Mercúrio poderá abrigar vida, dizem os cientistas
Mercúrio tem despertado uma renovada atenção. Depois dos cientistas se interessarem pela possibilidade de ter gelo e pelo estranho campo magnético, agora os investigadores debruçam-se sobre outro foco.
De acordo com um estudo publicado na semana passada, há uma hipótese minúscula de que Mercúrio, o vizinho mais próximo do Sol, tenha tudo o que precisa para hospedar a vida.
Mercúrio poderá ter água e ter vida
Mercúrio é quente, tem uma temperatura média de cerca de 400 °C, mas isso não impede este planeta de ser interessante. De tal forma que os cientistas estão a rever as imagens do astro obtidas pelas passagens da sonda Mariner 10 em 1974.
É possível que, enquanto houver água, as temperaturas sejam apropriadas para a sobrevivência e, possivelmente, para a origem da vida.
Referiu ao jornal norte-americano New York Times Jeffrey Kargel, coautor do novo estudo.
No estudo, a equipa de investigadores sugere que a superfície caótica de Mercúrio não é o resultado de terramotos, como sustenta a teoria predominante. Em vez disso, eles argumentam que as fendas na superfície são causadas por voláteis – elementos que podem mudar rapidamente de um estado para o outro, como quando um líquido se transforma num gás – que borbulham sob Mercúrio.
Conforme referiram, os elementos voláteis, como a água, podem proporcionar um ambiente favorável à vida no subsolo - a superfície em si é quente demais, aquecendo cerca de 426 °C durante o dia.
Não é uma possibilidade absurda
A ideia de vida em Mercúrio ainda é um tiro no escuro, mas os investigadores estão esperançosos.
Pensei que, em algum momento, Alexis [Rodriguez] tivesse perdido [o sentido das suas ideias]. Mas, quanto mais investigava as evidências geológicas e mais pensava sobre as condições químicas e físicas do planeta, mais me apercebi que essa ideia – bem, pode ser de loucos, não completamente de loucos.
Concluiu Kargel ao mesmo jornal.
A vida noutros planetas parece agora ser mais viável, provavelmente a tecnologia estará a abrir novas perspetivas.
Este artigo tem mais de um ano
estavamos a procurar tão longe e a vida estava aqui tão perto
Poderá. Mais texto para entreter.
Como não é agarrar no carro e ir ali, e não se manda uma sonda todos os meses, o que é feito é aproveitar alguns dados, possíveis evidências, para extrair informações hipotéticas. Sobre elas depois são aplicados novos estudos para chegar a uma conclusão. São no as portas de investigação.