Planeta recém-descoberto pode ser todo ele um mar de ferro fundido
A tecnologia e o conhecimento adquirido têm permitido encontrar novos mundos que surpreendem pelas características únicas e totalmente afastadas do que vemos na nossa realidade. Por exemplo, um planeta recém-descoberto tem um ano que demora apenas 8 horas e a sua superfície é um mar de ferro fundido.
Este exoplaneta é incrivelmente semelhante a Mercúrio, mas com uma enorme diferença!
Um mar de ferro fundido
Uma equipa internacional de astrónomos liderada pelo Instituto DLR de Pesquisa Planetária da Alemanha descobriu um novo exoplaneta que é 80% composto de ferro. Esta característica torna-o incrivelmente semelhante a Mercúrio.
Contudo, há uma diferença surpreendente que separa os dois planetas. O planeta recém-descoberto, chamado de GJ 367b, orbita tão perto da sua estrela que a sua superfície é provavelmente um mar de ferro fundido. Um ano do planeta dura pouco menos de oito horas.
Quente e um dos mais leves até hoje encontrado
O novo planeta foi descoberto pela missão Transiting Exoplanets Survey Satellite (TESS) da NASA, que alerta os astrónomos quando a luz proveniente de uma determinada estrela diminui periodicamente.
Na maioria das vezes, esta diminuição da luz das estrelas é causada por um planeta a orbitar a estrela e bloqueia parte da luz que, de outra forma, atingiria o satélite.
A missão TESS avistou o novo planeta a orbitar uma estrela anã vermelha chamada GJ 367, localizada a cerca de 30 anos-luz da Terra.
Recorrendo aos dados do TESS, os astrónomos descobriram que o planeta completa uma viagem inteira em torno da sua estrela em apenas um terço de um dia terrestre, o que significa que está muito perto do centro do seu sistema solar.
Na verdade, está tão perto que tem uma temperatura de superfície estimada em 1.745 Kelvin (cerca de 1500 °C). Como ponto de referência, o ponto de fusão do ferro é incrivelmente próximo a 1.811 Kelvin.
O GJ 367b tem um raio de apenas três quartos do tamanho da Terra (cerca de 9.173 km de diâmetro), embora tenha uma massa mais da metade da Terra.
À procura de uma "segunda Terra"
Portanto, a sua massa permite concluir com segurança que se trata de um dos mais leves dos quase 5.000 exoplanetas descobertos até agora, explica o DLR no seu comunicado.
Conforme conhecemos o comportamento da lua com a Terra, o planeta também está sincronizado com a sua estrela hospedeira, o que significa que roda uma vez por órbita e tem um lado negro que está constantemente virado para fora.
Os investigadores, que publicaram as suas descobertas na revista Science, dizem que a nova descoberta está a um passo para encontrar outro planeta com as mesmas condições de vida que a Terra.
A partir da determinação precisa do seu raio e massa, o GJ 367b é classificado como um planeta rochoso.
Parece ter semelhanças com Mercúrio. Isto coloca-o entre os planetas terrestres de tamanho inferior ao terrestre e traz à pesquisa um passo em frente na busca de uma 'segunda Terra'.
Explica Kristine Lam, da DLR, uma das autoras do estudo.
No entanto, a equipa destaca o facto de a superfície do planeta atingir "uma temperatura em que todas as rochas e metais seriam derretidas". Isto significa que o próprio GJ 367 b "não pode ser considerado uma 'segunda Terra'.
A equipa de investigadores fez as suas descobertas, em parte, através da execução dos dados do TESS, através de um programa de aprendizagem de máquinas.
O programa estimou que a estrutura do GJ 367b é incrivelmente semelhante à de Mercúrio, sendo o planeta em grande parte composto por um núcleo metálico. Tem também uma crosta exterior de metal e rochas ricas em silicone, que também derretem a temperaturas semelhantes.
Assim, já vimos anteriormente um exoplaneta onde chove ferro líquido, agora adicionamos um planeta cuja superfície é provavelmente composta por mares de ferro fundido.
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Interessante, o futuro é o espaço e Portugal deveria investir nessa industrial, não pra colonizar pra já mas pra minerar recursos naturais na lua pelo menos…