Google despede milhares de funcionários e reestrutura equipa do Pixel, Nest, Fitbit e RA
A Google está a despedir cerca de 1000 funcionários, incluindo membros das equipas de hardware relacionadas com a Fitbit, Nest e a divisão de realidade aumentada (RA) da empresa. A empresa de Mountain View afirmou que se trata de "mudanças para ser mais eficiente e trabalhar melhor".
A Google, no entanto, não confirmou o número de demissões que começarão esta semana. Sabe-se que James Park e Eric Friedman, co-fundadores da Fitbit que ingressaram na empresa após a sua compra em 2019, deixarão a Google como parte da mudança. O mesmo acontecerá com outros líderes e funcionários da Fitbit, fazendo com que a divisão responsável pelos wearables da marca desapareça dentro da Google.
O objetivo da empresa é unificar as suas diferentes divisões dedicadas ao hardware. Até agora, a Google tinha equipas diferentes para design, software, interface de utilizador, etc., para as marcas Pixel, Nest e Fitbit. Isto significava que tinha um líder em cada um destes departamentos. Com as demissões, o que a Google está a fazer é ter apenas uma pessoa responsável, por exemplo, pela área de hardware do Pixel, Nest e Fitbit.
Demissões na divisão de RA
A empresa também confirmou que a maior parte das demissões está a a correr na divisão de RA, que tem como objetivo criar produtos e serviços de realidade aumentada. A Google, no entanto, confirma que, embora vá despedir alguns dos seus funcionários, continua empenhada noutras iniciativas de RA.
Apesar das más notícias, é provável que esta medida permita à Google criar produtos mais unificados, e, portanto, melhorar a experiência de hardware e software com os diferentes dispositivos da empresa. Devemos também ter em conta que 1000 pessoas é um número insignificante para uma empresa como a Google, que conta com mais de 180.000.
De facto, a Google não está sozinha
A Google, além disso, não é a única empresa de tecnologia a ter demissões confirmadas. Há meses que vemos empresas como o Spotify, Amazon, Meta e Microsoft a despedir funcionários como parte de estratégias de redução de custos e eficiência.
A Amazon é outra empresa que anunciou despedimentos para 2024, incluindo 500 funcionários da Twitch (35% da força de trabalho), bem como centenas de funcionários do Prime Video e da MGM Studios, uma empresa norte-americana de produção e distribuição de filmes detida pela Amazon.
O Spotify também confirmou que vai despedir 1500 dos seus atuais 9000 funcionários em todo o mundo. Por outras palavras, vai reduzir 17% da sua força de trabalho. Daniel Ek, CEO da empresa de streaming de música, confirmou que esta decisão se deve a "desafios futuros".
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Ui, como este ano está a começar. Está a ser muito pior do que o ano passado de 2023. Só despedimentos atrás de despedimos. 😐
E depois em 2025 estas empresas vão queixar-se que não tiveram as vendas espectáveis… Porque será?!
Quais são as divisões agora abrangidas pelos despedimentos:
– Hardware: Pixel, Nest e Fitbit e realidade aumentada. A triste história da Fitbit: comprada em 2021 por US$ 2,1 mil milhões, mas a Google continuou a lançar novas versões do seu Pixel Watch, que compete com alguns dos dispositivos da Fitbit. Os fundadores da Fitbit são dos que saem, fica-se com a ideia que acabou. A Nest foi comprada pela Google em 2014, por US$ 3,2 mil milhões, tentou vendê-la em 2016. Quanto à realidade aumentada que andou aos altos e baixos aos altos e baixos – mais baixos do que altos, já tinha sido noticiado o seu fim em junho de 2023.
– Pesquisa (Google Search) e Assistente da Google. O que se diz é que aqui pode também haver “troca” de pessoas po IA, tal como ocorreu na parte dos anúncios Google.
Percebe-se que as áreas de negócio que ao fim de um certo tempo não estão a dar sejam reduzidas ou fechem. Mas a Google, que durante anos foi classificada como a melhor empresa para trabalhar nos EUA, despediu milhares de trabalhadores por e-mail em janeiro de 2023. Nem tiveram tempo de se despedir dos colegas. E continua. Dizem que a cultura da empresa mudou.
A cultura da empresa foi sempre uma “falsidade”, o melhor sitio para trabalhar e bla bla bla mas a realidade é outra, pressão constante e exploração.
Em PT continuam a contratar e a crescer
Depende da área…
Acho que o ano 2023 abrandou bastante…o meu linkedin fala por si…
Antigamente era mensagens todos dias a pedir se estava interessado em ter entrevistas…o ano 2023 se recebesse uma mensagem por mês, era muito…