Portugal é o pior país da OCDE em matéria de saúde mental. Mas nem tudo são más notícias!
O estudo Patient Reported Indicators Surveys (PaRIS) envolveu, em Portugal, mais de 12.000 pessoas e 91 centros de saúde. Apesar de três em cada quatro portugueses terem avaliado de forma positiva a sua saúde mental, Portugal tem o pior resultado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económica (OCDE).
Apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, o estudo PaRIS concluiu que três em cada quatro portugueses (67% dos utentes) que participaram no maior inquérito internacional sobre o uso dos serviços de saúde avaliaram de forma positiva a sua saúde mental.
Contudo, o resultado é, ainda assim, o pior dos países da OCDE.
🌏 O PaRIS é uma iniciativa por via da qual os países trabalham em conjunto para desenvolver, uniformizar e implementar uma nova geração de indicadores que medem os resultados e as experiências dos cuidados de saúde mais importantes para as pessoas.
O inquérito PaRIS visa colmatar uma lacuna crítica nos cuidados de saúde primários, inquirindo os utentes sobre temas como a qualidade de vida, o funcionamento físico, o bem-estar psicológico e as experiências de cuidados de saúde.
Apesar dos valores abaixo da média em indicadores como a saúde mental e a confiança no sistema, por exemplo, o sub-diretor-geral da Saúde para a área da Saúde Pública, André Peralta, destacou "alguns valores absolutos relativamente bons", em declarações à Lusa, citadas pela imprensa nacional.
Por exemplo, quase 60% das pessoas com doenças crónicas em Portugal dizem ter uma boa saúde física, se tivermos em consideração a mobilidade, a presença de dor e a fadiga.
Disse o responsável, apesar de reconhecer que o valor está, ainda assim, abaixo da média da OCDE, de 70%.
Um dos maiores desafios de Portugal é "providenciar aos portugueses a melhor saúde possível" e, se tiverem doenças crónicas, "que as tenham com um bom desempenho social [...] que consigam fazer a sua vida relacional, familiar, profissional, com boa qualidade".
Se nós perguntássemos a um português e a um dinamarquês, exatamente com a mesma condição económica e com as mesmas doenças, provavelmente o português faria uma avaliação um pouco mais negativa daquilo que era a sua saúde.
Explicou André Peralta, destacando o peso da componente cultural nos resultados em saúde e recordando que entre os portugueses com mais de 45 anos a quem foi perguntado como avaliava a sua saúde e os cuidados que lhes foram prestados estão pessoas que "viveram a sua infância e juventude num Portugal muito diferente".
Em comparação com os outros países da União Europeia, [os portugueses] tinham maiores privações materiais na década de 70, de 80 e início da década de 90.
Esclareceu o responsável, alertando que "os portugueses vivem muito, mas vivem muito tempo com má qualidade de vida".
Em Portugal, 61% dos inquiridos reportaram um bem-estar positivo (71% na OCDE) e menos de metade (42%) consideraram a sua saúde geral boa, abaixo dos 66% da média da OCDE.
Indo além dos dados negativos, 97% dos utentes portugueses com duas ou mais doenças crónicas tiveram uma "abordagem multidisciplinar", ou seja, não exclusivamente médica (83% na OCDE).
As pessoas não têm só um médico, têm um médico, um enfermeiro de família, um assistente técnico que ajuda na marcação das consultas e é esta equipa que gere a saúde da pessoa. Isso não é assim em todos os países da OCDE e acho que devemos ver isso como um aspeto positivo.
Disse André Peralta, destacando a tradição portuguesa a respeito dos cuidados de saúde primários.
Além disso, em Portugal, as unidades que oferecem consultas de seguimento que duram mais de 15 minutos correspondem a 86%, acima da média da OCDE (47%).
Em Portugal, 71% dos utentes com três ou mais doenças crónicas tiveram a sua medicação revista nos últimos 12 meses (75% na OCDE).
A medicação precisa de ser revista de forma regular e aqui Portugal está em linha com a OCDE. Apesar de tudo, três em cada 10 ainda não têm a sua medicação revista pelo menos uma vez por ano. E aqui temos que melhorar.
