CEO da ASML diz que as sanções à China terão um impacto negativo nos EUA
Os Estados Unidos não têm facilitado a vida à China, através da aplicação de sanções e limites à exportação. No entanto, de acordo com alguns especialistas, tal atitude poderá não ter o resultado esperado.
Peter Wennink, CEO da ASML, o maior fornecedor de sistemas de litografia de semicondutores, adianta que as restrições impostas à China terão um impacto negativo na economia dos Estados Unidos.
Restrições dos EUA à China podem não ter o resultado esperado
A ASML é uma empresa holandesa fundada no ano de 1984 e é a maior fornecedora de sistemas de litografia de semicondutores. Como tal, esta é sem dúvida uma boa entidade que nos pode dar uma visão concreta sobre o impacto das restrições norte-americanas à China.
Mas para o CEO da empresa, Peter Wennink, restringir a exportação de tecnologia de ponta à China não vai limitar o progresso tecnológico do país asiático. Por sua vez, tal terá um impacto negativo na economia dos EUA, enquanto que a China pode apenas sentir um pequeno atraso nos seus planos e projetos futuros.
Segundo o executivo:
Restringir as exportações da segunda maior economia do mundo vai custar muito dinheiro e empregos à maioria das empresas não chinesas.
Acredito que o controlo das exportações não seja a forma correta de gerir os riscos económicos caso seja determinado que há um risco económico. Se o acesso à tecnologia se fechar à China, isso também vai custar à economia de empresas não chinesas, resultando na perda de muitos empregos e muita receita.
Neste sentido, as sanções mostram apenas a independência da China que está atualmente a investir não apenas as suas próprias fundições, mas também nos equipamentos necessários para a realização de todas as fases de fabrico. Ou seja, desde o projeto do chip até à sua produção em massa, sem depender de nenhuma empresa externa.
Em suma, a longo prazo, a China não necessitará da intervenção de nenhuma empresa estrangeira no mercado chinês. O que, numa rápida análise, pode então não ser muito inteligente para a economia norte-americana.
Estima-se a perda até 100 milhões de dólares em vendas
Em termos práticos, caso as fabricantes de chips norte-americanas fiquem sem acesso ao mercado chinês, tal pode significar uma perda entre 80 a 100 mil milhões de dólares em vendas. Para além disso poderá levar a uma subtração de 125.000 empregos só nos EUA.
Claro que estes argumentos podem ser vistos como enviesados pelos próprios interesses da ASML, uma vez que as restrições levaram à redução para metade da produção de componentes para fabricantes de chips chinesas.
A ASML é a única empresa no mundo capaz de fabricar máquinas necessárias à produção dos processos de fabrico mais avançados do mercado, como 7nm, 5nm e 3nm. Atualmente, a marca não pode vender os seus equipamentos à China. E se nada for alterado, então em breve o país asiático irá desenvolver a sua própria forma de produção destas peças, de modo a manter o seu progresso tecnológico.
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Fonte: Bloomberg
Neste artigo: China, chips, componentes, EUA, Peter Wennink, restrições
Lógico, quem colocou a China no topo das maiores economias mundiais foram os americanos com a vontade louca de obter o máximo de lucro em bens de consumo.
Agradeçam às nikes, Reeboks e adidas da vida que nos anos 90 iniciaram fabrico na China ou em países alimentados pelo PC Chinês.
Há 4x mais chineses que americanos se os chinas trabalharem 4x menos que os americanos tem uma economia igual.
Não tem nada a ver com trabalho, mesmo que isso fosse verdade a mão de obra é cerca de 30 vezes mais barata assim como a matéria prima utilizada.
Baixa-se na qualidade para se obter margens de lucro máximas e conseguir crescer em escala. Além disso tem claro o facto dos chineses trabalharem 16 a 18h por dia, tudo impulsionado pela pressão que o PC faz nas empresas e seus colaboradores, já vi brainwashes menos agressivos.
Isso já toda a gente sabe……o que os EUA andam a fazer vai trazer muitos problemas.
Eu não sou fã da politica chinesa, mas assim nãos e vai a lado nenhum.
Mas o Trump já não está lá
Não quer dizer que a asneira não perdure ..
O problema é que a asneira neste sentido está a perdurar…..
E se o sr. da ASML se preocupasse com a independência e segurança da UE, não seria melhor? Calma, eu sei que isso é utópico, dado o que ele quer, é vender a todo o mundo, mais a mais sendo monopolista, mas quem devia-se preocupar com isso, é quem manda na UE, mas estão a assobiar para o lado há muitos anos, para mal de nós todos!
A UE devia ser proteccionista, e proibir a ASML de vender também para os EUA, só vender para os países da UE, dado, como disse, tratar-se da independência e segurança digital da UE, mas também escusam de dizer que o proteccionismo não é solução, porque basta ver o quanto nós, 450 milhões de Europeus da UE, sofremos à conta do proteccionismo indirecto, dos EUA e China, dado que, toda a tecnologia na área digital, principalmente, computadores e telemóveis, vem desses 2 países, e pasme-se o ridículo de toda esta situação, empresa da Holanda a vender processo de fabrico de chips na medidas que foram referidas, indo depois nós pagar o que pagamos, sem haver qualquer tipo de desconto, e portanto, há muito que está na altura de, em situações de indepência e segurança Europeias, sermos proteccionistas, porque os EUA e a China, não querem saber de nós, querem só saber deles, e por isso, temos todo o direito de pensarmos também só em nós, os 450 milhões de cidadãos da UE, mas tal, devido aos corruptos de Bruxelas, infelizmente não tem sido possível, tendo nós depois estas barbaridades, e estando a alimentar todos os chulos das áreas tecnológicas!