Huawei: A gigante chinesa que quer conquistar o mundo
Há marcas que são ícones e que nos habituámos a ver no nosso dia a dia. Estas ganham preponderância, quer por produtos específicos ou, simplesmente, pela qualidade geral e inovação a que nos habituaram.
Se todos pensam em marcas clássicas, há uma empresa que parece ter ganho este estatuto de relevo. A Huawei é hoje um desses pesos pesados da indústria e as razões são conhecidas e óbvias para todos.
Chegada a Portugal há alguns anos, a Huawei tem conquistado o seu espaço, quer pelo equipamento que tem instalado nos operadores, quer pelos equipamentos móveis. Se no início tinha propostas de entrada de gama e até equipamentos diferentes, hoje está estabelecida ao lado dos grandes nomes da tecnologia com uma posição forte.
Este espírito não é exclusivo do nosso país e faz parte de uma cultura muito maior da própria empresa. Em todos os mercados onde está presente tem objetivos bem definidos e procura ser o número um.
É precisamente esta ideia que tem impulsionado a empresa chinesa, elevando-a ainda mais para o topo. É declarada a sua intenção de ser a primeira fabricante mundial de smartphones, tendo já conseguido conquistar a primeira posição em alguns mercados e até, a nível global, a segunda, em alguns momentos.
Claro que tudo parte da sua génese e do mercado onde se iniciou. Na China, país onde teve origem em 1987, a Huawei é já líder destacada, conseguindo combater alguns fenómenos de popularidade de marcas mais recentes.
É também na China que a Huawei concentra grande parte do seu desenvolvimento, não apenas na área dos telefones, mas todas as que tem presença. É também aqui que tem a sua sede, precisamente em Shenzhen, a região que é hoje comparada a Silicon Valley.
Uma cultura de empresa diferente e única
A ideia de que a Huawei se possa reger pelos padrões do seu país de origem não é real e o seu campus, onde a sede da empresa está implantada, é a prova disso.
Ao todo são mais de 2 mil metros quadrados onde, em vários edifícios, estão instalados mais de 60 mil colaboradores da Huawei. Estes edifícios albergam centros de exposições, uma universidade, um hotel, além dos escritórios da empresa e muitas outras valências, nomeadamente de R&D, e encontra-se em constante mudança.
A Huawei não está apenas concentrada nesta região. A empresa conta com vários centros de desenvolvimento noutras cidades espalhadas pelos país e ainda outros 15 centros no resto do mundo.
A importância da Huawei e o sucesso que conseguiu atingir
Toda esta filosofia tem como resultado uma empresa aberta e que desafia os cânones estabelecidos para uma estrutura originária da China.
Além de ser uma empresa aberta e com uma dinâmica muito grande, onde, por exemplo, o seu CEO é rodado a cada 3 meses, a marca tem conseguido crescer de forma única tanto dentro como fora do seu país de origem.
Esta é hoje uma marca que liga 1/3 dos cidadãos do mundo e que cresceu mais de 200%, quando a avaliação é sobre a consideração de marca. Isto prova a confiança crescente dos consumidores nos seus produtos e na marca.
Os problemas de entrada nos EUA
Um tema recorrente, sempre que o assunto se foca na Huawei, é a difícil relação que os EUA têm com esta marca. São várias a posições extremistas assumidas, do lado americano, e que em nada beneficiam a marca, sempre partindo de um protecionismo e de políticas de mercado que poucos entendem.
Mesmo com todos estes constrangimentos, a Huawei tem sabido lidar com estas dificuldades e mantém a sua posição de forma firme, não se deixando intimidar.
A imaginação é o limite para a inovação da Huawei
Se a empresa tem apenas 31 anos, a verdade é que apenas chegou ao mercado dos smartphones em 2011. De forma tímida e com equipamentos de entrada de gama, foi crescendo até se tornar no que é hoje.
Associado a este crescimento está sempre presente o investimento em novas tecnologias e em novas ideias, onde com a sua experiência e parceiros é possível ter hoje uma sinergia completa, desde o smartphone até aos equipamentos centrais, passando pela antena do operador.
Os seus processadores Kirin, por exemplo, são já uma referência de mercado, ainda que limitados à utilização dentro dos produtos da Huawei.
A inteligência artificial na Huawei
Uma área onde a Huawei mais tem investido no último ano e com resultados muito promissores, é na inteligência artificial. Estes auxiliares, que nem sempre são visíveis para o utilizador final, e que a marca quer que estejam cada vez mais presentes.