Portugal está bem, mas pode melhorar em matéria de digitalização na saúde
Na perspetiva de André Peralta, apesar de Portugal estar acima da média da OCDE em matéria de digitalização na saúde, pode melhorar.
Afinal, o país tem "os registos médicos todos digitais", mas falta passar para "a digitalização do contacto, sem nunca perder a humanidade [...] adicionar aqui uma componente de teleconsulta, ou de videoconsulta, é importante".
Para o responsável, um dos maiores desafios nas próximas décadas será "garantir a digitalização com equidade", considerando que "as populações mais envelhecidas podem não ter tanta facilidade nestas ferramentas mais digitais".
Nada de novo e isso ve-se bem na forma como o povo vota.
Desde 74 a serem saquados peos partidos do sistema e mesmo assim continuam a votar neles.
“Portugal é o pior país da OCDE em matéria de saúde mental.” Agora sabemos pq!
Verdade, um país que não cresce não pode ter boa saúde mental.
Comprem menos mercedes e mais saúde mental pública.
o problema nao é a falta de dinheiro, é má gestão do mesmo de governos socialistas
Enquanto existe o socialismo nem que seja minimo ainda há esperança, entregar tudo ao privado não é a solução, o dinheiro simplesmente desaparece para off-shores etc.
Enquanto existir o socialismo, nem que seja mínimo, haverá sempre esperança que a má gestão e o desperdício esvaziem os cofres públicos e nada sobre para atender as necessidades das pessoas!
Os doentes mentais não têm mercedes. Será que os mercedes são a cura?
Os teus contorcionismos para defender o capital às vezes ficam ridiculos, começam já a demonstrar alguma demência, vai ver isso.
Com essa o X até ficou a ver estrelas… pequenos x x x x x x x em círculo em volta da sua cabeça. Só mesmo teve capacidade para debitar as tangas do costume!
Ok, os tugas são burros.
E? Qual é a tua solução então?
Que tipo de partidos estás a propor que se vote então?
Qualquer um menos as 3 caveiras.
Bloco esta morto, comunismo nao funciona em lado algum, ps e psd é rouba 1 rouba 2, o livre ! deus me livre.
A il gosto da politica economica e fiscal deles, acho que é melhor flat tax e etc mas sao wokes que doi .
So sobra o Chega. vao roubar? epa é possivel mas nao sabemos ainda nao estiveram lá entao que mal faz dar uma hipotese de mostrarem o que são? os outros roubam todos ja sabemos, estes ainda nao, porque nao votar neles? se roubarem é manda-los fora nas eleicoes seguintes. Preferes votar em que sabes que rouba e mesmo assim votar igual , isso nao so é ridiculo como prova o artigo acima .
O chega rapaz??
Ridículo é achares que uma cambada de gente que estaria desempregada, se não fosse aquele tacho, teria condições para governar o que quer que seja.
Deves achar que os deputedos dos outros partidos estariam melhor, ou vivem alapados ao mesmo lugar no parlamento, alguns há décadas, e continuam a fazer negociatas nos escritórios de advogados onde a maioria pulula, ou ficam apenas como advogados sem lobbys…logo rumo ao desemprego.
concordo. e saudosistas-masoquistas que querem ajudar os alienígenas em vez de primeiro porem o país a funcionar como deve ser!
Concordo… E pelo que dá na TV
Portugal só é melhor no clima e pesca.
Havia pouco crime mas agora com a entrada de todos os estrangeiros e mais alguns o crime tem aumentado todos os meses. Deviam fazer como o Trump!
Este “país” (ou parque de estacionamento – como lhe chamam os espanhóis), é e sempre será dos últimos de todas as tabelas.
Enquanto a corrupção nos mais altos cargos políticos e a soberania das elites das grandes empresas dominar, vão juntando para pagarem mais impostos e perderem poder de compra a cada dia que passa.
É um facto que boa parte dos comentários não abonam nada a favor da saúde mental de quem os escreve. Mas não é se os portugueses são mais avariados da cabeça que os outros que trata o estudo. É como as sondagens – é preciso ler a ficha técnica para interpretar os resultados.
