Comboio a hidrogénio circulou pela primeira vez em Portugal e Espanha
O primeiro comboio a hidrogénio a circular nas redes ferroviárias de Portugal e Espanha concluiu, com êxito, a sua fase de testes.
Desenvolvido por um consórcio que inclui a fabricante CAF e entidades como a DLR, Toyota, Renfe, Adif, CNH2, IP e StemmannTechnik, o FCH2Rail percorreu mais de 10.000 quilómetros em modo hidrogénio.
O comboio a hidrogénio passou em testes tão exigentes como o percurso Saragoça-Canfranc, nos Pirenéus. Este percurso, que inclui rampas íngremes, serviu para demonstrar a fiabilidade do comboio em condições mais severas.
No sentido de avaliar a tecnologia em diferentes redes ferroviárias, o comboio a hidrogénio atravessou Portugal e Espanha, pela Galiza.
Para o projeto, um comboio pendular fornecido pela Renfe foi convertido num híbrido Fuel Cell Hybrid PowerPack.
Ainda que não seja uma novidade na Europa, este é o primeiro modelo ferroviário de hidrogénio na Península Ibérica, estando a ser testado em vias fechadas e abertas desde 2022, quando completou os seus testes estáticos.
Além disso, foi o primeiro comboio híbrido a hidrogénio a conseguir autorização da Adif, o administrador das infraestruturas ferroviárias de Espanha, para circular em testes na rede ferroviária espanhola.
Projeto do comboio a hidrogénio foi apoiado por fundos europeus
O projeto FCH2RAIL durou quatro anos e contou com um orçamento de mais de 14 milhões de euros, dos quais cerca de 70% são financiados com fundos europeus.
Teve início em janeiro de 2021, quando a agora Clean Hydrogen Partnership, a agência da Comissão Europeia para promover o desenvolvimento do hidrogénio e das células de combustível, selecionou a proposta.
A conclusão bem-sucedida dos testes servirá para determinar qual a tecnologia mais adequada em diferentes linhas ferroviárias.
Anteriormente, a Alemanha cancelou um projeto de comboio híbrido a hidrogénio devido a um problema de custos. A empresa estatal LVNG analisou o contexto alemão e concluiu que era mais económico utilizar comboios elétricos a bateria ou eletrificar a infraestrutura.
Não seria um step back no que já temos?
Gosto tanto, mas tanto de ver essas expressões intelectualóides. Como se não houvesse “um passo atrás” na língua portuguesa.
E vamos continuar com a bitola ibérica, que mais ninguém usa?
A comunicação social fala de tanta coisa mas desse berbicacho ’tá quieto… andamos a perder milhões de apoio para ficar com uma rede exclusiva. Personalizada dirão alguns….