Microsoft abre investigação sobre assédio sexual solicitada pelos acionistas
A Microsoft anunciou, recentemente, que abriu um inquérito que investigará a forma como responde a questões de assédio sexual no local de trabalho, bem como a questões de discriminação de género.
Esta ação concretizou-se depois de a empresa ter sido pressionada pelos acionistas.
Motivada, por exemplo, pelas alegações relativamente ao seu cofundador, Bill Gates, a Microsoft anunciou que está a abrir um inquérito para investigar a forma como encara as questões de assédio sexual e de discriminação de género.
Este inquérito está a ser aberto, uma vez que quase 78% dos acionistas da Microsoft, na reunião anual realizada a 30 de novembro do ano passado, votaram a favor de uma maior responsabilização no tratamento de queixas de assédio sexual no local de trabalho.
Estamos empenhados não só em rever o inquérito, mas também em aprender com a avaliação para podermos continuar a melhorar as experiências dos nossos funcionários.
Disse o CEO da Microsoft Satya Nadella, numa declaração.
Microsoft não quer repetir os erros do passado
Conforme relatado pelo The Wall Street Journal no ano passado, a Microsoft contratou uma firma de advogados, em 2019, para investigar a polémica que envolveu Bill Gates. Esta surgiu depois de uma engenheira da empresa ter alegado, por carta, que manteve uma relação sexual com o empresário durante vários anos.
Segundo a Associated Press, os acionistas sugeriram a alteração das políticas relativamente ao assédio sexual e à discriminação de género. Contudo, a empresa tentou que essa proposta não fosse avante, motivando os acionistas a investigar as políticas de assédio da empresa.
A nossa preocupação não é apenas o que aconteceu com a Microsoft no passado, mas se esse comportamento está a ser abordado e mitigado. No final do dia, do ponto de vista do investidor, trata-se da forma como a empresa está a tratar os seus empregados e se é capaz de atrair e reter talentos.
Disse Natasha Lamb, cofundadora e sócia-gerente da Arjuna Capital, numa entrevista na quinta-feira.
A firma responsável pelo inquérito da Microsoft revelou que o relatório a ser elaborado incluirá uma avaliação da eficácia das políticas contra o assédio sexual e a discriminação. Além disso, resumirá os resultados das investigações realizadas no âmbito das alegações de assédio contra membros do conselho de administração e outros executivos.
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