NASA: Descoberto peculiar exoplaneta com 3 sóis vermelhos perto do Sistema Solar
Estamos numa forte epopeia de descobrimentos espaciais, beneficiando claramente da evolução tecnológica das últimas décadas. Como resultado, os "olhos" apontados ao universo descobrem coisas fantásticas. Exemplo disso é a descoberta feita pela NASA um exoplaneta com 3 sóis vermelhos perto do Sistema Solar.
Recorrendo a um satélite da NASA, os astrónomos detetaram o peculiar exoplaneta chamado LTT 1445Ab.
Exoplaneta que é acompanhado por 3 sóis
O nosso Sol é um lobo solitário de uma estrela, mas lá fora, no Universo mais amplo, as estrelas são muitas vezes fechadas numa dança com outras, orbitando um centro de gravidade mútuo. Num desses sistemas de estrelas triplas, os astrónomos acabam de encontrar um exoplaneta.
Tem o nome bastante catita, chamam-lhe de LTT 1445Ab, porque orbita a estrela primária de três anões vermelhos que constituem o sistema LTT 1445, localizado a cerca de 22,5 anos-luz de distância.
Se estivéssemos na superfície desse planeta, notaríamos três sóis no céu, mas dois deles estão bem distantes e de aparência pequena. São como dois olhos vermelhos e ameaçadores no céu.
Referiu a astrónoma Jennifer Winters, do Centro Astrofísico Harvard-Smithsonian, ao New Scientist.
Astrónomos conseguem mais uma captura via teslescópio TESS
O planeta foi descoberto pelo TESS, o telescópio espacial da NASA concebido para explorar exoplanetas em trânsito ao redor de estrelas próximas. Este projeto dedica-se a descobrir os exoplanetas que passam entre nós e a sua estrela doméstica, detetando o escurecimento do telescópio à medida que o planeta bloqueia uma pequena percentagem da luz da estrela.
A profundidade de escurecimento e os pequenos movimentos da estrela, uma vez que é muito ligeiramente puxada pela gravidade do planeta (detetada com outros telescópios), permitem aos cientistas colocar restrições ao tamanho e à massa do planeta.
O LTT 1445Ab é muito diferente da descoberta da HD 131399Ab de 2016, outro exoplaneta com três sóis. Este último é um gigante com uma órbita de 550 anos em torno de uma das estrelas num sistema triplo a 340 anos-luz de distância.
O novo planeta aparenta ter cerca de 1,35 vezes o tamanho físico da Terra. Com este tamanho, atinge até 8,4 vezes a massa da Terra, por isso é muito mais denso do que a Terra.
Embora este tamanho e massa o coloque firmemente na categoria rochosa - como a Terra, Vénus e Marte, em oposição aos gigantes do gás ou do gelo - e apesar de ser o lar de muitos céus realmente espetaculares, as hipóteses de habitabilidade são provavelmente muito baixas.
LTT 1445Ab pode ter uma temperatura de superfície a rondar os 155 ºC
O exoplaneta passa em torno da sua estrela apenas uma vez a cada 5,36 dias da Terra. Numa órbita tão próxima, as suas temperaturas de superfície devem rondar os 428 Kelvin (155 °C).
Mesmo assim, os astrónomos estão entusiasmados com a possibilidade de dar uma espreitadela mais de perto. Isso porque o LTT 1445Ab pode ter uma atmosfera - e planetas rochosos com atmosferas que orbitam em frente às suas estrelas são bons lugares para testarmos as ferramentas de deteção que usamos para procurar gases como metano e dióxido de carbono.
Um planeta com uma atmosfera não só reduziria a luz da estrela, como também a alteraria com base na composição química dessa atmosfera. Especificamente, os cientistas podem analisar as mudanças no espectro de luz da estrela para juntar a sua composição.
Sucessor do telescópio Hubble pode fazer a diferença
Atualmente, a nossa tecnologia em atividade não é muito adequada para este tipo de investigação. Assim, as esperanças recaem sobre o sucessor de Hubble, o Telescópio Espacial James Webb. Este novo telescópio deverá ser lançado em 2021. Nesse sentido, os astrónomos anseiam pela sua vinda e já têm identificados alvos que gostariam que ele estudasse.
O LTT 1445Ab pode ser um candidato perfeito. Como este corpo celeste transita com tanta frequência, haverá muitas oportunidades para observações. Está apenas a 22,5 anos-luz de distância - relativamente perto, nas escalas cósmicas. A sua estrela anã vermelha é brilhante o suficiente para iluminar a atmosfera. Contudo, não tão brilhante que o planeta esteja completamente ofuscado.
E, mesmo que não tenha uma atmosfera, ou se a sua atmosfera não contiver bioassinaturas, os planetas rochosos são relativamente comuns em órbita próxima em torno de estrelas anãs vermelhas. Por isso, espreitar mais de perto o LTT 1445Ab poderia dizer-nos mais sobre o que podemos esperar nesses planetas.
O artigo foi submetido ao The Astronomical Journal, e está disponível no arXiv.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: New Scientist
Fonte: New Scientist
Neste artigo: anões vermelhos, exoplaneta, nasa, tess
Até agora os planetas que temos conseguido encontrar são os que estão muito próximos das suas estrelas pois são os mais fáceis de detectar. Além disso os que são detectados pelo metodo de trânsito são apenas os que têm uma órbita alinhada conosco.
Isto significa que estamos apenas a ver uma ínfima parte dos planetas próximos de nós. E mesmo assim já vimos que são muito comuns. Podem parecer exóticos, mas apenas estamos a ver os mercúrios de outros Sois.
Apenas uma correção, o planeta não foi descoberto pela NASA. Foi sim descoberto por uma equipa de Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics liderada por Jennifer Winters fazendo uso da informação de um satélite da NASA. E embora isto esteja indicado a meio da noticia, o título e o primeiro parágrafo estão errados.
Verdade. Foi com equipamento da NASA, mas efetivamente não foi a NASA. Obrigado pelo reparo.
O nome desse planeta é Manaus. 🙂
Kkkkk tem fundamento científico
Namek?
Ainda nem sequer fomos a lua, quanto mais exoplanetas e 3 sois e etc…bla bla
Ainda não fomos à lua? Estás a querer dizer o quê exactamente? Nunca uma sonda humana orbitou a lua? Nunca uma sonda humana pousou na lua? Nunca um ser humano orbitou a lua? Nunca um ser humano pousou na lua? E que isto têm a ver com a detecção deste exoplaneta? O teu argumento não passa de um non sequitur.
Ele tem razão, ele estava a falar de Portugal… só que não se explicou bem… bla bla