A prova deste empenho e dos planos da empresa estão patentes no seu mais recente processador, o primeiro a incluir um NPU (Unidade de Processamento Neural) dedicada à computação associada à inteligência artificial.
Claro que não se limitaram a criar uma prova de conceito e hoje o Kirin 970 é já uma aposta ganha, tanto no Mate 10 Pro como no novo P20. Ainda que um pouco controversa esta questão, além da gestão do sistema operativo, podemos sentir esta inteligência na fotografia e em muitas outras áreas.
No entanto, este é um livro aberto e qualquer um pode desenvolver com o apoio desta inteligência adicional, muito graças às APIs que a empresa criou. As provas existem e são apenas uma demonstração da sua capacidade.
As funcionalidades úteis para os smartphones
Algo que distingue a Huawei e os seus smartphones é a utilidade do que desenvolve e disponibiliza. Ao focar-se, por exemplo, na fotografia, consegue dar elementos úteis ao utilizador, em vez de se perder em elementos desnecessários ou de nicho.
Todo este desenvolvimento resulta também de parcerias firmadas e fortes com marcas de peso, como a Leica, mas também com parceiros locais, que desenvolvem para o mercado chinês e abrem as portas ao que a empresa pode dar ao resto do mundo.
Não será por isso incomum vermos, em breve, a chegada de uma assistente virtual da Huawei, algo já admitido pelos seus quadros mais elevados, mas também a presença da marca na condução autónoma ou até na domótica e IoT. As parcerias estão feitas e os produtos estão em desenvolvimento.
Laboratórios de investigação únicos e com tudo o que é essencial
Toda esta inovação e desenvolvimento requer uma estrutura de suporte que permita, de forma fácil, simular as piores e as melhores condições de utilização.
A Huawei não deixa esta questão entregue a terceiros e, entre os seus muitos centros de desenvolvimento, tem um centro que assume uma parte importante neste processo, em Pequim.
É aqui que todos os dias são realizados centenas de testes, desde os mais simples, de resistência, até aos mais complexos, de software, com o Android a ser o alvo. Nesta última área englobam-se verificações da EMUI, do próprio sistema e até de questões de segurança, com uma monitorização ativa e constante.
Este centro tem a particularidade de permitir que, a partir de qualquer ponto do planeta, sejam realizados estes testes, bastando apenas aceder-lhes e simular as condições pretendidas.
Smartphones preparados para utilização em todas as condições
Os testes de resistência são de uma importância vital e é neste centro que a Huawei tem a simulação de uma vida útil de um smartphone. É aqui que estes são expostos a climas extremos, a situações de utilização abusiva e todas as outras situações que for possível imaginar.
Como a utilização do dia a dia conta muito mais, é também aqui que temos robôs a carregar de forma constante nos botões dos Huawei, a testar os ecrãs e até os tão apetecíveis testes de queda.
Tudo é realizado com o maior controlo, com um único objetivo em mente: criar smartphones cada vez melhores e mais duráveis, que depois chegarão ao mercado para os utilizadores usarem da forma mais natural possível.
O futuro da Huawei e as novas áreas de negócio
Com uma posição estável e com números de crescimento únicos, é hora da Huawei olhar para o futuro e escolher as áreas onde quer estar presente. Este é um direito que é já seu e que a empresa também encara como uma responsabilidade. Por esta razão tem já áreas escolhidas e onde quer investir de forma ainda mais acentuada. O mais óbvio é a da inteligência artificial.
Os seus processadores dedicados à IA vão continuar a crescer e a ganhar funcionalidades que vamos ver espelhadas nos smartphones que vamos usar no dia a dia.
A fotografia é um passo que foi dado e que não regredirá
Temos também da Huawei um compromisso único e que será para manter no campo da fotografia. Esta é a característica que distingue os seus equipamentos. A cada nova versão temos melhores capacidades fotográficas.
Assistimos ao nascer da fotografia única nos últimos equipamentos, mas o "extra" chegou com o Mate 10 Pro e o P20 Pro, misturando este elemento com todas as capacidades da IA. Esta é uma área que ainda tem uma margem muito grande para melhorar, mas o futuro ditará a evolução natural.
O 5G e a evolução lógica das comunicações
A sua posição única, que interliga o mercado de consumo com a posição de destaque nos operadores de telecomunicações, permite à Huawei ser um player no que toca ao desenvolvimento de novas tecnologias, marcando o mercado e definindo tendências.
