Europa corta amarras com a SpaceX e anuncia data de lançamento do foguetão Ariane 6
A desativação do Ariane 5 no início de 2023 deixou a Europa sem acesso a espaço de carga pesada. Para colmatar esta carência, e enquanto era desenvolvido o próximo Ariane, a ESA contratou foguetões Falcon 9 para os lançamentos dos satélites estratégicos Euclid e Galileo. Agora o poderoso Ariane 6 está pronto para ser lançado e já tem data fixada.
Ariane 6 sucede a Ariane 5
A seca de lançamentos na Europa está prestes a terminar. Josef Aschbacher, diretor da Agência Espacial Europeia (ESA), anunciou hoje a data de lançamento do novo foguetão. O poderoso Ariane 6 vai estrear-se com quatro anos de atraso já no próximo dia 9 de julho. Com os testes em terra do lançador já bem avançados, a ESA e o fabricante francês ArianeGroup enfrentam a reta final da campanha de lançamento.
Se não houver mais atrasos, o foguetão de carga pesada que substituirá o Ariane 5 deverá descolar do porto espacial europeu na Guiana Francesa na segunda terça-feira de julho.
O Ariane 6 atualiza várias tecnologias dos anos 90 que forçaram a retirada do seu antecessor, nomeadamente em termos de custo, flexibilidade e eficiência.
Na verdade, continua a ser um foguetão de carga pesada de duas fases, mas pode ser configurado em duas versões (Ariane 62 e Ariane 64) que diferem no número de impulsionadores laterais de foguetões sólidos (dois ou quatro), consoante as necessidades de lançamento.
A segunda fase, alimentada criogénicamente como a primeira, pode ser reativada em voo, permitindo múltiplas missões para diferentes órbitas num único lançamento.
Cortar a dependência da SpaceX
A retirada de serviço do Ariane 5 no início de 2023 deixou a Europa sem acesso a espaço de carga pesada, obrigando a ESA a contratar os foguetões Falcon 9 da SpaceX para os lançamentos do telescópio espacial Euclid e de quatro satélites estratégicos Galileo.
Para piorar a situação, a interrupção do lançamento do Ariane coincidiu com a retirada temporária dos foguetões Vega e Vega C devido a várias falhas consecutivas, algumas delas verdadeiramente embaraçosas para o fabricante italiano Avio. Um Falcon 9 também salvou a missão europeia EarthCARE planeada para um Vega-C. O veto da Soyuz russa deixou a SpaceX como única opção.
Esta dependência parece estar a chegar ao fim. Estão previstas 30 missões para o foguetão Ariane 6. Não é um foguetão reutilizável, mas restaura a capacidade de acesso da Europa ao espaço.
A Space X já tem concorrência da Boeing. Finalmente, com anos de atraso, a Boeing lançou a sua nave com astronautas para a ISS (Espação Espacial Internacional). Desde 2020 que era apenas a Space X. O que está previsto é que a partir de agora sejam voos alternados.
“” concorrência “” da Boeing hahahahaah
Meu amigo, um e outro estão a anos luz. Mas é sempre bom ver outra entidade na corrida sim senhor. Quantos mais, melhor.
Na verdade, para já, a Boeing não consegue concorrer com a SpaceX, está demasiado atrasada. Também aparenta ser tecnologicamente inferior, pelo menos pelas imagens que vi…
Elon está vivendo o inferno astral.
Não tem chance. Ariane 6 é demasiado caro.
Space X fará mais de 100 lançamentos ano.
A spacex vive as custas do dinheiro que vem do estado americano, neste momento está a rasca porque já esgotou todo o dinheiro da nasa.
Não é verdade que seja mais barato.
Custo versus SpaceX ? 10% ou talvez 100% mais, morto na chegada.
Não é apenas uma questão de custo mas de diversificação de fornecedores.
Acaba se com a dependência dos EUA que é o mais importante
Entretanto a Soyus faz mais lançamentos que ambos juntos…
??????
Fonte?
