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Nova técnica permite que os smartphones detetem a insuficiência cardíaca

                                    
                                

Autor: Vítor M.


  1. Ricardo says:

    Já estou a imaginar uma consulta:

    Médico: Ora deite-se aí sff. Vou colocar-lhe este telemóvel em cima do peito.

    Doente: Oh sr doutor, isto está a ter umas vibrações estranhas…tenho algum problema?

    Médico: Deixe lá ver…não é nada…é só a minha mulher a perguntar onde vamos jantar.

    • Vítor M. says:

      😀 mas já imaginaram que o nosso smartphone tem mais sensores que muitos dispositivos médicos usados nos hospitais que nos atendem? Já pensaram que o smartphone que trazemos no bolso sabe mais de nós que nós mesmos? Sabe a pressão que fazemos em cada pé ao caminhar, sabe a distância da nossa passada, sabe quantas vezes vamos aos sítios, sabe se estamos com stress ou calmos. Sabe se sofremos de rápidas alterações de direção, se estamos em zonas de muito ruído… e tantas outras medições que os sensores fazem. Li há uns tempos que o software apenas nos mostra 50% de todos os dados que os sensores captam sobre nós. Que há muita informação que nem sabemos que o smartphone consegue recolher.

      A app Saúde do iOS já traz muitas informações que, junto com outros dispositivos vestíveis, podem formar um conjunto fantástico de informação “médica”. Mas os outros sistemas também já estão muito avançados. Imaginem estes dados ()e o hardware disponível) com a IA a funcionar

      • Marco Figueiroa says:

        Mais sensores que muitos dispositivos médicos? Talvez o Sr. Vítor precisasse de passar num hospital para perceber o que se passa lá.
        Detetar com fiabilidade IC por vibrações torácicas faz zero sentido para qualquer clínico.

        • Vítor M. says:

          Repara, não tens sensores nos hospitais, com equipamentos com décadas, mais avançados que os que hoje tens nos smartphones. Não estou a falar, como é óbvio, em equipamentos para Tomografia Computorizada, ou ressonância magnética. Mas, existem muitos dispositivos para eletrocardiograma com décadas. Claro que as 12 derivações não se comparam à única derivação que um smartwatch pode oferecer, mas o conjunto de dados recolhidos podem oferecer informações que os dispositivos médicos não podem. Por exemplo, um smartphone pode perceber se um utilizador tem assimetria ao andar. E sabemos, que um modo de andar saudável, a cadência de cada passo com cada um dos pés é muito semelhante.

          A assimetria a andar é a percentagem de tempo que dá passos mais rápidos ou mais lentos com um pé do que com o outro. Portanto, quanto menor for a percentagem de assimetria, mais saudável será o seu modo de andar. Os modos de andar irregulares, como coxear, podem indicar a presença de uma doença, lesão ou outro problema de saúde. Andar de forma regular ou simétrica constitui, frequentemente, um objetivo importante da terapia física para recuperar de uma lesão. Um smartphone pode registar automaticamente o nível de assimetria a andar, quando tem o telefone junto à cintura – como, por exemplo, no bolso – e anda em terreno plano de forma constante.

          Que equipamento médico poderia ter esta perceção?

          Outro exemplo simples é, por exemplo, a medição do VO2.

          Para quem não sabe, esta é uma medição do volume de oxigénio máximo (VO2 máx.), a quantidade máxima de oxigénio que o corpo pode consumir durante a prática de exercício. Também denominada de aptidão cardiorrespiratória, esta medição é útil para avaliar a condição física de qualquer pessoa, independentemente da idade e do estado de saúde. Um valor mais elevado de VO2 máx. indica um maior nível de aptidão e resistência cardiovascular.

          A medição do VO2 máx. requer um teste físico e equipamentos especiais. Pode também obter uma estimativa do VO2 máx. usando dados sobre movimento e frequência cardíaca registados com um monitor de aptidão física. Os dispositivos vestíveis podem hoje, no conforto do dia a dia do utilizador, gravar este tipo de informação.

          Mais exemplos, frequência respiratória durante o sono.

          É sabido que a frequência respiratória normal faz toda a diferença na assistência médica, em especial diante de emergências. Estes dados são importantes para a identificação de anomalias que, muitas vezes, representam risco de morte ou complicações para o doente. Estes dados podem ajudar a investigar e combater as causas de variações e padrões patológicos, evitando problemas graves como paragens cardiorrespiratórias. Estes dados poderão ajudar os médicos a detetar outras doenças e condições médicas (com análises pormenorizadas das informação), como, por exemplo, sono inquieto, apneias, entre outras…

          Que dispositivos médicos tens que possam acompanhar os pacientes com este nível de informação? Muitos são testes específicos nas unidades hospitalares (não quer isso dizer que não sejam os melhores, mas longe de terem esta componente de abrangência). Os smartphones e gadgets vestíveis têm hoje componentes de auxílio a captar estes dados que não existem desta forma nos hospitais. Um simples relógio dá dados precisos de oxigénio no sangue.

          E o combinar destas tecnologias fazem deste gadget um dos mais evoluídos tecnologicamente.

          Mas há muitos mais exemplos.

      • JMRuas says:

        Muito bem!

  2. Digo Eu says:

    Interessante. Também era interessante a Samsung abrir o Samsung Health monitor a smartphones não Samsung, evitando ter de recorrer a APP fora da loja da Google e modificações do Smartphone, cujas consequências em termos de segurança, são desconhecidas.

  3. Técnico Meo says:

    Excelente artigo

  4. Eu ze + says:

    Breve nem precisamos de ir ao medico

    • Aves says:

      Convém ir a mais do que um. E depois a um terceiro, porque os dois primeiros dificilmente dizem a mesma coisa.
      P.S. Se um for um “pomada canivete” (cirurgião), convém mesmo ir a outro. Se um for do Centro de Saúde também convém ir a um (ou mais) especialistas. E aonde é que há dinheiro para isso, se nem uma consulta no Centro de Saúde se consegue num prazo razoável? Pois … parece que o novo governo vai tirar uma coelho da cartola …

  5. gipsy89 says:

    já disse aqui há muitos anos que no futuro os smartphones vão tirar cafés!!!

    • Vítor M. says:

      Tirar não, mas já mandam tirar e dão dicas como queremos o café. Isso já tem uns anos. Aliás, hoje até fazem mais no que respeita à cozinha e ao cozinhar 😉 Imagina que a Bymbi traz um Android que só não faz chamadas… ainda 😀

      • Luís Andrade says:

        Vítor, excelente artigo, e não ligues ao comentário do “médicos de bancada”. Necessita-se comentários construtivos e não pateguices.

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