106 biliões de euros é o valor do cibercrime nos próximos 15 anos
Cada vez mais o acesso aos seus dados privados, à informação que a sua vida produz, é um alvo atractivo para muitas actividades lícitas e muitas outras ilícitas. Por isso, o crime informático contra pessoas e empresas tem crescido, tem, ardilosamente, criado estratagemas para capturar a vida digital das pessoas por forma a gerar lucros a criminosos. Combater o cibercrime, além de complexo, é caro.
Segundo dados de empresas especialistas em segurança, em 2030, o custo do cibercrime deverá crescer até aos 106 biliões de euros... e só estamos a falar nos próximos 15 anos!
Custo versus Benefício
Se o valor do cibercrime poderá ascender aos 106 biliões de euros, por outros lado espera-se que o benefício global de utilização da Internet ultrapasse o custo dos ataques cibernéticos. Isto é, espera-se que, depois de pagar o custo dos crimes, a Internet consiga render cerca de 170 biliões de euros. Estes dados foram revelados num relatório do Grupo Zurich e do Atlantic Council agora divulgado.
Este estudo serviu para determinar os benefícios globais da Internet em termos de inovação e produtividade. Este ano, os gastos com a segurança cibernética atingem os 221 mil milhões de euros e o mesmo estudo prevê que em 2030 esse número suba para o dobro.
O relatório estuda o impacto económico dos custos versus benefícios do ciberespaço e interconectividade com recurso a quatro cenários possíveis.
No cenário mais optimista, o boom tecnológico é suportado e gerido com forte segurança cibernética, o que se traduz num lucro global de cerca de 170 biliões de euros para o ano de 2030 – 26 biliões de euros acima da actual projecção.
Já o pior cenário apresentado prevê um estado de cibercrime com um impacto negativo de 2,5% na economia global. Ainda que este valor não revele que os riscos globais da Internet superem os seus benefícios, demonstra que a falha na segurança cibernética poderá levar a uma perda global de 80 biliões de euros face à trajectória actual.
Para além da leitura dos potenciais cenários, o estudo fornece ainda recomendações específicas de como mitigar os riscos do ciberespaço, através de novos protocolos e leis, que tenham em conta estratégias de resiliência como factor-chave.
Entre as recomendações para as empresas, este relatório sugere uma aposta contínua na resiliência e na importância de responder rápida e eficazmente a uma disrupção ou crise. Isto inclui medidas como planeamento de cenários de crise e realização de exercícios, considerando os cenários mais negativos para a estratégia de negócio.
Ao nível dos decisores de cada país, o relatório recomenda que trabalhem em conjunto com o setor privado na procura por soluções da próxima geração, dando prioridade a investimentos que procurem a estabilidade, governança e resiliência.
Este artigo tem mais de um ano
106 biliões ou 106 Mil milhoes? é que Bilioes é muita zero…. se assim for, vai haver muito dinheiro a ser gasto nessa area ou em outras palavras mais trabalho na area
Eu tenho a ideia que é igual mas bilioes e brasileiro e mil ilhoes portugues
Usamos a escala longa, então, tal como está no relatório, triliões em escala curta. Como sabe em Portugal usamos escala longa, e é portanto a designação “biliões”. Valor global claro, tal como está referido.
Pelo artigo reparei que falam em mil milhoes, queria mesmo saber se o valor estava correcto… é muito Zero 😐
Simples: em cibersegurança gasta-se milhares de milhões, mas o cibercrime rende biliões. É como o negócio da droga (mas ainda mais rentável e seguro para os criminosos): a polícia apreende milhares de euros em cocaína, mas ali ao lado desenbarcou para o “mercado paralelo” uns milhões.
Então se o PIB dos EUA está nos 16 biliões, como é que o valor do cibercrime vai atingir os 106 biliões? 106 mil milhões faz mais sentido que é quase o PIB de Portugal
O relatório fala em “trillions” que em Portugal é “biliões”. Se achas que não faz sentido, fala com quem fez o relatório. Se pesquisares bem acerca do cibercrime, vais perceber ue em 15 anos faz-se muito mais que o PIB Português… aliás, faz-se muito mais que isso num só ano.
Um bilião nos EUA corresponde a mil milhões em Portugal. Exemplo, nos relatórios dos EUA a população mundial é de cerca de 7 biliões, em Portugal o mesmo número corresponde a 7 mil milhões. Um bilião em Portugal é 1 milhão de vezes 1 milhão (são muitos zeros). É uma situação corrente a tradução à letra dos textos americanos e com isso essa confusão nos valores.
Se os sites tipo piratebay acabarem, deixo de pagar a net. Até la ja tenho 10TBs com filmes e séries mais 4TB com jogos e musicas. Viver nao custa, custa é saber viver
És o mááíííóóór!
Achas que o cibercrime é só torrents de conteúdo com direito de autor? Se isso for sequer considerado cibercrime, não deve sequer dar 5% do lucro total. Aqui estamos a falar de coisas como roubo de identidade, acesso a contas bancárias, etc etc etc.
Deixem de usar a palavra “Ciber” sff… http://www.gizmodo.com.au/2014/03/why-you-sound-dumb-when-you-use-the-word-cyber/
Sim e deixem de usar “inter” para definir intermarché, inter means web …
Até pode ser muito pequenina, mas eu estou a fazer a minha parte para melhorar esta causa.
Fiquem bem!
Apenas uma pequena correcção, a palavra “biliões” não existe em português de Portugal (pt_PT). O descritivo numérico correspondente ao termo inglês “billions” (“biliões” em português do Brasil) é mil milhões.
pedro silva, a palavra biliões existe em português e não há qualquer erro no texto. Qualquer dúvida leia os comentários onde essa questão já foi explicada e leia também o relatório fonte.
A palavra “bilião” existe mas não no contexto referido. Se a tradução foi do inglês bilião é mil milhões em pt_PT (1 000 000 000 = mil milhões), dado que “bilião” em pt_PT se refere ao numeral “um milhão de milhões” (1 000 000 000 000 = um milhão de milhões/um bilião”).
Fonte: Enciclopédia Larousse
Caro pedro, a sua afirmação revela que não leu a fonte 🙂 mais uma vez o convido a fazê-lo.
Cara Maria, li e entendi que existem incongruência na vossa interpretação da tradução ao longo do texto original. Vocês extrapolaram incorrectamente os numerais em inglês.
Julgo que como professor universitário de Cálculo Estatístico e Matemática Aplicada posso ser considerado uma fonte credível.