“As Pesquisas de Indicadores Relatados pelo Paciente (PaRIS) são a primeira pesquisa internacional de seu tipo. Esta pesquisa fornece um conjunto exclusivo de indicadores que revelam como pessoas com 45 anos ou mais que vivem com doenças crónicas recebem os cuidados de saúde públicos e como isso afeta as suas vidas. O PaRIS lança uma nova luz sobre como os cuidados de saúde primários que são prestados às pessoas, independentemente de género, nível de rendimento ou educação.”
Na questão da saúde mental trata-se de saber se uma pessoa com 45 anos ou mais e com doença(s) crónica(s) se se sente bem mentalmente. Cerca de 39% diz que tem problemas. O passo seguinte é saber se um médico, do SNS, dos cuidados de saúde primários, tem facilidade em marcar um consulta com um psicólogo ou um psiquiatra/neurologista que possa melhor a saúde mental dessas pessoas. Já se sabe que não é nada fácil.
Gostei da sua primeira frase, ainda bem que o admite. É raro ver alguém a fazer essa auto-crítica publicamente.
Agora usa o(s) nick(s) habitual(ais) para se perceber como vai o desarranjo mental/intestinal.
Olha num mundo de burros queres ser tu o inteligente? Os burros fazem-te a folha. Só tens duas hipóteses, é disfarçares que és burro ou então eles convencem-te que és burro. LOL
O correto seria os burros verem que és inteligente e tentarem ser como tu, mas isso raramente ou nunca acontece. Por isso há por aí muito inteligente/intelectual a fazer-se passar por burro com segundas intenções claro está.
Resumindo, o povo é burro “ovelhas” e tu se te consideras inteligente tentas usar isso a teu favor (aka políticos e jornalistas).
Por fim, o mundo está dividido em 3 tipos de pessoas, os santinhos (5%), os vilões sem escrúpulos (5%) e o resto são ovelhas (burros ou cegos) que seguem quem for o mais forte que de momento são decididamente os vilões não é? 😐
Mas é que estamos mesmo malucos. Eu não consigo ter uma conversa com malta maior de 65 anos que são todos uns autênticos doidos varridos mas com muita experiência e tal…
Os novos não dá para falar porque estão agarrados ao smartphone e outras distrações e não os culpo porque ao menos não ouvem as discussões patetas dos velhos que discutem as notícias fabricadas pelos canais de televisão que continuam a decidir os temas de conversa em cafés e casas de repouso…
Sim, a culpa da demência deste país está na comunicação social, desde noticiários e novelas. Ninguém me diz que o objetivo não é esse mesmo.
A culpa é das pessoas. A sociedade deixou de querer pensar, deixou de querer instruir-se, deixou de querer ler e ter trabalho para procurar coisas boas para potenciar o seu conhecimento.
Deixa tudo na mão “dos outros”. Deixou de querer ter opinião, preferem ir para as redes sociais insultar, lamentar, e mostrar que não tem iniciativa.
Muitos só olham para o seu umbigo. Deram espaço ao aparecimento dos espertalhões, os que vivem de esquemas. Mostraram debilidade na escolha… agora vale quem prometer mais, deixou de ter valor quem faz mais e com mérito. Vence quem prometer mais dinheiro, sem exigir nada. Vence quem for conveniente no discurso do bota abaixo, nos argumentos depreciativos.
Acabou a carolice, apareceu a “espertalhice”, os especialistas em tudo, sobretudo, nas redes sociais.
Pelo pouco que ganham, chega para o lamento. Não querem trabalhar mais, querem menos por mais. E que não se fale em produtividade, muito menos em qualidade dos resultados.
O discurso orbita na inveja, mas é uma inveja cobarde. Não invejam o que o outro tem para quererem também. Invejam o que os outros têm e querem que eles não tenham. Pois ter… dar trabalho!
A culpa é da sociedade que para sacudir a falta de inteligência, culpa os outros, ora é a comunicação social, ora é o sistema, o governo, a falta de sorte… e até o diabo!
A chamada pobreza de espírito… que se propaga à pobreza de tudo… até de saúde… social.
bem observado!
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