As listas das missões à ISS são conhecidas:
– Soyus: 3 em 2016; 4 em 2018; 4 em 2019; 2 em 2020, 3 em 2021; 2 em 2022; 2 em 2023, 1 em 2024 até agora
– Space X: 2 em 2020; 3 em 2021; 3 em 2023; 1 em 2024, até agora
– Boeing: 1 em 2024, até agora
Estás a analisar isso muito mal. Vê o sucesso do Falcon 9 no total, números de voos, toneladas colocadas no espaço, custo, ciclicidade, reciclagem, fiabilidade, reutilização, repetição da reutilização da mesma aeronave. E tempo de vida da space-X. Assim sim terás uma boa analise. Mas eu poupo-te o trabalho; não sequer comparação-*** Nota, grande sucesso hoje da starship, ainda está em testes no espaço, primeiro estágio regressou e amarou no oceano inteiro, falta a segunda parte***
Toneladas colocadas no espaço (satélites)?
Tu é que estás a ver mal. A questão inicial era sobre a Soyus – “usada para voos tripulados entre a Terra e a Estação Espacial Internacional, desde 2003”.
Do lado dos EUA a Space X, por razões de ordem prática, tinha o exclusivo. Desde ontem, vai ter que dividir com a Boeing.
Quanto à reutilização, uma coisa é a reutilização do foguetão de lançamento (seja de um satélite, seja de uma nave tripulada), outra coisa é a nave tripulada possuir meios de propulsão que lhe permita deslocar-se. horizontalmente, e pousar pelos seus próprios meios.
Ainda há poucos dias, também pela primeira vez, um foguetão da Orion (de Jeff Bezos) foi ao espaço – pouco mais de 100 km e pousou. E lançou uma nave espacial tripulada que pouco depois também pousou – não teve deslocação horizontal.
A nave lançada pelo foguetão da Boeing há de ser capaz de se deslocar autonomamente para a ISS e depois regressar à Terra.
O foguetão/nave usada no lançamento ser capaz de pousar e ser reutilizável tem importância principalmente em termos financeiros, por sair mais barato. Mas pode usar-se foguetões não reutilizáveis, como continuarão a ser os Ariane.
A tua admiração desmesurada por tudo o que é “Musk” pode não se justificar. A Space X ser o primeiro – ou o segundo, terceiro, ou quarto, depende de quando se começa a contar, não quer dizer que não possa ser ultrapassada.
Try harder Aves. Eu sou optimista pelos feitos e pelas suas equipas, e porque não, também pelo homem. Quem odeia o o homem és tu que escamoteias factos com banalidades e fait divers. E um grande anti semita também, nunca me esquecerei do teu infeliz comentário aqui há uns dias. Já agora, vai odiar ali na NET o feito inédito hoje da Starship, da equipa da space x, mas que é gerido pelo Musk. A mim já não me enganas
Ainda se vai ver que fui eu que condenei Israel por crimes de guerra. Só posso ter dito isso – que Israel foi longe de mais e que no fim o Hamas vai ter mais militantes do que tinha no princípio. Continua a apoiar cegamente o regime de “Bibi” Netanyahu que vais bem.
Na questão do comentário de Musk no X, a um post da extrema-direita que afirma que os judeus estão a promover a substituição da população branca, Musk não foi anti-semita, foi só parvo. É vê-lo em Israel ao lado de Netanyahu.
O feito inédito da Starship hoje, enfim, como dizes, não foi completamente destruída.
Se contarmos com ajuda do Aves sim, terá mais militantes.
Talvez tenhas que explicar quais são esses crimes de guerra quando a estratégia do Hamas é toda feita de crimes de guerra – e não só contra Israel- mas como é obvio a maior parte dos ditos pro palestinianos estão se nas tintas para os palestinianos.
O foguetão já aterra de volta e é reutilizável? Não, então continuam atrasados…
“France’s economy minister, Bruno Le Maire, admitted at a 2020 conference that “in 2014 there was a fork in the road, and we didn’t take the right path.”” …
Epico esse comentário..
O carro sai e consegue estacionar no regresso, logo, missão conluída 🙂
jaugusto, o astronauta tuga!
Epico são os custos da não reutilização… vai-te informar.