O 5G e todas as tecnologias associadas são o exemplo perfeito e a Huawei está presente. É hoje uma das referências nesta área e há já algum tempo que desenvolve as soluções que em breve vamos ver no mercado.
Huawei, o passado, o presente e o futuro
O crescimento da Huawei foi um processo que decorreu com passos firmes e dado com certeza, levando a empresa à posição que hoje assume por direito próprio.
O processo de afirmação levou a que seja hoje reconhecida como uma empresa de confiança e com produtos que falam por si. Mesmo as gamas de entrada, onde a família Lite é um caso de sucesso, são produtos de eleição e procurados por todos.
No extremo oposto temos a parceria com a Porsche, que tem vindo a transformar aquilo que de melhor a Huawei oferece no segmento de topo dos smartphones, tornando-os ainda melhores e mais apetecíveis para um público exigente.
A luta de gigantes com a concorrência de topo é o presente
É inegável que a Huawei está hoje a competir com as marcas de topo e que até há algum tempo eram líderes incontestáveis. Se o segundo lugar é no mercado de smartphones é já para muitos uma certeza prestes a acontecer, a marca chinesa quer mais.
A prova deste esforço único são os equipamentos que tem colocado no mercado e que estão ao nível dos melhores. O Huawei Mate 10 Pro e o Huawei P20 Pro representam o que de melhor e mais moderno pode ser encontrado no mercado.
E depois?
Este é um futuro incerto e que apenas depende da marca. O mais lógico e óbvio é que continue a apostar no desenvolvimento de novas tecnologias, que vão ser o padrão da indústria e que todos vão querer seguir.
Não será certamente um caminho fácil de trilhar, mas as provas que a marca tem dado até hoje mostram que sabe bem o seu rumo e que tudo fará para o seguir.
Se há 31 anos era apenas uma simples startup a iniciar o difícil trilho rumo ao sucesso, hoje consegue dar cartas entre os maiores e certamente continuará a sua senda de sucesso, mantendo sempre os seus valores.
Nota: O Pplware, a convite da marca, acompanhou uma comitiva de jornalistas à sede da Huawei e aos seus Centros de I&D.
Este artigo tem mais de um ano
Faltou dizer que a Huawey é também, além de outras áreas de actuação, uma das grandes empresas do mundo ao nível de redes, talvez mesmo uma das maiores senão mesmo a maior concorrente da Cisco
O gajo da Coreia do norte tb queria fazer essa façanha
Conquistar o mundo exceto EUA lol
Se uma pessoa não se põe a toques os chineses dominam a indústria e mundo
E o lançamento do P20 mostra ao consumidor comum que não estão para brincadeiras, o que fizeram na camara é fantastico
Mas tem um software horrível e uma gestão de ram desastrosa. Tenho um p10 plus ao abrigo de garantia do meu saudoso nexus 6p e estou doido para o despachar. Na amazon o pixel 2 xl é que não baixa muito o preço…
Não sei o que esta marca tem de tão especial… Preço/qualidade? Muito longe disso…boas câmaras? Há muito melhores pelo mesmo preço…autonomia? Com um uso intermédio é preciso carregar 2 vezes por dia… desempenho? Os processadores da Huawei não são maus, são péssimos… Ahh, e o preço do Huawei p20 é ridículo para o que oferece… Acho que as pessoas andam a enganar se a si mesmas… Andam atrás de uma marca que oferece pouco por preço elevado em relação às concorrência.
Se vierem defender a marca esqueçam, eu sei do que falo…e deixo aqui uma dica, o zoom do Huawei p20 parece tudo menos óptico, parece zoom digital, será mesmo?… Mas as pessoas comem sem se questionarem… e gostam, o que se pode fazer?
Caro Gouveia.. não, não sabes do que falas!
Preço/qualidade: tens telemóveis para todas as gamas, incluindo uma segunda marca (Honor) que aumenta substancialmente a relação preço/qualidade.
Câmaras: não, não arranjas melhor pelo mesmo preço. Olhando para o topo, tens vários bem mais caros e mais fracos nesta área. o DXOMARK ainda vale mais que o rankind de cabeça do Gouveia.
Autonomia: tenho um Honor que me dura 2 dias na boa com uso de rede móvel.
Processador: Kirin péssimo? Não andam tão longe dos Snapdragon/Exynos, mas em termos de AI têm-se mostrado superiores.
https://pplware.sapo.pt/high-tech/huawei-gigante-chinesa-conquistar-mundo/