Restos de um foguetão da SpaceX caíram num quintal polaco, após “reentrada descontrolada”
Muito se debate sobre o lixo espacial e do perigo que esses resíduos representam para outros satélites operacionais e para a Terra. Num caso caricato, mas que sublinha o problema, um polaco reportou ter caído no seu quintal um "objeto de grandes dimensões, com cerca de [um metro e meio por um metro e meio]". Trata-se, aparentemente, de uma parte de um foguetão Falcon 9 da SpaceX.
Recentemente, Adam Borucki acordou para encontrar um objeto estranho no quintal da sua casa: "Estou convencido de que isto é genuíno e é um fragmento da fase de reentrada", partilhou um astrofísico de Harvard, Jonathan McDowell, apostando tratar-se de supostos restos de uma segunda fase de um foguetão Falcon 9 da SpaceX.
Segundo a Agência Espacial Polaca, parece provável que o objeto tenha pertencido a um foguetão Falcon 9, que fez uma "reentrada descontrolada" sobre a Polónia, na manhã de quarta-feira.

Fonte: The Daily Mail
Ao The Daily Mail, o porta-voz da polícia, Andrzej Borowiak, disse que as autoridades estão "a investigar como o objeto foi parar a este local, mas o importante é que ninguém ficou ferido".
Restos do foguetão Falcon 9 terão caído noutros locais da Polónia
Apesar de a relação entre os resíduos ainda não ser clara, a Polish Press Agency reportou que funcionários de uma empresa perto da cidade polaca de Poznan descobriram, também, um "objeto não identificado semelhante a um tanque".
Sabemos que partes de um foguetão Falcon sobrevoaram a Polónia, mas se isto faz parte do mesmo, não podemos confirmar de momento.
Contou o agente da polícia de Poznan, Lukasz Paterski.
Embora as autoridades ainda não tenham confirmado se o objeto pertencia ao foguetão, o astrofísico de Harvard, Jonathan McDowell, disse, num e-mail ao Futurism, que o tanque descoberto é do "tamanho e formato corretos para os tanques [recipiente de pressão composto revestido (em inglês, COPV)] usados no estágio superior do Falcon".
Tanques semelhantes sobreviveram a reentradas da segunda fase do Falcon 9 no passado, mostrando danos semelhantes; e Poznan fica mesmo na trajetória de reentrada, pelo que tudo se encaixa".
O foguetão foi originalmente lançado a partir da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, no dia 1 de fevereiro, colocando em órbita o mais recente conjunto de satélites de da Starlink.
Os restos incandescentes do foguetão iluminaram o céu noturno da Polónia, da Alemanha e da Ucrânia.
Ao contrário do propulsor da primeira fase do Falcon 9 da SpaceX, que foi concebido para regressar à Terra inteiro e ser reutilizado, a segunda fase destina-se a cair em direção à Terra após colocar a carga útil do foguetão em órbita.
Apesar de o objetivo ser queimar-se na atmosfera, partes da segunda fase podem sobreviver à viagem, caindo em áreas terrestres, por vezes povoadas.
uma taxa a esse marzapio de EM! se matava alguem, queria saber o que esse monilha americano diria!
A questão aqui é que as regras ditam que que os estágios a descartar, sejam colocados numa trajetória que os leve a despenhar no meio do mar para evitar estas situações. A SpaceX deve ter ficado impedida de o fazer por algum problema no segundo estágio. A China por exemplo descarta os estágios por cima de solo chinês, e frequentemente caem sob zonas rurais habitadas da China.
Será por motivos de segredo tecnológico?
A China descarta o primeiro estágio, em cima da China, porque lançam a 500km do oceano. Quando se dá, a separação, os laterais e o primeiro estágio, despenham-se na China.
Os 2 são descartados, no sul do Índico ou do Pacífico.
A ULA (lançadores americanos) usam o Índico sul. A SpaceX também o usa, o problema é que 93 de 110, acabaram por falhar a reentrada, no local previsto. Um falhou a Nova Zelândia por 12 segundos. Outro despenhou-se aqui ao lado, junto à Corunha, onde recolheram 63kg de destroços, que, a SpaceX pagou, recolhendo, para voltarem, aos EUA, assim com 5 outros, arderam, sobre os EUA e Canadá. Há mais 6 que reentraram no Brasil. Este foi o 4 a reentrar, sobre a Europa, já este ano. Ainda há 42, em órbita baixa, reentrando em qualquer sítio.
Com a vantagem que a SpaceX nunca diz, quando falharam a reentrada. Já levaram 650 milhões, de multas, por registarem, reentradas, que não tinham acontecido.