fomentar a economia, nomeadamente a restauracao que foi das mais afectadas, mas infelizmente muitas empresas ja estao a ter problemas de tesouraria e isso nao incentiva em nada em manter os empregos. Todos nos sabemos que isto e uma bola de neve, e mesmo no pequeno comercio prejudicam as grandes empresas. Menos aos ricos esse e um caso a parte.
Em tempos normais a restauração é a atividade que mais tenta fugir ao pagamento de impostos, nomeadamente no IVA, mas agora que estão com a corda na garganta já querem ajudas.
Errado, mais que a restauração tens tudo o que são serviços. Canalizadores, electricistas, mecanicos, tecnicos de gás, etc etc. Esses são os piores e tipicamente uma valente escumalha.
É apenas uma reestruturação, a ideia não é acabar mas sim torná-la mais competitiva. Em Portugal vão meter 200 pessoas este ano, 1 profissional tuga vale por 3 nos sítios onde vão cortar.
Nokia cada vez tem mais espaço no mercado e vai ganhar muito mais espaço devido ao 5G.
Bom, só quem não passou pela Nokia pode afirmar uma coisa dessas. A Nokia é como a função pública, demasiada gordura. Muita parra e pouca uva.
Passei na Siemens, é praticamente a mesma coisa.
Gordura é o nome do meio de qualquer multinacional, por isso cortam essa gordura para se tornarem mais ageis, tal como um gordo faz uma lipoaspiração para ficar mais leve e móvel.
De acordo. Infelizmente aqueles que dão no duro é que vão para rua, mantendo a gordura que realmente é prejudicial, também conhecida por internos.
Trabalhei 15 anos como externo numa multinacional e não fui despedido, apesar de ver pessoas à minha volta a serem mandadas de volta às suas empresas de origem. À coisas que fogem ao nosso controlo, mas sabendo procurar o teu lugar e mostrar o teu valor adicional é meio caminho para por lá continuares mais uns anos.
Peace, não concordo com esses outsourcings, existe legislação em vigor recente que coloca limites no outsourcing.
Não vejo nenhum motivo valido para ter alguém em outsourcing mais que 2/3 anos a não ser que seja para facilitar no dowsizing, o que é só estupido.
+1000
Contratam 200 para o centro que foi anunciado à umas semanas, mas depois despedem outros 200 ou mais. No final o saldo deverá ser negativo. Isto se com esta reestruturação esse centro se vier mesmo a concretizar e com os números anunciados.
Não é verdade, Nokia e Siemens crescem a olhos vistos em Portugal, precisamente pela valorização profissional, além dos menores custo salariais.
Crescem em Portugal enquanto o estado subsidiar
Em tempos uma das melhores empresas de telemóveis mas não soube acompanhar a transição para os smartphones. E agora não tem espaço num mercado completamente saturado, onde empresas chinesas dominam com qualidade a preços acessíveis.
RIP Nokia.
As mesmas empresas chinesas que estão em parceria com a Nokia a liderar o desenvolvimento e mercado 5G? Ah certo, é só mais outro que pensa que a Nokia como empresa multi-nacional de telecomunicações só desenvolve telemóveis.
Não sabes mesmo que esta empresa faz…
A Nokia não tem nada a ver com telemóveis. Essa parte foi vendida há anos. A Nokia foca-se no Core IP, redes móveis e equipamentos de rede. Nestas áreas são muito fortes e em routers, talvez a melhor empresa que conheço. Isso não impede que tenha de se agilizar para competir com países asiáticos. A verdade é que o equipamento desses países entra facilmente e vende-se na Europa, mas a Nokia e outras marcas europeias não conseguem ter mercado na China. Com este tipo de políticas é difícil conseguir-se ser competitivo.
Na China, por exemplo, a Huawei tem praticamente o monopólio – dinheiro do estado (que é imenso dado o superhavit do comércio externo), mais de 1.000 milhões de pessoas (a Europa nem metade disso tem), ordenados mais baixos, menores restrições ambientais, etc. Não há de facto milagres.